Capítulo 37 - A visita

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_ Hoje preciso ir a uma reunião  com os acionistas da petroquímica, quer ir comigo ?

_ Quanto tempo?

_ Até  o almoço.

_ Prefiro ficar, vou aproveitar e fazer  compras.

_ Vou deixar meu cartão  com você.  Pode abusar.

_ Você  é  um doce.  Vem cá, deixa te dar uma mordida.

_ A noite te deixo me Comer todinho, agora preciso ir.

_ Hektor vai estar nesta reunião?

_ Sim. Por que?

_ Não  precisa ficar de mau humor, só  curiosidade.

_ Sei... Bom, a noite nos vemos. Me diga onde vai ok?
Se a reunião terminar antes vou ao teu encontro. Teo estará  comigo. Te cuida.

_ Combinado.

Arthur me deu um beijo carinhoso pegou  a pasta e saiu.

Estava lindo no modo executivo phodão.

Pensei em ir ao shopping mas me bateu uma preguiça grande, não  ia gostar de muito movimento.

Saí caminhando pela calçada  do hotel sem um roteiro.

Tinha optado por uma roupa confortável e botas curtas.

O clima estava agradável, perfeito para uma caminhada.

Ainda eram 8 horas e na calçada poucas pessoas passavam apressadas.

O metrô ficava na proxima esquina, de lá  eu resolveria o que fazer.

Dois homens grandes e musculosos vinham em direção  a mim e pareciam decididos a alguma coisa. 

Pensei em desviar mas no mesmo momento cada um pegou um dos meus braços  enquanto um carro preto encostava na calçada.

Foi muito  rápido. 

Em um instante fui carregada para dentro do carro.

_ Meu  Deus quem são  vocês? O que querem de mim?

_ Alguém  quer te ver. Colabora que não a machucaremos. Vamos dar um passeio.

_ E quem é esse alguém?

_ Um amigo.

_ Um amigo não  me sequestraria. Quem são  vocês?

_ Não tenha medo. Não  vamos te machucar. É  só  um passeio.

Abri a bolsa para pegar o celular  mas ele imediatamente me foi tomado.

_ Sem brincadeiras. Este fica comigo. Depois te devolvo.

_ Quem está  por trás  disso?

_ Sem nomes. Vou vedar seus olhos.

_ Como assim?

_ Por favor fique quieta.  Não  quero te machucar.

Fiquei calada.

É  estranho  que quando estamos vendados não  conseguimos falar.

Entramos em um trânsito  mais livre e o carro aumentou a velocidade.

Paramos e ao abrir as portas senti um forte cheiro de Mato.

Estávamos em alguma floresta  silenciosa.

Fui retirada  do carro e cada um me pegou pelo braço.

Caminhamos  por um lugar macio por algum tempo.

_ Muito bem. Podem retirar a venda.

_ Dona Mia, que prazer recebe-la. Sente-se, por favor.
Quer beber alguma coisa? Um suco? Refrigerante?

_ Você deveria estar em reunião Com Arthur!

_ Você  me traiu. Disse que me encontraria e mandou sua amiga. Agora preciso cobrar este engano.

_ Não  posso trair quem não  tem compromisso. Você  também me traiu.

_ Com Elizabeth? Você ficou com Ciúmes? Ela não  é  ninguém. Uma patricinha mal amada. E  você  estava  com Arthur, meu pior inimigo! Como pode? Eu te amei Mia!

_ OK, diga logo o que quer de mim que preciso voltar.

_ Arthur só  sentirá  sua falta ao retornar ao hotel. Relaxa. Eu só  quero sua companhia por algumas horas.

_ Estou me sentindo precionada em meu direito de ir e vir.

_ Se eu tivesse te convidado  você viria?

_ Não.

_ Foi o que pensei. Venha.

_ Para onde?

_ Vamos  entrar, quero que conheça  minha casa.

Estávamos em Um jardim enorme e muito bem cuidado. 

A casa em estilo georgiano era branca e imponente cercada de um bosque espetacular.

A varanda era toda branca, inclusive os moveis e os sofás cobertos de mantas coloridas.
Tudo era de muito bom gosto.

Ao entrarmos na sala Hecktor parou e se aproximou passando a mão  em meu rosto em um delicado carinho.

_ Como posso transitar entre a raiva intensa e a profunda atração  que sinto por você?
Mia, você  é... única. Por mais que eu queira fazer um sexo  violento para te punir, sinto um carinho tomar conta de meu ser e só  te ter aqui comigo já  me é  suficiente.

Abracou- me com delicadeza e seus lábios se aproximaram em um encantamento impossível  de resistir.

_ Eu te amo.

Hecktor se apropriou com  intensidade devorando meus lábios.

-"Irresistível."

Parei de pensar, parei de entender. Aquilo estava muito  além  de minha compreensão. Relaxei. Me entreguei.

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