Capítulo 28: Fugindo Do Controle

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Leon Lockhead em um movimento vagaroso, devolveu o bastão de beisebol ao chão, com o tórax magro subindo e descendo em um movimento intensamente amedrontado

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Leon Lockhead em um movimento vagaroso, devolveu o bastão de beisebol ao chão, com o tórax magro subindo e descendo em um movimento intensamente amedrontado.

Quando era pequeno, sua avó Leta costumava cantar uma música sobre uma mulher desastrada, que ao se desequilibrar no corredor de sua casa, rolou escada abaixo, foi arremessada por uma almofada na base dos degraus, escorreu em uma casca de banana na sala e rolou até o meio da rua, aonde foi atropelada por uma bicicleta. Leon nunca entendeu a moral-da-história daquela canção. Por isso, em um de seus dias curiosos, perguntou para a avó, que explicou-o que as vezes situações na vida evoluem de forma rápida, por isso ele deveria sempre medir suas atitudes.

Embora nos dias atuais considerasse aquela música profundamente inapropriada para crianças, sentiu na pele a lição de sua avózinha, e tudo começou quando desistiu de procurar o banheiro no primeiro andar e partiu para o segundo.

Assim que atingiu o corredor escuro, rumou para a direita em busca do toalete. A primeira porta que empurrou, teve de fechar imediatamente, já que algum maluco vestido por uma máscara de diabo estava prestes a despir uma outra mascarada e fazer coisas indevidas. A segunda porta, embora não fosse o banheiro, chamou sua atenção de forma magnética.

Leon era fã de beisebol - em especial do time Yankees - e pelo visto algum dos Carlile também era, por que a segunda porta escondia atrás de si um paraíso colecionador de bolas, bonés, camisetas e pôsteres do clube. O que verdadeiramente chamou pelos seus olhos azuis, entretanto, foi o bastão autografado por ninguém mais, ninguém menos que Derek Jeter, seu ídolo.

Quase emocionado, o menino recolheu o bastão negro e brilhante com as mãos e o examinou de forma minuciosa. Assim que tirou o celular do bolso, prestes a recordar aquela experiência, um grunhido seguido de um grito por socorro chamou-o até a terceira porta de maneira instintiva.

O corredor escuro e o quarto igualmente desprovido de luz tornaram o enigma daquela cena difícil de decifrar, mas Leon, guiado por seus reflexos, conseguiu identificar uma sombra atacando a mulher que pedia por socorro no chão. Em primeira instância deduziu que aquilo se tratava de uma discussão fora do controle, mas ao notar o que parecia ser uma facada contra a pobre pessoa no chão, nem calculou seus próximos movimentos e empurrou a porta. O barulhou chamou a atenção do agressor e interrompeu seu ataque. Foi aí que Leon levou o bastão para trás da cabeça e usou de sua força centrípeta e toda a sua física para realizar um strike na cara daquele covarde.

Um homem que bate em uma mulher não merece perdão.

Contanto, parando para pensar, nem tivesse tanta certeza de que se tratava de um homem.

A criatura nebulosa, em seguida, grunhiu de dor arremessada no chão depois de ser acertado em cheio no nariz e lábios. Recuperando-se em instantes, pulou a janela e desapareceu pela noite. Com a pouca claridade que vinha da parte de trás da casa, Leon teve a impressão de ter visto o maníaco fantasiado de mímico, mas antes que pudesse tirar suas conclusões e acudir a mulher ferida, Charles & companhia acenderam a luz e se depararam com aquela cena complicada.

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