Capitulo 27- O Retorno

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_ Vim direto do aeroporto meu amor, filho querido, me diz que você  está  bem, vou te levar para NY hoje mesmo se tiver condições  de viajar.

_ Calma mamãe, respira.

_ Como posso respirar se quase perdi um pedaço  de mim? Você  não pode morrer meu filho, és  a única coisa que me resta.

_ Sem dramas dona Elizabeth, Julia veio também?

_ Estou aqui Arthur.

_ Pequenina, que bom te ver!

Era muito lindo ver os três  abraçados. 

Faltou Heitor ali.

A porta se abriu e Carlos mandou todos se retirarem.

Fui a última a sair.

_ Mia eu te amo.

_ Eu também  Arthur.

_ Quero um convite para este casamento, e então  Bear, como se sente? Alguma dor?

_ Um pouco de dor na perna.

_ Foi um tombo feio, mas o coágulo  foi drenado e depois da tomografia que faremos agora você  pode ir embora. Mas tem um porém: Mia é  mãe  de uma colega muito querida, se não  a tratar bem vai conversar comigo.

_ Pode deixar  Dr. Sou louco por essa mulher.

_ Terá  a oportunidade de conhecer a dra Petra. Ela é  quem vai fazer a tomo agora.
Vamos.

Quando saimos do quarto, olhei para Téo que abraçava  Julia e ele entendeu.

_ Elizabeth, Julia, esta é  Mia.

_ Meu Deus, desculpa Mia, mas estou um pouco lerda da viagem. Prazer.

_ Entendo. O prazer é  meu.

Fui avaliada com um olhar esnobe.

Minhas calças pretas e regata não  foram aprovadas pela crítica. 

Não  tô  nem aí. 

Quero que se exploda.

_ Vamos levar Arthur para o Copacabana  assim que ele for liberado. Teo, providencie uma ambulância.

_ Elizabeth, melhor perguntar  a ele qual a preferência.  Mia se ofereceu para hospeda-lo em sua casa.

_ Mia, não  basta ter me tirado  Heitor agora quer Arthur?

_ Senhora, com todo  respeito, esta decisão  é  do Arthur.

_ Mamãe, eles têm razão.  Conheço  Arthur, e até  sei qual será  a opção.

_ Julia, em que lado tu estás?
No hotel teremos funcionários  para cuidar dele.

_ Na minha casa ele terá  eu e Téo  para cuidar dele.

_ Por favor, não  vamos brigar. Deixa ele tomar a decisão, mesmo porque tenho certeza que vai querer voltar para o cafofo dele.

_ O que você  faz na vida Mia?

_ Sou escritora.

_ Nunca ouvi falar.

_ Que bom. Posso lhe dar um de meus livros para você avaliar que tipo  sou.

_ Mãe, por favor, seja mais educada.

_ Estou sendo. O que posso falar com uma moça  dessas? Do tempo? O que quer do meu filho Mia? Dinheiro?

_ Senhora, eu lhe digo que dinheiro não é  o interesse de Mia.

_ E você Téo, o que faz aqui neste terceiro mundo? Um homem inteligente e bonito como você tinha que estar em NY, Mônaco, Londres.

_ Estou  muito bem onde estou. Faço  o que gosto e tenho  amigos do coração  que não se interessam por o que fui.

_ Se quiser voltar à  ativa é  só  me falar, minha agência te contrataria  na hora.

_ Obrigada dona Elizabeth, meus interesses  agora são outros.

_ Tem mulher nesta parada Téo?

_ Tem paz de espírito, a única coisa que dou valor hoje em dia.

_Tadinho, foi contaminado pela doença  do Heitor. Está  morando lá em Búzios  também?

_ Estamos.

_ Senhoras, Arthur voltou ao quarto. Pediu para dona Mia ir falar com ele. Sozinha.

_ Mas é  um absurdo. Viajei 12 horas para ver meu filho e ele quer ver essazinha.

_ Calma dona Elizabeth, eles têm negócios urgentes a tratar.

_ Só  se for transar, com aquela roupa!

_ Também  mamãe, e Arthur é  maior de idade, não  esqueça.

_ Téo, vem cá, me conta a quanto tempo estes dois estão  transando.

_ Senhora, não tenho nada com isso.

_ Escudeiro fiel, sempre! Pois fique sabendo que não vou perder outro filho para essa mulher.

_ Mãe? Você  está  gritando!

Entrei no quarto e os olhos mais lindos me receberam.

_ Pronto, estou de volta, vem aqui quero te cheirar.

Abracei seu tronco e encostei  minha cabeça  em seu ombro.

Seus lábios procuraram os meus e eu permiti. Fui ao céu  e voltei.

_ Preciso de você  Mia, me leva pra casa?

_ A minha ou a sua?

_ O mais longe de minha querida mamãe.  Ah, conheci sua filha, linda e doce como a mãe.

_ Ok. Vamos fazer o seguinte, eu te levo para meu ap daqui  e nos livramos de Elizabeth o mais rápido possível. Então  vamos para Bz. Téo  está  de meu advogado  e guarda-costas. Preciso levá-lo junto.

_ Colocamos ele de motorista e vamos namorando.  E a moto?

_ Está  comigo em casa.

_ Ufa! Muito estragada?

_ Nada que Téo não possa dar um jeito.

_ Perfeito. Agora chama aquele povo senão  vou apanhar.

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