capitulo 14

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Theresa.

— Eu tô simplesmente morta de fome, Ma.

— Claro, não come nada e depois fica reclamando. Vou fazer seu café.

— Tá bom, te amo.

Pego meu cobertor e me enrolo nele indo pra sala e me jogando no sofá. Eu estou toda dolorida, não vou mais nem sair hoje com minha mãe e a Sr. Müller.

Ligo a televisão e fico assistindo uma série qualquer que está passando enquanto espero Marie terminar de fazer meu café da manhã.

Elliot ainda não chegou e estou começando a pensar que ele foi pra lua de mel sem mim. Não que eu esteja reclamando, só estranharia já que ele estava super animado.

— Bom dia. –escuto a voz rouca de Hardin e me mexo um pouco pra olhá-lo. Ele está lindo demais em uma calça jeans e uma camisa preta.

— Bom dia. Vai sair?

— Vou visitar minha mãe, meu horário aqui é só meio dia.

Balanço a cabeça e sorrio sem os dentes, estou tão dolorida que qualquer mínimo movimento dói muito. Acho que estou ficando doente porque minha cabeça também está começando a doer.

Hardin percebe quando faço uma careta de dor e franze a testa.

— O que foi?

— Nada, só estou com um pouco de dor no corpo, mas já já passa.

Ele vem até mim e por algum motivo meu coração acelera quando ele coloca a mão na minha testa pra ver se estou com febre.

— Você está fervendo, Theresa! Vou te levar no hospital, vamos. –ele segura na minha mão para me puxar e eu balanço a cabeça.

— Não quero, já disse que vai passar daqui a pouco.

— Vamos logo, não vou deixar você doente aqui.

Faço uma careta e continuo parada olhando pra ele, arregalo os olhos quando ele me pega no colo e segue até a cozinha.

— Por favor, me solta. –peço mas ele me ignora.

— Marie, vou levá-la no hospital, ela está fervendo e reclamou de dor no corpo e na cabeça. –jogo a cabeça pra trás e relaxo o corpo quando Marie vem até nós limpando a mão no avental e coloca na minha testa.

— Meu deus, Tessa! Vou pegar os documentos dela, não demoro nada.

Hardin assente e eu reviro os olhos antes de fechá-los.

Marie chega rápido com os documentos e coloca no bolso dele que agradece e sai comigo ainda no colo indo em direção ao carro dele.

Com certeza estou parecendo uma doida, acabei de acordar e por isso estou com meu pijama, o cabelo em um rabo de cavalo bagunçado e enrolada no meu cobertor. Sim, eu tenho um cobertor preferido desde criança e uso ele sempre.

Hardin me coloca no banco do passageiro e coloca o cinto em mim, não tiro os olhos dele enquanto isso, mas ele parece não perceber.

Ele está com a testa franzida quando me olha e fecha a porta do meu lado, indo para o banco do motorista e dando partida até o hospital.

Encosto a cabeça na janela e fecho os olhos, não demorando nada pra chegarmos.

— Vamos, você consegue andar?

Balanço a cabeça e deixo meu cobertor no banco quando saio. Hardin vem até mim e eu seguro no seu braço encostando a cabeça no seu ombro –que é da minha altura– e andando assim até chegarmos dentro do hospital.

Eu sigo até uma das cadeiras na sala de espera e Hardin vai fazer minha ficha. Eu fico assistindo ao programa que passa na televisão pequena pra tentar me distrair das pessoas doentes ali presentes.

Hardin senta do meu lado e eu aproveito pra deitar a cabeça no seu ombro, e, pra minha surpresa, ele passa o braço pelos meus ombros e começa a mexer no meu cabelo.

Nem vejo mais nada, durmo e só acordo quando Hardin me balança pra avisar que acabaram de me chamar.

Sento de frente com o doutor e ele começa a fazer várias perguntas, eu respondo algumas mas Hardin acaba respondendo a maioria já que sempre me enrolava.

— Bom, vamos fazer uns exames, certo? Você pode deitar naquela maca. –o médico me leva até a maca e eu me deito, Hardin fica em pé ao nosso lado e eu decido ficar olhando-o.

Quando o conheci, não havia prestado atenção em quão lindo ele é, seus olhos verdes estão mais contrastados agora por suas sobrancelhas por fazer franzidas, seu cabelo castanho é sedoso e eu adorei passar os dedos entre seus fios, seu nariz é muito fofo e suas bochechas são um pouco rosinhas. Mas com certeza a minha parte preferida é a sua boca. Seus lábios são vermelhos e carnudos, eu amei beijá-los e adoraria fazer de novo.

Meus pensamentos são interrompidos quando Hardin me olha, me pegando no flagra. Ele sorri e passa o polegar na minha bochecha, eu tenho certeza que estou mais vermelha que um tomate, mas sorrio pra ele e me surpreendo quando o médico diz que já terminou de me examinar.

— Então eu já posso ir? –me sento na maca e ajeito meu cabelo.

— Sim, vou só lhes dar uma receita. Você não quer saber o que tem?

— Sim. –Hardin responde por mim.

— Está com uma gripe muito forte, e se não descansar e se tratar o bastante, pode evoluir para uma pneumonia.

Reviro os olhos com tanto drama e fico em pé de braços cruzados. Com certeza estou com uma cara horrível porque o médico ri com Hardin quando entrega a receita à ele e diz "boa sorte" o que me dá vontade de pular em seu pescoço e dar-lhe uns bons tapas. Me limito apenas em sorrir e agradecer, saindo da sala o mais rápido que consigo.

— Tessa, calma. – Hardin vem até mim e começa a andar do meu lado.

Andamos em silêncio ate o carro e eu me enrolo no cobertor de novo enquanto ele dá partida.

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