capitulo 3.

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Theresa.

Ok Theresa, calma. É só um casamento, certo? Certo. Um casamento com uma pessoa que você nem conhece e que você não poderá se separar por pelo menos cinco anos. Está tudo bem, relaxa. Respira.

— Meu Deus, eu vou morrer. –sussurro enquanto tenho outra crise de ansiedade. Soluço e passo o cobertor em baixo dos meus olhos para limpar minhas lágrimas, respirando fundo e contando até 10 várias vezes. Até escutar alguém bater na porta.

— Tessa? Sou eu. –reconheço a voz do meu irmão e visto um vestido florido, passo uma água no meu rosto e abro a porta. Landon sorri e me abraça, me fazendo voltar a chorar desesperadamente.

— Theresa! Vamos logo ou então vamos nos atrasar.

Escuto minha mãe gritar e eu respiro fundo, me soltando de Landon e sentindo ele dar um beijo na minha bochecha antes de sair do quarto para eu me trocar. Tiro meu vestido e tomo um banho quente, lavo meu cabelo e quando saio do banho visto um short jeans curto com uma blusa preta que mostra meus ombros, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo e calço meu tênis descendo as escadas com meu celular na mão.

— Bom dia. –digo me sentando no sofá.

— Boa tarde, não é? –minha mãe responde.

Reviro meus olhos e me seguro para não explodir. Como um pedaço de manga e tomo um pouco da minha água para não ter que falar com aquela mulher.

— E que roupa mais vulgar é esta, Theresa? Você está achando que vamos onde?

— Eu gosto dela, mãe, e quem está usando sou eu, e sou maior de idade, então acho que você não tem nenhum direito de falar nada sobre.

Falo baixo mas alto o bastante para que ela ouça, ela bufa e levanta a mão para me dar um tapa, mas vejo meu irmão segurar seu pulso.

— Não faça isso, mãe.

— Meu filho, ela que começou.

Faço que não com a cabeça e Landon não diz nada, mas leva nossa mãe para a sala. Termino de tomar café e vou até a cozinha para conversar com minha mãe de verdade, Marie.

— Bom dia, minha linda.

— Bom dia, Ma. Dormiu bem?

— Muito bem, e você?

— Você sabe que não. –me debruço na mesa e ela balança a cabeça soltando um suspiro frustado.

— Vai dar tudo certo, vou estar aqui para ajudá-la. Sua mãe até estava conversando comigo para eu ir morar com você e seu marido.

—Sério? Essa seria minha salvação.

Ela sorri e passa a mão no meu rosto.

— Você sabe que eu te amo, certo, Ma?

— Também te amo, minha filha.

Eu a abraço e só solto quando minha mãe grita que eu preciso entrar no carro agora ou então ela irá me puxar pelos cabelos.

Hardin.

— Me deixa em paz, Hardin, não estou para brincadeiras agora. –Jolie diz emburrada. Eu reviro os olhos e tento segurar sua mão, mas ela tira rapidamente.

— Qual é? Sabe que não é minha culpa, acha mesmo que quero morar com aquele escroto e aquela mimada?

— Não sei.

Eu descruzo os braços dela e os coloco no meu pescoço, abraçando sua cintura.

— Eu amo você e não tem com o que se preocupar.

Ela assente e eu abaixo um pouco para beijá-la. Quando minhas mãos vão levantar sua camisa, escuto um barulho na porta e bufo.

— Pode voltar a dormir, seu horário ainda não bateu. –passo a mão na bochecha dela e ela assente se deitando na sua cama. Saio de seu quarto e respiro fundo quando vejo Sr. Müller.

— Boa tarde, Hardin.

— Boa, senhor.

— Srta. Young sairá para um jantar com meu filho hoje e você irá junto. Irei pagar mil reais a mais por hora, então fique tranquilo.

Faço que sim com a cabeça mas reviro os olhos mentalmente, planejava passar a noite com minha garota, vendo um filme ou apenas fodendo mesmo, mas como não posso reclamar apenas concordo.

Escutamos a campainha.

— Vá logo atender.

Assinto novamente e vou até a porta da casa, destrancando-a. Vejo Sra. Müller e Theresa, a mais velha balança a cabeça mas sua filha sorri e acena com sua mão pequena para mim me dando um "boa tarde"

— Carol! Que surpresa! Achei que só a Theresa viria.– Sra Müller a cumprimenta.

— Decidi vir e chamar você para irmos ao shopping, o que acha?

— Claro! Vou só pegar minha bolsa, meu motorista nos leva, assim o seu pode ter uma folguinha.

— Tudo bem.

Theresa passa por elas e vem até mim.

— Oi, você pode me levar até a sala de televisão, por favor? Sei que elas vão demorar e não acho apropriado que eu vá sozinha até lá já que não moro ou trabalho aqui.

— Claro.

Levo-a até lá e ela se senta no sofá, entrego-a o controle e ela coloca algum filme.

— Você não quer sentar e assistir? Chama a Jolie também, acertei o nome dela, certo?

— Acertou, mas creio que estamos bem, não precisa, realmente.

— Mas por quê? Eu insisto.

— Tudo bem. Vou chamá-la.

Vou atrás de Jolie e após muitas tentativas, vamos até a sala e minha namorada se senta ao lado de Theresa e a cumprimenta.

— Oi, Theresa! Tudo bem?

— Tudo sim, Jolie. E com você? Ah, e vocês podem me chamar de Tessa, Theresa é nome de velha e eu não gosto nem um pouco.

Jolie ri e me puxa pela mão para me sentar ao seu lado.

— Esse é o Hardin, ele é o segurança do Sr. Elliot.

— Prazer, Hardin. –ela sorri e acena novamente. Viro a cabeça e escuto Jolie se desculpar por mim.

— Então, o que querem assistir?

— Não sei, pode escolher. –ela responde e Tessa dá de ombros colocando Friends.

Estávamos assistindo e elas duas conversavam bastante quando Elliot entra na sala e o sorriso no rosto de Tessa desaparece, enquanto o dele aumenta.

— Boa tarde, Theresa. Como vai?

— Vou bem, obrigada.

— Então, está pronta para nosso jantar hoje à noite?

— Acho que sim. Precisamos mesmo conversar sobre tudo o que anda acontecendo.

Ele assente e eu e Jolie saímos da sala. Finalmente.

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