capitulo 5.

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Hardin.

Ela tira o seu vestido e quando olho seu corpo praticamente nu, apenas com uma calcinha de renda branca e um sutiã combinando, percebo o quanto é errado e empurro seu peito.

— O que foi?

— Nada, só não vamos transar.

— Ah. –ela sai de cima de mim e eu suspiro esfregando a mão no meu cabelo, me levanto e vou até minha cama.

— Você está bravo porque eu te beijei? –um tempo depois escuto sua voz.

— Não.

— Tem certeza? Porque parece que sim. –ela se vira para mim e eu reviro os olhos.

— Tenho. Vai dormir, Theresa. Já está tarde e vamos sair cedo amanhã.

Ela assente e vira para o outro lado, então solto a respiração que não sabia que estava prendendo e me viro também, mas demorando para dormir.

Theresa.

Minha cabeça dói. Meu corpo dói. Tudo dói. Sinto imediatamente um arrependimento terrível de ter concordado em ir àquela balada e respiro fundo.

Abro os olhos devagar para me acostumar com a claridade e assim que volto à realidade, vejo que Hardin está dormindo na cama ao meu lado. O quê? Por que estou em um quarto que nunca vi na vida com um quase desconhecido? Devo ter bebido muito para concordar em vir com ele.

Fecho novamente os olhos quando sinto minha cabeça latejar e solto um gemido fazendo uma massagem nas minhas têmporas.

— Bom dia –Hardin fala fazendo minha cabeça doer ainda mais e eu franzo o cenho fazendo sinal para ele ficar calado.

— Onde estamos? –sussurro.

— Em um hotel perto da sua casa. Acho que você não lembra mas Elliot sumiu ontem à noite e quando quis te deixar na sua casa, você pediu para eu não lhe levar para lá.

Faço que sim com a cabeça e abro os olhos novamente, me levanto e só aí percebo que estou sem o meu vestido. Arregalo os olhos e me cubro, vendo quando Hardin o joga na cama ao meu lado.

— Vou tomar um banho e vamos.

Assinto e assim que ele entra no banheiro, me visto rapidamente.

Vou até o espelho e esfrego embaixo dos meus olhos para tirar o borrado da maquiagem. Penteio meu cabelo com os dedos e passo a língua no meu lábio.

Passo tanto tempo me olhando que nem percebo que Hardin já havia saído do banho e estava vestindo sua camisa.

Coloco meu salto e saímos do quarto indo até o elevador.

— Depois quero falar com você. Não agora, minha cabeça está me matando, mas quero que você me fale tudo que eu fiz ontem. –falo baixo tanto pela dor de cabeça quando pela vergonha por saber que provavelmente fiz alguma merda.

Ele faz que sim com a cabeça e saímos do elevador indo até a recepção, ele acerta tudo e vamos direto a um táxi que está na frente do hotel.

Hardin dá o meu endereço e eu encosto minha cabeça na janela até chegarmos na minha casa.

Respiro fundo e agradeço Hardin enquanto saio do carro. Bato na porta e Marie atende. Sorrio para ela e entro ignorando qualquer pergunta que alguém me fizer, me dirijo até o meu quarto e tranco a porta para não ser incomodada por ninguém. Tiro toda a minha roupa e me jogo na cama dormindo logo.

Hardin.

Estou pensando como vou falar para Jolie que beijei a Tessa, quero dizer, se eu falar. Eu já a traí algumas vezes e ela sempre me perdoou, mas não sei se é a mesma coisa. A última vez que a trai foi o ano passado, e ela disse que nunca mais olharia para mim se eu a traísse novamente.

Passo a mão no meu cabelo repetidas vezes e destranco a porta da casa dos Müller, me deparando com Jolie brincando com Hope na sala. Ela me olha e sorri sem os dentes.

— A gente pode conversar? –eu pergunto e ela olha para Hope que estava entretida com um desenho qualquer na televisão.

Ela assente e eu a levo até a sala de jantar. Jolie tenta me abraçar mas eu franzo o cenho.

— Acho que você vai querer escutar o que eu tenho para te dizer antes de me abraçar.

Ela assente e cruza os braços depois de prender o cabelo em um rabo de cavalo.

— Você sabe que eu fui à uma balada ontem, certo? –ela assente– então, Elliot mandou eu ficar de olho na Tessa... Theresa, e foi embora com uma garota. Mas ficou muito tarde e decidi levá-la embora, o problema é que quando eu disse que ia levá-la para casa, ela pediu para eu deixá-la em um hotel, e eu claramente não podia fazer isso, já que perderia meu emprego se deixasse-a sozinha. Decidi ficar lá com ela, e de manhã cedo saímos, estava tudo certo, ficamos em um quarto com duas camas e cada um ficou no seu lado, quis te contar porque não quero mais mentir para você.

Jolie franze o cenho mas assente e abre os braços passando-os no meu pescoço, abraço-a pela cintura.

— Obrigada por ter sido honesto, sei como é difícil para você não manter segredos e agradeço por pensar na nossa relação. Se você diz que nada aconteceu, eu acredito. –ela segura meu rosto e eu respiro fundo.

— Nada aconteceu.

— Então tudo bem. –ela sorri e me beija.

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