Capítulo 15: Guerra Sedutora

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Galatia Gray desceu as escadas com a velocidade mais rápida que conseguiria atingir sem emitir muito barulho

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Galatia Gray desceu as escadas com a velocidade mais rápida que conseguiria atingir sem emitir muito barulho. Vestida por uma blusa sem manga azul-clara, seus jeans rasgados e um tênis Nike Air Force, a garota se agarrou ao corrimão de madeira antes de dançar com a cabeça pelo primeiro andar para confirmar a ausência de sua família.

Entretanto, Gabriel Gray, em seu pijama e expressão desguarnecida, se encontrava sentado em uma das mesas da cozinha. Seu rosto era iluminado apenas pelo console de vídeo game que o rapazinho teclava de forma furiosa e concentrada.

- O que tá fazendo acordado à essa hora, Gabe? - Galatia não conseguiu conter seus instintos de irmã mais velha.

Ele pausou o jogo e ergueu o rosto.

- Não consegui dormir - Replicou antes de devolver a atenção ao seu jogo.

Galatia sentiu o peito se retorcer em angústia.

Desde a morte de Pao, Gabriel Gray sempre se resumia a poucas palavras e aos seus vídeo-games. A irmã mais velha não sabia exatamente no que o garoto estava pensando por que ele se recusava a exprimir suas emoções, mas sabia que estava sendo um período muito difícil para Gabe.

Por isso, os pais dos dois haviam decidido inscrever Gabriel em uma programa de acampamento nas férias de inverno para distrai-lo, mas até que a data chegasse, as mãos da família estavam atadas.

- Não vai nem me perguntar aonde eu vou? - Galatia demandou sentindo o nó em sua garganta afetar sua voz.

- Não, mas também não vou contar para os nossos pais - O rapazinho assegurou, dando de ombros.

Duas buzinas breves fizeram com que Galatia engolisse o que estava prestes a dizer e rumasse até a sua entrada.

Entre as casinhas residenciais uniformes, as árvores coníferas, o pátio de cimento que dividia as casas e isolava a rua estreita, os postes de luz medianos e a grama tão verde que parecia estar sob o uso do efeito de saturação, era a figura de Bay Bachmann apoiado de forma desleixada sob seu carro - sabe-se lá que carro, mas era um vermelho - que se contrastava com o cenário e estrelava o filme daquela noite pacata.

- São onze da noite - Galatia salientou, tentando esconder sua impaciência.

Bay ajustou a postura e alongou as costas de forma aparecida. Usava uma camiseta preta que se apertava contra seu corpo, marcando seus músculos e seu peitoral malhado. Galatia pegou-se lembrando da época em que Bay era só uma criancinha rechonchuda com os cabelos cor de fogo.

Mas, caramba, como ele tinha mudado.

- Demorei para ficar bonito para você - Se explicou com o brilho da malícia iluminando seus olhos.

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