capitulo 25.

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Hardin.

— Rápido, Hardin! –Tess gemeu de dor me desesperando mais ainda, sua bolsa tinha acabado de romper e eu estava procurando a mochila do nosso bebê e a de Tess.

Quando finalmente achei, corri até a sala e ajudei Tess a levantar enquanto ela reclamava de dor e resmungava ainda mais me deixando cada vez mais nervoso.

— Amor, calma.

— Calma é o caralho, essa criança vai nascer no carro se você não correr. –ela grita e eu arregalo os olhos, colocando-a dentro do carro e jogando as bolsas na parte de trás do carro. Sento no banco do motorista e acelero pro hospital o máximo que posso.

— Vamos. –digo baixinho pra não irrita-la e ela assente abrindo a porta. Saio do carro e pego as bolsas antes de ajuda-la a ir até a entrada do hospital.

— Moça, minha namorada vai parir, pelo amor de Deus me ajuda. –ela assente e chama dois enfermeiros que dizem pra eu ficar e fazer a ficha e depois ir até o quarto onde ela iria ficar.

Assim que termino a sua ficha corro até o quarto, ela está com tanta dor e eu estou tão nervoso. Não queria que ela sentisse dor, mas se ela tiver que passar por isso pra ter nossa Josephine, acho que ela passa sem problemas.

Entro no quarto e ela já não está mais reclamando de dor o tempo inteiro, ela me dá um sorriso murcho e eu fecho a porta colocando as bolsas no sofá e indo até ela.

— Tá bem? –sussurro passando a mão no cabelo dela e ela assente.

— Mas eles disseram que vai voltar depois de um tempo e pode ser que esteja mais forte. Minha dilatação ainda tá em 5 centímetros, então pode sentar aí e descansar um pouquinho, já já eu te chamo. –ela diz mas eu balanço a cabeça. Descansar? Não vou descansar até nossa menina estiver nos nossos braços.

— Não tá com fome?

— Não, outra coisa, eu só posso comer gelo até a Jo nascer. –ela faz uma careta e eu sorrio por escuta-la falando Jo.

— Passou tão rápido né? Parece que foi ontem que a gente descobriu que você estava grávida. –ela sorri e balança a cabeça, mas logo seu sorriso some e ela franze a testa.

— E que meus pais descobriram também. –ela sussurra e eu seguro sua mão.

— Eles não sabem o que tão perdendo, uma filha e uma neta maravilhosas.

Ela faz uma careta e aperta minha mão com força, fechando os olhos e mordendo a boca. Eu soube que as contrações estavam voltando e deixei-a apertar minha mão o quanto quisesse, fiquei ao seu lado o tempo todo tentando passar o máximo de calma que conseguia, mas quando a doutora chegou no quarto e disse que já poderíamos ir para a sala de cirurgia, a minha ficha caiu e eu comecei a chorar.

— Amor, calma. –Tess diz e limpa minhas lágrimas, puxando minhas bochechas pra me dar um selinho.

— Calma, papai! Vai dar tudo certo. –a doutora diz e eu balanço a cabeça, mordendo a boca e sentindo meu nariz pinicar e meus olhos lacrimejarem.

— Eu te amo muito. –digo à Tess quando ela já está deitada na maca e pronta pra ter nosso bebê, seus olhos lacrimejando enquanto ela fazia força pra nossa Josephine nascer.

— Cala a boca. –ela diz alto e eu sorrio dando um beijo na sua bochecha, tentando tranquiliza-la com palavras encorajadoras.

Mas aí aconteceu, escutei seu choro fino e alto pelo quarto e aí desabei novamente. Olhei pra nossa filha e mordi a boca tentando me controlar, mas assim que a enfermeira a colocou nos braços de Tess e ela nos olhos com seus olhinhos brilhantes, soube que eu era o cara mais sortudo do mundo. Tinha as mulheres mais lindas do mundo ao meu lado e sabia que não precisava de mais nada, todas as pessoas ao nosso redor sumiram por um momento, deixando-nos fechados no nosso mundo por um tempo.

— Eu amo vocês. –sussurrei e minha mulher me olhou com um sorriso cansado no rosto.

— A gente te ama mais ainda. –ela fala no mesmo tom e eu sorrio.

— Eu amo mais.

Fim.

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