A PRISIONEIRA - sprousehart

13 - Anjo do Diabo

...Mas, eu só pensava.
Como o diabo pode estar te empurrando em direção à alguém que se parece tanto com um anjo quando sorrir para você? - I Knew You Were Trouble, Taylor Swift

esse capítulo tá grandinho - e bem tenso -, tenham paciência de Jó (só quem é crente igual eu vai entender essa "metáfora").

♡♡♡

O barulho estridente do alarme me fez acordar. Cole resonava baixinho, deveria estar tão cansado quanto eu. A noite - e a madrugada - havia sido longa e agitada. Meu corpo era a prova viva de uma foda bem dada. Tudo estava dolorido e marcado por dentes e chupadas.

Dessa vez foi o celular de Cole que começou a tocar. Eu nunca havia visto um celular aqui nessa casa, essa é a primeira vez que ele deixa algo tão facilmente exposto para eu poder fugir.

Não posso negar que é quase que inevitável essa vontade, mas eu obviamente seria pega, e uma grande parte de mim não quer isso. O que eu teria lá fora? O amor falso da minha família? O "quanto tempo" saído da boca de meus amigos idiotas e falsos? Ou pior, um Kj completamente violento e imbecil? Não, eu não quero mais aquilo para mim.

Me acostumei aqui. Me acostumei com Cole e ele me faz bem. Isso já basta.

-- Alô, quem é? --- a pessoa da outra linha ficou muda por um tempo. -- Estou ouvindo sua respiração... --- não deu vontade de pedir socorro, mas informações de onde eu me encontrava deu e muita, mas eu poderia pedir isso para Cole, e sem contar que iríamos sair finalmente daqui, estou ansiosa por isso.

-- Este celular é do Sr. Sprouse. Por que está com ele? --- boa pergunta voz feminina que está me deixando enciumada sem motivo.

-- O celular é dele sim. Um segundo... --- provavelmente alguma amiga de Cole, mas o fato de chamá-lo de Sr. Sprouse e não logo por seu nome inicial, me intriga. -- Cole, acorda. Tem uma moça querendo falar com você.

-- Não estou para ninguém. --- a voz rouca de sono era muito sexy. A moça respirava nervosa do outro lado.

-- Sr. Sprouse, pode falar, por favor?! Reunião. Japoneses. --- ela parecia se embolar nas frases. -- Digo, reunião com os japoneses. Agora!

-- Cole, a mulher disse reunião com japoneses agora.

-- Puta que pariu! --- ele gritou pegando o celular da minha mão, levantando com uma ereção matinal que era uma coisa linda. -- Por que não me ligou mais cedo?! Droga! Estou muito atrasado... Merda! Ganhe tempo com eles... Não sei, se vire! --- desligou e foi para o banheiro.

Levantei e fui atrás dele. Cole estava fazendo xixi sem ligar por estar parada olhando, decidi dar privacidade tampando meus olhos. Sua risada ecoou.

-- Perdeu a tal reunião? --- terminou, deu descarga e tirei minha mão da testa. Observei ele lavar as mãos.

-- Acho que não. --- foi para o chuveiro e aproveitei o espelho enorme para verificar o estrago em minha pele. Meu corpo tinha algumas marcas roxas que poderiam ser marcadas por maquiagens, agradeço mentalmente a boa caridade de Elizabeth Gillies por ter me dado muitas. O ombro é o que tinha mais estragos, ele parece ter fetiche em castigar ombros femininos. Cole mordeu com muita força, deixando as marcas dos dentes bem desenhados.

Olhei para o box e ele estava me fitando como se estivesse se lembrando da noite passada. Afastei o cabelo de meu pescoço e tive mais visão de minha pele.