A cidade de Bexley esconde verdades de seus cidadãos que a própria verdade desconhece. Isso, até que um suposto suicídio força tais segredos a sairem das sombras para o bem da população não tão pacata desse misterioso município de Vermont. Consequen...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Galatia Gray alternou o lado do rosto que examinava rigorosamente no espelho para ter a certeza de que o delineado ilustrado em seus olhos era simétrico nas duas pálpebras, mas para agregar volume à sua profunda frustração, o risco do lado esquerdo se revelou consideravelmente mais grosso que o do lado direito.
- Pituquinha... Tem alguém aqui para você - Gunther deu dois toques na porta antes de fazer aquele anúncio. Assim que a filha mais velha liberou sua entrada, o homem revelou a visita que a fez soltar o lápis de olho em uma surpresa silenciosa.
- Marina...?
A morena, envolvida por um curto e elegante vestido de bandagem vermelho e uma máscara de mesma cor pendurada no pescoço, ressoava culpa no olhar que dirigia à melhor amiga. Gunther, ao identificar o momento perfeito para a sua deixa, fechou a porta atrás das suas jovens.
- Eu não posso ir para uma festa sem perguntar para você se meu vestido está curto demais... - Marina começou, com um sorriso triste como se estivesse prestes a chorar - ...Nem você sem deixar eu refazer sua maquiagem.
As duas trocaram uma risada introvertida antes de se abraçarem.
- Desculpe por ter sido tão vaca! É que eu fiquei chateada por você não ter me contado da sua vida e também fiquei com ciúmes! - Marina se justificou aos prantos, com um lado da bochecha apertado contra o ombro de Galatia - É horrível ficar sem falar com você! O Leon não entende meus problemas femininos!
- É você que ter que me desculpar, Marina! Eu não te contei nada, mas é por que eu fiquei com medo e... Tem tanta coisa acontecendo. Tanta! As vezes eu acho até que vou acabar ficando louca - Galatia afundou, por sua vez, o rosto em Marina.
Tinham passado pouco tempo sem conversar, mas era a primeira vez que brigavam desde o dia em que as duas se tornaram amigas, lá no jardim de infância. Agora que estavam em bons termos de novo, Galatia sentiu um peso que nem sabia que existia aliviando toda a sua estrutura tensa.
Ela tinha perdido uma amiga, mas não iria perder sua irmã.
- Você vai me contar tudo - Marina afastou o rosto, encarando a melhor amiga com seus olhos marejados - E também vai trocar de vestido depois que eu refazer seu delineado. Hoje você não vai ir vestida como uma menina, Galatia Gray - Afirmou, recolhendo do armário da amiga um vestido negro, consistido por uma parte superior rendada e uma saia rodada elegante que se estendia até o chão com uma transparência que deixava o vestido menos sério e mais provocativo, visto que deixa as pernas à mostra. Galatia havia o recebido de presente da mãe, no ano passado, mas sempre teve vergonha de usa-lo por sua natureza mais sensual - Você vai vestida como uma mulher.
