02. Scorpius Greengrass Malfoy

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Scorpius e Alvo Severo Potter estavam parados colados na parede vendo os primeiristas correndo pelos corredores tentando achar a sala da próxima aula.

Enquanto estes morriam de pavor pensando que poderiam perder alguma coisa importante, os amigos Scorpius e Alvo se divertiam com a situação, relembrando seus anos como primeiristas também.

- Olhe aquele - Scorpius apontou para um garoto que corria em círculos sem saber para onde ir.

- Sei que eu não devia - Disse Alvo. - Mas eu estou adorando vê-los tão perdidos!

- Sr. Malfoy, Sr. Potter - Uma voz firme e alta chamou pelo sobrenome dos garotos fazendo-os se calarem e pararem de rir imediatamente. Ao olharem para o lado, deram de cara com a figura mais autoritária da escola, a Diretora Minerva McGonagall.

- Droga - Disse Alvo baixinho antes de ir ao encontro da diretora, ficando de frente para ela.

- Se não me engano, Sr. Potter, o senhor tem aula de Herbologia com o professor Longbottom. Então, o que ainda está fazendo aqui?

- Desculpe, Diretora McGonagall, eu... eu... vou agora mesmo.

Alvo saiu pisando firme em direção a sua próxima aula. Enquanto isso, Scorpius como um sonserino nato, permaneceu onde estava.

- E você, Sr. Malfoy?

- Sim, senhora? - Ele deu um sorriso de lado que deixava qualquer um, não importa de qual casa fosse, caidinha(o) por ele.

- O senhor tem aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, Malfoy. Melhor se apressar.

- Sabe, Diretora McGonagall, eu... - Malfoy ia dizer "não estou afim de ir", mas quando olhou para aqueles olhos profundos e sérios de Minerva, nem todo sangue sonserino conseguiria fazê-lo falar. - ... estou indo agora mesmo.

Ele se dirigiu a sala de Defesa Contra As Artes das Trevas pisando fundo.

Parecia que a tal maldição que Você-Sabe-Quem havia lançado sobre o professor de Defesa, mesmo após sua morte ainda continuava.

A maldição era que, após anos tentando ser o professor de Defesa e nunca conseguindo a aprovação de Dumbledore para tal, Você-Sabe-Quem amaldiçoou o cargo para que nenhum professor durasse mais que um ano.

E assim foi.

Quando chegou a sala, Scorpius reconheceu o professor novato de quando estava no banquete de boas vindas. Ele tinha por volta de uns 38 anos e já estava falando quando se virou para ver quem interrompia sua aula.

- Sr...? - Perguntou o professor.

- Malfoy. Scorpius Malfoy.

- É! O pai dele fugiu na batalha de Hogwarts junto da família puro-sangue. No final não serviu para nada, não é? - A maioria presente na sala riu.

Scorpius não conseguiu ver quem havia dito tais palavras, mas antes que pudesse responder, uma garota de cabelos ruivos como fogo bem marcantes respondeu por ele.

- Não se julga ninguém pelas atitudes de seus pais. Muito menos quando se está entre a vida e a morte. Então sugiro que cale a boca, Ritgreft, porque conhecendo-a bem, você faria a mesma coisa!

Malfoy olhou para aquela garota e deu um sorriso sem graça. Ele queria agradece-lá. Nem sabia quem era ela... mas viu nela algo que havia nele.

Incompreensão.

- Muito bem... - Disse o professor. - Vamos começar.

𓆙𓆙𓆙

Quando a aula terminou, Scorpius foi um dos primeiros a sair da sala. Ele não queria admitir, mas quando parou perto da porta e ficou esperando todos passarem até ver a garota de cabelos cor de fogo, ele realmente esperava por ela... e não estava lá  só por coincidência.

Ela foi uma das últimas a sair.

- Ei - Scorpius a pegou pelo braço, fazendo-a virar e dar praticamente de cara com ele. Ela era mais baixa alguns metros, magra e com curvas. - Desculpe, não foi minha intenção... puxa-lá.

- Tudo bem - Ela sorriu sem graça.

- Queria agradecer pelo que fez lá dentro. Não precisava.

- Ah... - Ela ajeitou seus livros nos braços. - Não precisa agradecer. Eu odeio injustiça. Teria feito por... qualquer um.

Qualquer um? - pensou Malfoy. Sentiu seu estômago revirar. Algo que ele nunca havia experimentado antes.

- Acredita que eu não tenho nada haver com o passado dos meus pais?

- Com certeza - Ela disse sem pestanejar. - E todos merecem uma segunda chance.

Eles pararam e ficaram se olhando por um bom tempo.

Scorpius sorriu.

- Posso fazer algo por você? - Perguntou ele. - Para retribuir.

- Não precisa mas... se quiser, pode me ajudar com os livros.

Ela esticou os livros para ele e ele pegou com um prazer que nunca tivera em toda sua vida.

E eles seguiram juntos, porque, pra onde quer ela fosse, Scorpius queria ir também.

Scorpius & Lílian: A História Nunca Contada Onde histórias criam vida. Descubra agora