C A P Í T U L O X X I X

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§ KYLE MADDOX §

Quando meus irmãos gêmeos nasceram, minha mãe teve algumas complicações por conta da idade e teve que ficar internada por um tempinho. Eu já era grandinho e conseguia entender que o problema que ela tinha era sério, e que ela poderia não sair de lá. Comecei a entender que hospitais eram mais que algumas agulhas quando você está doente ou visitar o médico uma vez por ano, e odiei tudo isso. Acho que só odiava hospitais porque tinha medo que eles ficassem com alguém que eu amava. Mas, eu cresci, minha mãe melhorou e está comigo hoje, mas meu medo ainda não foi embora.

A ansiedade me matava, e me fazia me sentir mais cansado do que já estava. Não conseguia manter minha perna e agitava-a toda hora, isso quando não estava andando em cirucoos ou roendo minhas unhas. O hospital estava em total silêncio, mesmo estando mais gente aqui esperando pela Nina. O relógio na parede era o único que dizia alguma coisa, mesmo que fossem o tic-tac, indicando que estava perto das 05:00AM. Daqui a pouco o sol iria nascer, e eu ainda estaria aqui.

— Um acompanhante de Nina Milani. — uma médica disse, se aproximado da sala de espera com uma prancheta.

— Como ela está? — perguntei, me levantando assim que ouvi o nome dela.

Além de mim, as amigas dela também levantaram preocupadas. Até Tito e Dominic, na qual eu nem sabia por que estavam realmente aqui. Arrumei minhas roupas, tentando parecer mais apresentável possível. Foi tudo muito rápido desde o jogo da final, a festa, minha briga com a Nina e a vinda ao hospital que eu mal tive tempo de tomar um banho. Mas, eu estava dando a mínima para a minha higiene em um momento como esse. Eu só queria ter alguma notícia da minha namorada, mesmo que ela não fosse uma tão boa assim.

— Agora, inconsciente. Mas, ela vai ficar bem. — a médica respondeu a minha pergunta, olhando para todos nós. Suspirei aliviado, agradecendo aos céus por isso. Nina estava viva. — Desculpe, mas você é o que dela?

— Namorado. — respondi, olhando o nome em seu crachá. — Eu quero ver ela, Dra. Wilson.

— Eu também! — Blair disse, junto com Delilah.

— Vocês são irmãs ou tem algum laço sanguíneo com a Nina? — negamos. — Alguém aqui tem algum lado sanguíneo com a paciente?

— Não, mas... — Eva começou, e a doutora interrompeu.

— Eu só poderia liberá-los se fossem parentes. O horário de visita acabou, e só vai começar daqui há algumas horas. — Dra. Wilson respondeu, olhando as horas no relógio de pulso. — Vocês parecem exaustos, e a Nina não vai acordar agora. Vão para casa e desncasem por um pouco, e depois voltem para ver a amiga de vocês.

— O que aconteceu com ela? — Delilah perguntou.

— Nina bateu a cabeça com o impacto que aconteceu na rua, e embora seja cedo pra dizer, acho que não afetou muita coisa. E também está com alguns arranhos e machucados, mas são superficiais. Fizemos alguns exames e vimos que ela estava com muito álcool no sangue, o que talvez possa ter acarretado na inconsciência dela agora.

— Mas, ela vai ficar bem? — Blair perguntou.

— Vamos esperar ela acordar, mas eu creio que sim. A amiga de vocês está sendo bem tratada, eu lhes garanto. — a doutora nos tranquilizou. — Vão para casa, crianças, e descansem.

BROKEN HEARTOnde histórias criam vida. Descubra agora