Capítulo 11: Cedrick Carlile

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Burlington - especialmente no subúrbio - era uma cidade que se diferenciava de Bexley pela grande quantidade de calçadões e grandes construções clássicas inspiradas no período vitoriano (casinhas com telhados pontudos, torres de relógio e largos c...

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Burlington - especialmente no subúrbio - era uma cidade que se diferenciava de Bexley pela grande quantidade de calçadões e grandes construções clássicas inspiradas no período vitoriano (casinhas com telhados pontudos, torres de relógio e largos chalés). Assim como sua vizinha tinha vegetação em abundância, nominada pelas árvores que refloresciam ao longo das ruelas.

Galatia despertou de um transe que pareceu ter a dominado durante toda a viagem. Foi naquele instante que percebeu que ela e Colt não tinham trocado nem que fosse uma palavra depois que a menina entrou no carro e contou-o sobre a nova aparição do Z3R0. Eles até tentaram teorizar por alguns instantes a quem o Hacker poderia estar se referindo. Bay Bachmann estava no Bairro dos Lustres no assassinato de Pao, e talvez estivesse na escola no de Jennevive, mas sem dúvidas não estava no bairro no dia em que Poppy foi morta, então não poderia ser ele. Angela Ashwood também não estava em nenhum desses lugares, nem mais nenhum suspeito.

Depois de temporariamente desistir de pensar, Galatia caiu em um silêncio inconsciente que Colt decidiu não interromper, já que ele próprio sentia-se inseguro com a visita ao irmão mais velho.

O Audi percorreu uma longa rua rodeada apenas por arbustos altos e árvores de carvalho avermelhadas, que depois de alguns minutos revelou um prédio de quatro andares aonde lia-se Maple Rehabilitation Center.

Colt Carlile estacionou na porta e esticou os braços contra o volante por alguns segundos, como se estivesse concentrando uma certa coragem antes de se colocar para fora do carro de forma rápida. Galatia fez o mesmo, prestando máxima atenção em todos os movimentos do garoto.

- Você pode esperar no carro... Se quiser - Colt murmurou, o rosto vidrado na porta de entrada embora o corpo estivesse imóvel.

- Eu vou com você.

Colt levou o rosto até Galatia, e com um sorriso fraco assentiu. Lado a lado os dois jovens caminharam para dentro da clínica até a recepção, aonde uma mulher de cabelos negros e olhos estreitos analisou os dois da cabeça aos pés.

- No que posso ajudar? - Ela perguntou.

- Eu sou o Colt Carlile. Eu liguei ontem à tarde...

- Ah sim! Você que viria para visitar o Cedrick Carlile? - A secretária, cujo nome no crachá lia-se Mia, perguntou, e o irmão mais novo assentiu - Se puder aguardar só um minutinho - Mia pediu antes de erguer-se da cadeira, rodear o balcão e atravessar uma porta.

Galatia sentou-se em uma das cadeiras mas Colt preferiu ficar em pé. Sua expressão era tensa e os olhos cinzas exploravam o ambiente de forma rápida como se buscassem alguma distração para não enlouquecerem. Depois de alguns segundos o menino voltou-se a ela ao mesmo tempo em que o medo parecia dominar a bagunça de suas emoções.

- Desculpe por não ter te explicado muita coisa, ainda... Eu prometo que vou te contar tudo hoje à noite - Ele prometeu. Galatia assentiu com um sorriso tentando lhe passar conforto, embora o discurso de Angela ainda afligisse seu interior.

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