Capítulo 36 - Panquecas

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Emilia


As coisas estão sendo bem diferentes do que eu imaginava. Estava me preparando para chorar até dormir, ou roubar o sorvete de banana com flocos sabor chocolate e nozes, da Ben & Jerry,do freezer e comer para encontrar meu perdão.

- Então e você, como aprendeu a cozinhar - perguntei curiosa.

— Minha mãe. Tenho três irmãs e, sendo o único garoto, ela queria ter certeza de que eu poderia me cuidar caso eu nunca encontrasse uma mulher que cuidasse de mim. Ela está sempre perguntando quando vou encontrar uma boa garota para tomar conta de mim.

— Talvez. Mas a pressão de ser perfeita como os meus irmãos mais velhos é um pouco chata, sabe? - falo.

— Sim, tente ser o mais velho com três irmãs mais novas e se tornar o homem da casa com treze anos de idade. Eu estava começando a aprender a ser homem enquanto também tomava conta das quatro mulheres mais importantes do mundo pra mim, incluindo minha mãe.

— Nossa. Isso é sério, Beni.

— Sim, tinha que ser feito. Não mudaria nada. Era por causa disso que você estava triste hoje? A pressão de ser perfeita? Meu anjo, ninguém é perfeito, mas você sempre será perfeita para alguém.

— Sim e não. Tenho guardado muitas coisas por muito tempo. E, hoje à noite, tudo meio que explodiu.

Ele se vira para trazer os ovos até o balcão antes de se inclinar para pegar os pratos e talheres.

— Merda. Eu deveria estar te ajudando com isso.

— Não, você não deveria. A regra das panquecas para o jantar é que a pessoa que precisa não faz nada além de ficar sentada, parecendo muito bonita. E você está cumprindo muito bem seu papel.

Sinto um calor esquentar minhas bochechas e olho para o prato à minha frente. Deus, caramba. Não, Emilia, você não pode se apaixonar pelo ex-colega de foda da sua melhor amiga. Ele provavelmente só quer sexo casual.

Ele ri para mim, e espero por Deus que ele não consiga ler minha mente porque aí, então, estarei em apuros. Ele me estende um prato, seus dedos encostando nos meus na hora que me entrega os talheres, mandando um arrepio pelo meu corpo — e não aquele indesejável.

— Primeiro as damas. — Ele aponta a mão em direção à comida e me olha, arqueando uma sobrancelha em um silêncio desafiador.

— Eu não vou dizer não. Isso parece ótimo. Acho que já amo panquecas para o jantar. — Coloco um pedaço na boca e rio para ele, o que só o faz rir também. Na metade da refeição, ele me pega encarando-o. Ele está sentado do outro lado do balcão, no outro banco, colocando panquecas e bacon na boca, e, mesmo quando está fazendo isso, ele é lindo. Parece uma injustiça que o homem seja sexy enquanto come! Meu Deus! Isso só prova que o universo é retorcido. Merda, ele poderia coreografa um ato de strip envolvendo comida, e eu estaria molhada em meros segundos. Então você consegue me imaginar sentada ao lado dele, dando olhares furtivos para seu rosto, ombros e os braços torneados, que são como um ímã para a minha língua.

— Uma moeda por seus pensamentos — ele pergunta, levantando-se e levando o prato dele para a pia.

— Você realmente não quer saber — digo, ciente de que ele definitivamente me pegou olhando-o.

— Eu não perguntaria se não quisesse saber, meu anjo — ele diz rapidamente, sua voz subindo uma oitava. É o bastante para que eu levante a cabeça e olhe para ele, e, quando o faço, paro de respirar. Agora ele está parado do outro lado do balcão, com os braços apoiados nele, inclinado na minha direção.

Sex on the Beach - Simbar  Onde histórias criam vida. Descubra agora