_ Hoje preciso ir a uma reunião com os acionistas da petroquímica, quer ir comigo ?
_ Quanto tempo?
_ Até o almoço.
_ Prefiro ficar, vou aproveitar e fazer compras.
_ Vou deixar meu cartão com você. Pode abusar.
_ Você é um doce. Vem cá, deixa te dar uma mordida.
_ A noite te deixo me Comer todinho, agora preciso ir.
_ Hektor vai estar nesta reunião?
_ Sim. Por que?
_ Não precisa ficar de mau humor, só curiosidade.
_ Sei... Bom, a noite nos vemos. Me diga onde vai ok?
Se a reunião terminar antes vou ao teu encontro. Teo estará comigo. Te cuida._ Combinado.
Arthur me deu um beijo carinhoso pegou a pasta e saiu.
Estava lindo no modo executivo phodão.
Pensei em ir ao shopping mas me bateu uma preguiça grande, não ia gostar de muito movimento.
Saí caminhando pela calçada do hotel sem um roteiro.
Tinha optado por uma roupa confortável e botas curtas.
O clima estava agradável, perfeito para uma caminhada.
Ainda eram 8 horas e na calçada poucas pessoas passavam apressadas.
O metrô ficava na proxima esquina, de lá eu resolveria o que fazer.
Dois homens grandes e musculosos vinham em direção a mim e pareciam decididos a alguma coisa.
Pensei em desviar mas no mesmo momento cada um pegou um dos meus braços enquanto um carro preto encostava na calçada.
Foi muito rápido.
Em um instante fui carregada para dentro do carro.
_ Meu Deus quem são vocês? O que querem de mim?
_ Alguém quer te ver. Colabora que não a machucaremos. Vamos dar um passeio.
_ E quem é esse alguém?
_ Um amigo.
_ Um amigo não me sequestraria. Quem são vocês?
_ Não tenha medo. Não vamos te machucar. É só um passeio.
Abri a bolsa para pegar o celular mas ele imediatamente me foi tomado.
_ Sem brincadeiras. Este fica comigo. Depois te devolvo.
_ Quem está por trás disso?
_ Sem nomes. Vou vedar seus olhos.
_ Como assim?
_ Por favor fique quieta. Não quero te machucar.
Fiquei calada.
É estranho que quando estamos vendados não conseguimos falar.
Entramos em um trânsito mais livre e o carro aumentou a velocidade.
Paramos e ao abrir as portas senti um forte cheiro de Mato.
Estávamos em alguma floresta silenciosa.
Fui retirada do carro e cada um me pegou pelo braço.
Caminhamos por um lugar macio por algum tempo.
_ Muito bem. Podem retirar a venda.
_ Dona Mia, que prazer recebe-la. Sente-se, por favor.
Quer beber alguma coisa? Um suco? Refrigerante?_ Você deveria estar em reunião Com Arthur!
_ Você me traiu. Disse que me encontraria e mandou sua amiga. Agora preciso cobrar este engano.
_ Não posso trair quem não tem compromisso. Você também me traiu.
_ Com Elizabeth? Você ficou com Ciúmes? Ela não é ninguém. Uma patricinha mal amada. E você estava com Arthur, meu pior inimigo! Como pode? Eu te amei Mia!
_ OK, diga logo o que quer de mim que preciso voltar.
_ Arthur só sentirá sua falta ao retornar ao hotel. Relaxa. Eu só quero sua companhia por algumas horas.
_ Estou me sentindo precionada em meu direito de ir e vir.
_ Se eu tivesse te convidado você viria?
_ Não.
_ Foi o que pensei. Venha.
_ Para onde?
_ Vamos entrar, quero que conheça minha casa.
Estávamos em Um jardim enorme e muito bem cuidado.
A casa em estilo georgiano era branca e imponente cercada de um bosque espetacular.
A varanda era toda branca, inclusive os moveis e os sofás cobertos de mantas coloridas.
Tudo era de muito bom gosto.Ao entrarmos na sala Hecktor parou e se aproximou passando a mão em meu rosto em um delicado carinho.
_ Como posso transitar entre a raiva intensa e a profunda atração que sinto por você?
Mia, você é... única. Por mais que eu queira fazer um sexo violento para te punir, sinto um carinho tomar conta de meu ser e só te ter aqui comigo já me é suficiente.Abracou- me com delicadeza e seus lábios se aproximaram em um encantamento impossível de resistir.
_ Eu te amo.
Hecktor se apropriou com intensidade devorando meus lábios.
-"Irresistível."
Parei de pensar, parei de entender. Aquilo estava muito além de minha compreensão. Relaxei. Me entreguei.
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UM LUGAR SECRETO
RomanceMia e Zoe. Heitor e Arthur Amizade, atração física, mental, espiritual. almas gêmeas? Mas almas gêmeas não são dois? Eles eram quatro! Ou três, sei lá! Mia era uma mãe de família tranquila e dedicada, executiva de um Banco, artista plástica e es...