Capítulo 17 - Eu quero isso

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Tropeçando na portaria do prédio de Simón, estou focada em andar em linha reta, e colocar meus olhos no homem do momento. O porteiro tenta me ajudar, mas eu o ignoro. Eu posso dizer pelas linhas enrugadas ao redor dos olhos que ele está tentando não rir de mim. Inferno, eu estou lutando para não rir de mim mesma.


— Você precisa que eu a acompanhe? — ele pergunta.

— Eu tenho um homem perfeitamente capaz lá em cima, então não, eu não preciso de qualquer serviço de acompanhante — eu digo enquanto aperto o botão de chamada do elevador.

Uma vez que estou dentro do elevador e as portas estão fechadas, eu começo a entrar em pânico. E se ele estiver acompanhado? E se ele não estiver nem mesmo em casa? Eu deveria ter lhe enviado uma mensagem. Talvez eu devesse enviar uma mensagem agora.

Eu pego meu telefone e vejo uma mensagem que Benicio me enviou sobre a minha bunda. Iniciando uma nova mensagem de texto, eu seleciono o nome de Simón (que agora está listado como NÃO CHAMAR NEM MESMO SE ESTIVER BÊBADA) no meu telefone.

Ámbar: Você está em casa hoje à noite?

Grande conversa inicial, Ámbar. Mandou muito bem. Eu rio da minha própria mensagem. Sem esperar por uma resposta, eu digito outra mensagem.

Ámbar: Eu quero ver seus truques de super-herói. Ámbar: Eu posso estar um pouco bêbada.

Ámbar: O porteiro é estranho.

Ámbar: Mia Nojenta está aí também? Fazendo você se sentir melhor? Diga a ela para manter as mãos de vadia longe de você.

A porta do elevador se abre no andar de Simón, e eu tropeço para fora, encontrando rapidamente a porta e batendo calmamente, rindo como se fosse a coisa mais engraçada do mundo.

Quando ele abre a porta, eu perco a capacidade de falar. Ele está segurando o telefone na mão e parecendo mais confuso do que nunca. Onde geralmente há um sorriso caloroso, hoje há uma testa franzida e um olhar que poderia quase parecer magoado.

— Você está me enviando mensagens bêbadas? — ele pergunta, com o rosto impassível enquanto nós estamos em sua porta.

De repente, eu estou me sentindo envergonhada e estou começando a reconsiderar o quanto foi sábio eu simplesmente aparecer na porta dele, sem aviso prévio e bêbada.

— Ah, eu entrei no táxi e ele me perguntou para onde eu queria ir, e este era o lugar onde eu queria estar. — Eu dou de ombros. — Eu juro, o porteiro é um pouco estranho. Ele me perguntou se eu queria um acompanhante. — Eu olho em volta e me inclino para frente para sussurrar: — Mas eu disse que não precisava de serviços de acompanhantes, quando eu tenho você.

Ele balança a cabeça, seu corpo ainda rígido e pouco acolhedor. — Por que você está aqui, Ámbar? Considerando que a última coisa que você me disse foi que você não pode mais fazer isso.

— Eu sinto sua falta. Durante toda a semana, eu queria te ver — eu digo, me encostando contra a porta enquanto a minha cabeça começa a girar.

— Vem pra dentro, Ámbar. Eu vou chamar um táxi ou eu mesmo te levo pra casa — ele diz, apontando para dentro enquanto sua irritação se torna mais e mais evidente.

Eu entro e depois paro, girando em torno dos meus calcanhares e tropeço um pouco antes de me inclinar contra a parede da sala.

— Eu não quero ir pra casa, Simón. É por isso que eu vim te ver. Eu senti falta do seu rosto. — Eu ando até ele e o beijo nos lábios, rápido e forte, balançando um pouco quando eu me afasto. Ele coloca as mãos nos meus bíceps para me firmar.

Sex on the Beach - Simbar  Onde histórias criam vida. Descubra agora