Quatro anos depois…
Estou a caminho de casa, depois de terminar um turno no hospital. Eu estou começando a me acomodar para enviar mensagens de texto para Emilia, quando deixo meu celular cair. Claro, ele tinha que deslizar pelo chão do trem para longe de mim. Felizmente, como são oito horas da noite, o vagão não está muito cheio. Assim que eu estou prestes a me levantar e procurá-lo no chão, em uma última tentativa desesperada de recuperar a minha vida, ei, meu telefone é a minha vida, não me julgue, eu o vejo.Por sorte, meu telefone bateu no sapato preto de um homem, e quando eu olho para cima, vejo o homem vindo em minha direção. Este homem é muito atraente. Eu o vi quando ele entrou no trem na estação seguinte à minha. Estou surpresa que eu estivesse alerta o suficiente para notar quem quer que fosse, uma vez que estou no final de um turno de oito horas, no qual eu estive muito ocupada. Estou extremamente cansada, mas minha mente está inquieta, elétrica, e sim, você adivinhou, com tesão.
Michael está em um treinamento essa semana, por isso não tivemos chance de dar uma escapada para dar uns amassos na sala do plantão; Pedro está fora da cidade, a negócios; e Benicio teve sucessivas reservas por toda a semana. Somos apenas eu e meu coelho de confiança que, por sorte, acabou ficando sem bateria, ou a opção número três, este homem delicioso que agora está caminhando em minha direção.
Ding, Ding, Ding! Eu escolho a porta número três! Ele só não sabe disso ainda.
Ele está vestindo um terno de cor vinho, o blazer pendurado no braço que está carregando uma pasta de couro preta. Sua camisa azul tem as mangas arregaçadas, e ele, obviamente, saiu do trabalho porque os dois primeiros botões estão abertos, dando um leve vislumbre de um peito bronzeado e tonificado que você só pode pensar em lamber. Eu estou no paraíso da fantasia do homem de negócios, e ele está sendo entregue a mim em um prato, ou neste caso, num trepidante e, um pouco sujo, metrô de Chicago.
Mas os mendigos não podem escolher.
Ele me pegou olhando para ele, o seu sorriso branco perolado crescendo em seu lindo rosto, enquanto ele se aproxima. Eu lhe dou um sorriso, um pouco envergonhado, de volta, sabendo que eu fui pega olhando para ele como um leão que observa. Ele estende a mão para mim, quando ele chega perto, e sendo a idiota socialmente desajeitada que eu sou, eu estendo a minha mão para cumprimentá-lo, sentindo-me absolutamente mortificada quando eu percebo que ele estava apenas tentando entregar meu telefone de volta.
- Desculpe, este telefone é seu? Ele deslizou pelo chão, vindo desta direção, e você é uma das únicas pessoas no trem sem um telefone, então eu estou apenas dando um palpite — ele diz, com um leve sorriso, felizmente não rindo da minha incompetência social.
- Sim, é meu. Desculpe por fazer você vir até aqui — eu respondo, um rubor incontrolável tingindo minhas bochechas.
- Ei, não tem problema. Eu não me importo de ter uma desculpa para falar com uma bela estranha sozinha, na L , à noite...
Suas palavras são calculadas. De alguma maneira, ele conseguiu me elogiar, ao mesmo tempo em que me recriminou por viajar sozinha na L à noite. Isso que é talento! Eu sinto um arrepio na minha espinha com a simples presença deste homem.
- Ámbar Smith — eu digo, desta vez realmente estendendo minha mão para apertar a sua.
Ele olha para a minha mão estendida e arrasta os penetrantes olhos cor de Café pelo meu corpo vestido com minhas roupas de trabalho, seu queixo se contorcendo quando ele volta a olhar para o meu rosto.
- Simón Alvarez — ele responde, pegando a minha mão na sua, sacudindo-a uma vez, enquanto deliberadamente arrasta sua mão lentamente da minha, passando por todo o comprimento dos meus dedos quando ele se afasta.
Eu mordo meu lábio quando um formigamento quente viaja dos meus dedos pelos meus braços, em seguida, vai direto até minhas partes de garota.
Puta merda, ele tem pegada, e esse é um jogo que eu quero jogar!
Este homem deixa Benicio no chinelo, e Benicio é um stripper profissional que é pago para flertar.
- Pra onde você está indo agora? Você encerrou seu expediente, ou está apenas começando? — ele pergunta, segurando no trilho acima da sua cabeça, enquanto olha para mim com uma sobrancelha levantada.
