Theresa.
— Você não vai comer sorvete, Theresa. –Marie puxa a tigela da minha mão e me olha com cara feia.
— Por favor, Ma. Já disse que estou melhor. –faço bico e tento pegar mas ela coloca atrás das costas dela.
— Vou fazer uma comida de verdade pra você, vai esperar lá fora.
Reviro os olhos e saio da cozinha indo até o sofá, me jogando nele. Elliot está no trabalho e chega daqui a pouco.
Nós não temos uma convivência muito boa, desde que ele voltou, –eu descobri que ele estava na casa dele– nós brigamos umas três vezes, o que resulta em eu dormindo no sofá todas as noites, não porque ele quer, mas porque não aguento ficar perto dele por mais de dez minutos.
Hardin também está em casa, nós nos aproximamos muito e acho que gosto gosto dele, não sei se é porque eu recebo a atenção que eu nunca recebi na vida mas sei que, quando o Elliot ou a Marie estão, ele é muito carinhoso comigo.
— Bom dia. –falando nele...
— Bom dia. –viro o rosto pra olhá-lo vindo até mim. Ele se abaixa e beija minha bochecha, e meu coração acelera, já estou acostumada porque sempre que ele me toca ou algo do tipo isso acontece.
— Tessa! Comida. —Marie grita e eu dou um pulo, minha barriga roncando. Estou com tanta fome que poderia comer a mesa toda sozinha.
Me sento no meu lugar e espero Marie colocar a comida na mesa pra eu atacar.
— Come também, meu filho. Não te vi comendo ainda hoje. –Ma dá um tapinha na costa de Hardin que assente e se senta do meu lado.
— Vou voltar a fazer minhas coisas, quando terminarem deixem os pratos na pia, por favor.
— Estou com tanto sono que poderia dormir por uns três dias seguidos –eu falo.
— Você devia descansar, mas fica parecendo uma formiga andando de um lado pro outro pela casa.
— Não ando de um lado pro outro, você que só chega na hora que estou fazendo meu passeio diário.
— Ah tá, agora a culpa é minha porque cheguei na hora errada? –eu olho pra ele com um sorriso no rosto e ele balança a cabeça.
— Você pode ir comigo no shopping mais tarde? A Marie não quer ir comigo e eu odeio ir sozinha.
— Pode ser, se o Elliot não for precisar de mim.
— A gente fala com ele. Como está sua mãe? –pergunto todo dia desde que descobri que antes de começar o horário dele, ele sempre vai visitá-la.
— Bem, muito melhor do que semana passada. Acho que agora ela vai se cuidar melhor. –ela teve uma crise antes de ontem e foi tão forte que Hardin disse que tiveram que levar ela ao hospital.
— Que bom! Espero que ela melhore logo. Você devia levá-la pra sair, por que não levamos ela pro shopping com a gente? –me animo mas ele não parece gostar muito da ideia porque franze a testa e balança a cabeça.
— Ela não pode sair assim, pode ficar pior ainda.
— Por favor, Hardin. Só uma vez não vai doer.
— Não, Theresa. Ela é minha mãe, eu sei o melhor pra ela.
— Se soubesse mesmo iria concordar em deixá-la aproveitar um pouco a vida.
— Não é você que tem que acordar de madrugada com o celular tocando do hospital porque ela desmaiou e teve que ser socorrida! Eu sei sim o que é melhor pra ela e não se mete nisso, beleza?
Dito isso, ele levanta e sai da sala de jantar, fico olhando pra porta esperando que ele volte mas não acontece.
Eu não acho que tenha falado algo pra ele se estressar desse jeito. Ou falei?
— Puta merda, Tessa.
Brigo comigo mesma e me levanto, até perdi a fome. Vou direto ao quarto dele, preciso pedir desculpas, agora sei que foi errado me meter na vida dele e da mãe dele. Acho que falei tanta merda que ele pensou que eu estivesse duvidando da capacidade dele de cuidar da própria mãe.
Bato na porta de seu quarto e abro uma brechinha.
— Hardin? –sussurro quando o vejo sentado na cama com os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto escondido nas mãos.
Ele nem se mexe quando o chamo mais uma vez então decido entrar. Fecho a porta atrás de mim e sento do lado dele.
— Eu não disse que você podia entrar. O que tá fazendo aqui?
— Quero me desculpar.
— Ok, aceito, pode ir agora.
Reviro os olhos e puxo seu rosto longe de sua mão, ele me olha com raiva e por um segundo sinto medo, mas passa porque sei que ele não me machucaria, não por nada, mas por eu ser a esposa do seu chefe.
— Me desculpa, tá bom? Não achei que voce iria se ficar tão ofendido por isso.
— Já disse que te desculpo.
— Mas você está com raiva ainda. Por favor, não fica bravo.
— Não tô bravo.
— Então posso te abraçar?
— Não, é antiprofissional.
— Antiprofissional é transar comigo o dia inteiro duas horas depois de eu ter casado.
Ele revira os olhos e eu mordo o lábio.
— Não faz isso. –ele diz me fazendo franzir o cenho.
— O que eu fiz?
— Mordeu o lábio.
Contenho um sorriso e umedeço-os antes de morder mais uma vez.
— Você tá mesmo querendo que eu te coma aqui com a Marie lá fora?
— Tem isolamento aqui, não tem?
— Hmm.
Eu sorrio e ele balança a cabeça, eu passo os dedos no cabelo dele que franze a testa. Olho pro seu colo e vejo que tem algo acordando, essa descoberta faz minha calcinha molhar.
Decido continuar com as provocações, acho que sexo vai deixá-lo distraído no momento.
— Mas não sei se só o isolamento iria valer. Você precisaria colocar a palma da mão contra a minha boca pra Marie não escutar o quanto eu amo quando você me fode. –sussurro no seu ouvido e depois mordo o lóbulo sentindo seu aperto na minha bunda.– e então? Vai ficar me rejeitando ou vai me foder?
Essa é a deixa dele pra me jogar contra a cama e subir em cima de mim, eu sorrio antes de o beijar. Ele desce as mãos apertando minha bunda e eu enlaço minhas pernas no seu quadril enquanto abraço seu pescoço.
Ele empurra o quadril contra o meu e eu gemo baixo.
— Agora vou te foder e eu não estou nem aí pra quem vai escutar. –ele sussurra contra minha boca e eu mordo seu lábio depois de assentir com a cabeça.
— Então fode.
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eu não sei se eu já avisei mas essa fanfic vai ter muito hot 🤪
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between🚬
RomanceTheresa Lynn Young é uma jovem de 19 anos que mora com seus pais em uma mansão em Nova Iorque. Seu pai, o segundo maior empresário da cidade, decide fazer um contrato de casamento com o filho de seu amigo, também empresário. Porém será mesmo que iss...