Capítulo 23: Monstro do Lago Champlain

83 17 14
                                    

- Eu tenho uma teoria - Colt nem esperou terminar de se alavancar para dentro do quarto de Galatia através de sua janela antes de começar a falar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Eu tenho uma teoria - Colt nem esperou terminar de se alavancar para dentro do quarto de Galatia através de sua janela antes de começar a falar. As suas bochechas, afundadas pela estrutura definida e deslumbrante de seu maxilar estavam coradas, como se o garoto tivesse chegado até ali correndo.

- Diga! - Galatia ordenou, trancando a porta de seu quarto e empurrando a parte superior da janela para cima, para facilitar a entrada de Colt.

- Hoje não vai ter mais aula, né?

- Hm... Não! O grupo de mensagens da diretoria da escola avisou que as aulas foram canceladas por hoje, depois da notícia. No jornal falaram que o diretor Sullivan estava colaborando para recriar os acontecimentos do dia do crime, já que tiveram aulas - Galatia mostrou a tela do celular para o menino, que subiu as mangas de sua blusa comprida e apertou os olhos para ler a mensagem. Sua expressão confusa evidenciava que Colt provavelmente nunca nem tinha ouvido falar do grupo de mensagens de texto da diretoria.

- Ótimo. Nós vamos até o lago Champlain - Falou, decidido - A extremidade oeste do lago acaba na refinaria de petróleo, que é cheia de câmeras de segurança e teria flagrado alguém se a pessoa tivesse passado por lá. A extremidade leste, embora seja bem mais estreita e dê para atravessar ela até andando...

- ...Sempre fica lotada de pessoas... Principalmente de manhã e a tarde... Ou seja? - Galatia abriu espaço para que Colt continuasse.

- O assassino não tinha como escapar pela parte da frente da casa, nem para o leste, nem para o oeste. Então ele atravessou o lago pelo norte, na sua parte mais larga - Colt expôs seu mosaico de idéias fazendo seu dedo indicador de bússola.

- Mas isso é possível? Até aonde eu sei é bem fundo e bem largo - A loira contestou, ajustando a alça da regata que portava por cima de sua calça moletom-pijama.

- É isso que vamos descobrir. Pegue seu... Biquíni! - Colt fez um esforço mental para se lembrar do feminino de calção de banho, mas a garota espalmou as palmas das mãos em um sinal de ''Espere''.

- Eu também estive pensando em algo... Quer dizer... Colt, nós ainda não paramos para pensar no por que a mãe da Pao não acordou com os barulhos do andar de cima! - Galatia levantou o mistério, mais uma vez - Nós sabemos que ela estava na casa desde as cinco da tarde e não se lembra bem da hora que dormiu, só sabe que acordou por meados das cinco da manhã, quando foi no quarto da Pao.

- Você tem alguma idéia do que pode ter deixado ela desacordada? - Colt sentou-se na cama da garota, de forma um pouco íntima. Depois, espalmou as mãos sob o acolchoado, deixando pender o peso de seu tórax. A expressão atenta em seu rosto tombado, por alguns segundos, fez o pensamento de Galatia se desvencilhar de forma irresponsável para como a relação dos dois tinha mudado desde o dia em que cruzaram na frente daquela cena do crime.

- Erm- - Galatia fez evaporar seu transe - O quarto da Pao tem algum isolante de som? Não... Eu já estive lá tantas vezes e nunca reparei em nenhuma acústica- Colt também negou com a cabeça, tinha conseguido ouvir vozes do andar debaixo quando entrou no local no jantar dos Balthazar - A mãe dela estava vendo alguma coisa na TV? - Os dois discordaram com a cabeça em uníssono, continuava soando muito improvável - Eu até pensei que o assassino tivesse drogado a Sra. Pok-Too, mas como ele faria isso sem ser visto?

Bexley Tales Onde histórias criam vida. Descubra agora