Esse movimento chamou minha atenção para sua camisa social apertada sobre seus bíceps tonificados, e depois eu vejo o resto. É como se meus olhos estivessem sendo teleguiados, procurando o menor sinal de pele. Uma pequena parte de sua camisa se soltou de sua cintura, dando-me um vislumbre de um abdômen sarado e o pequeno punhado de cabelo que leva a uma trilha até o sul, abaixo de sua cintura. Deus sabe que eu sou louca por um abdômen sarado e uma trilha feliz.
Vamos, Ámbar, mantenha o controle, você está babando, e ele está esperando por uma resposta.
- O trabalho, ah, sim, acabei de terminar o meu turno no Northwestern - eu murmuro, balançando a cabeça para me livrar dos pensamentos dele sem camisa, e na minha cama.
- Ah, uma médica, então? — ele pergunta com um sorriso.
- Sou uma enfermeira da UTI — eu respondo, agora com um sorriso estúpido cada vez maior enquanto ficamos lá sentados, sorrindo um para o outro.
- E quanto a você? Deixe-me adivinhar... um advogado? Não, espere, talvez um contador? Não, não é isso. Minha última resposta é agente funerário.
- Eu inclino minha cabeça e dou-lhe um olhar “O que você tem para mim agora?”.
Ele ri e eu, literalmente, paro de respirar.
Todos os atributos físicos de Simón já estão em posição importante na escala Ámbar de gostosura, mas aquele sorriso... o baixo timbre de barítono que pode acabar com guerras, resolver a fome mundial, ecurar as mulheres de sua necessidade de calcinha, tudo ao mesmo tempo… Isto é obra do diabo. Eu juro por Deus, tudo o que ele tinha que fazer era ficar lá e sorrir o dia todo, e eu juro que eu poderia sentar-me em seu peito e me divertir muito.
- Eu sou um corretor da bolsa — ele finalmente diz, inclinando-se e colocando o braço livre na parte de trás do meu banco. — E eu acho que nenhuma das minhas piadas de enfermeira sexy vai me fazer ganhar qualquer favor de você, certo? — Eu noto uma ligeira curvatura para cima em seus lábios, e percebo que ele não é apenas sexy e tem uma risada que poderia deixar uma freira com tesão, mas ele é muito engraçado.
Merda!
- Provavelmente não, mas nunca se sabe... — eu divago. Ele balança a cabeça em concordância. — Aham.
- Então, você gosta de jogar com dinheiro. — Eu não posso acreditar que eu estou sendo tão óbvia com este homem. Ele sorri, e, caso você não tenha imaginado antes, covinhas aparecem. Enlouquecedoramente adoráveis e lindas covinhas, de cada lado de suas bochechas!
Elas vão ser a minha ruína.
- Eu gosto de brincar com o dinheiro dos outros — ele murmura. Seus olhos ficando escuros agora.
- Parece divertido. O que mais você gosta de fazer? — Puta merda, Ámbar! Por que você simplesmente não se esfrega na perna dele? Droga, eu preciso dormir um pouco, ou ter um pouco de alívio com o coelho, ou algo assim. Eu olho para baixo e ruborizo novamente. Eu posso falar um monte de besteiras, mas o meu rubor sempre mostra meu lado autoconsciente.
- Um monte de coisas — ele faz uma pausa por um momento, tempo suficiente para eu olhar de volta para seus lindos olhos. Minha respiração fica suspensa quando eu o vejo olhando para mim como se eu fosse água e ele estivesse morrendo de sede. — Jantares à luz de velas, longas caminhadas... sex on the beach...
Ele sorri quando diz a última coisa, especialmente quando os meus olhos se arregalam.
Confiança simplesmente exala dele; ele é seguro de si, mas não de uma forma demasiadamente arrogante. Mas Deus sabe que o que eu realmente quero saber é o que ele poderia fazer comigo e vice-versa.
- Que tal começar com a minha cama? — eu digo com um sorriso sexy e uma piscadela.
E foi assim que eu conheci Simón Alvarez.
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Sex on the Beach - Simbar
RomanceApesar das decepções e do coração partido, é cedo demais pra dizer que não vale a pena tentar de novo, com outra pessoa. Âmbar Smith teve o coração partido e decidiu criar regras ora se proteger Simon Alvarez vai fazer uma confusão em sua vida, arr...