21 - Ninguém Mais Existia

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Tomei outro banho e escolhi um vestido de alças finas, solto e elegante. Angela provavelmente tinha feito minha mala e com certeza sabia de tudo que precisássemos. Cole estava nervoso e eu entendia exatamente o porquê, mas não queria bater boca sobre, ele sabe muito bem o quanto que não suporto o causador de seu nervosismo, ou pelo menos eu espero que saiba. A todo momento passava suas mãos pelo cabelo, deixando sua aparência selvagem. Mordi meu lábio inferior com e cena e aproveitei minha excitação para lhe propor um oral.

{...}

-- Você está lindo. --- falei, quando terminei com sua porra em minha garganta e ele sorriu beijando meus lábios. -- Espero ter ajudado sua tensão.

-- Oh, Lili. --- passou suas mãos sobre meu pescoço em uma carícia.

Quando chegamos ao restaurante do hotel, me surpreendi, era uma coisa linda. Logo pareceu um garçom, indicando uma mesa reservada. Cole segurou firme minha mão, a ponto de esmagá-las.

-- Ei, o que foi? --- segurei seu queixo, deixando um beijo castro em seus lábios, mas quando uma voz grossa e conhecida entrou em meus ouvidos eu me virei.

-- Lili...

Tudo a minha volta parou. As pessoas pareciam não existirem, o barulho das conversas fundaram e a única coisa que enxerguei foi ele. Meu namorado, ou melhor, ex. Meu ex-namorado.

Aquele me que machucou, me enganou, destroçou meu coração e que por tanto tempo fui dependente. O homem que chegava bêbado em casa, quebrando tudo e quando eu não o queria, me obrigava a tê-lo dentro de mim.

Só eu sei o que sofri em suas mãos. De um certo ponto me sinto bem melhor em ter sido sequestrada por Cole, se não fosse ele, ou poderia estar morta, ou pior, meus avós poderiam não estarem mais vivos, pois segundo as ameaças de Kj, se eu o abandonasse, minha família pagaria, assim como eu.

Engoli em seco, fitando os olhos castanhos, a pele branca, com um bronzeado novo, deixando-o moreno, o cabelo bem cortado, estilo militar. O corpo forte, bem trabalhado na academia e no MMA.

As tatuagens, mesmo que escondidas na camisa de linho, eu poderia saber onde se encontrava cada uma delas. Sua mão tocou o lado esquerdo de seu peito, onde meu nome foi escrito. Segundo ele em como prova de seu amor por mim. "Ninguém nunca vai te arrancar do meu coração.". Idiota! Essas eram as suas palavras quando segurei suas mãos naquele estúdio. Senti saudades dessa época, quando ele era doce e gentil, me tratava com carinho e estava sempre me impressionando com seu jeito cavaleiro.

Éramos felizes, sempre juntos. Minha avó costumava dizer que éramos almas gêmeas. Meu avó falava que era bobagem, e que devíamos nos unir a quem nos amasse e enxergasse realmente.

Ele me enxergou por três anos seguintes, mas algo mudou. Unidos por alma e separados pelo destido. A dor em meu braço me fez voltar a realidade, e quando olhei as mãos que me seguravam firme, tremi. Cole estava com o olhar letal sobre o meu. A mandíbula trincada e a expressão de ódio e desprezo.

-- Poderia acabar com esse olhar? --- Cole pediu, ou melhor, ordenou. -- Está parecendo uma apaixonada. --- continuou sussurrando em meu ouvido. Apertou mais fundo meu braço e evitei olhar Kj, focando em um vaso sobre a mesa. -- Essa é a minha noiva. --- o tom de voz era arrogante, cínico. Todos se levantaram e permaneci dopada, sem reação. Forcei um sorriso e evitei olhar para Kj que parecia tão surpreso quanto eu. O soco deixado por Cole estava evidente em seu olho esquerdo.

Cole me apresentou aos seus convidados e parou quando chegou em Kj.

-- Soube que cresceram juntos, senhorita Reinhart. --- alguém falou, mas não prestei atenção e foi Kj quem respondeu.

A PRISIONEIRA - sprousehartOnde histórias criam vida. Descubra agora