KOANY
De volta em casa, depois do sábado mega animado na casa dos pais da Lúcia, começo a me preparar para o encontro com o John. Só de lembrar da nossa pequena travessura na biblioteca, sinto um calor invadir meu sexo, provocando a sensação de estar ainda à mercê daquela mão grande e quente do meu Deus grego. Ainda não sei o que vou dizer para a minha mãe, que desculpa vou dar para sair à noite. Quanto mais eu penso, mais me convenço de que o melhor a ser feito é falar a verdade. Não gosto de mentir. Então é isso que vou fazer: vou falar a verdade!
Tomo um banho bem demorado para relaxar meus músculos, ainda tensos pela ansiedade e excitação do encontro com o Johnata. Saio do banheiro, que mais parece uma sauna, e entro em meu closet, hora de escolher minha roupa. Deus, que indecisão, o que devo vestir? Não tenho muito tempo, então decido-me por macacão frente única branco, uma calcinha de renda branca fio dental, um sandália meio salto dourada de tiras finas. Deixo os cabelos soltos e faço uma maquiagem leve, como eu gosto. Escolho brincos e pulseiras, também douradas, e uma pequena bolsa de ombro para completar meu look. Pronto, agora é hora de falar com mamãe.
Entro em seu quarto e ela está ao telefone. Pela cara que ela faz ao me ver, sei que está falando com meu pai.
Gesticulo que quero falar com ela e me sento na cama para esperar. Ela logo dá um jeitinho de finalizar o assunto e desliga, voltando sua atenção para mim.
— Oi, filha — Ela fala, me olhando dos pés à cabeça com cara de surpresa — Onde você pensa que vai, mocinha?
— Mamãe, conheci um rapaz hoje na casa da Lúcia, e ele gentilmente me convidou para um jantar. Eu aceitei. Eu já sou de maior, mamãe, e quase nunca saio de casa, a não ser para ir à faculdade. Sei que o papai não concordaria, mas sei também que você não é como ele. Por favor, mamãe... É só um jantar.
— Ah, Koany, eu bem sei como se sente em relação ao regime de criação do seu pai. Passei por isso com os meus e, naquela época, era ainda pior. Tudo bem, minha pequena, só tome muito cuidado e não chegue muito tarde, ouviu? Não quero problemas com o Robert.
— Obrigada, mãe, te amo! — Falo ao mesmo tempo em que a puxo para um abraço, seguido de um beijo espremido na bochecha.
Saio de casa às 19:30 Não quero chegar antes do Johnata e assim acontece. Como dei folga ao Jaime, vou eu mesma dirigindo Estaciono, o Deus grego vem ao meu encontro e abre a porta para mim.
— Belo carro, senhorita! Você está muito bonita esta noite — Sua voz como sempre me faz arrepiar e, por um momento, sinto uma corrente elétrica percorrer pelo meu corpo.
— Obrigada, cavalheiro, você também está muito elegante — Rimos juntos da nossa falsa formalidade.
Entramos e ele puxa a cadeira para mim. Sentamos e, por um momento, fico constrangida com a forma com que ele me olha, diretamente em meu decote.
— Algo está errado? — Falo, provocando e sentindo minhas bochechas queimarem.
— Só estou admirando essas beldades aí. Colocou essa roupa para me provocar, não é? Pois vai pagar caro por me deixar de pau duro em público sem poder fazer nada.
— Imagina... Peguei a primeira roupa que vi no armário. Não tenho culpa se não consegue controlar seu pênis — Sorrio levemente com a cara de falso bravo que ele faz.
O jantar corre muito bem, conversamos sobre várias coisas. Ele me contou um pouco sobre sua vida e sua carreira de jogador, e eu mais ouvi do que falei, pois não tenho nada muito interessante para contar.
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Uma paixão sem limites (Completo)
RomanceO livro retrata a história de uma jovem inexperiente e sonhadora, vivendo em um mundo totalmente limitado pelas exigências conservadoras do pai. A descoberta e a entrega do primeiro amor a levará a um universo desconhecido e cheio de emoções avassa...