17 de maio de 2021
"O jardim dos Stewart se encontrava a definição de perfeito. Cadeiras brancas dispostas em linhas direitas com pequenos pedaços de ceda azul clara amarrados numa de suas pontas, cobriam agora o relvado e nelas cada um de nossos setenta convidados ocupavam seu lugar, esperando, tal como eu, ansiosamente que minha futura esposa cruzasse a entrada para o altar. Tomei um tempo para analisar a cena, não me permitia perder detalhes do dia que seria o melhor da minha vida de agora em diante. Do meu lado colunas envoltas no mesmo tecido que as cadeiras continham, colorido de um simples azul claro, transparente. O realizador do casamento vestia um branco impecável que o cobria até aos pés, reparei que em minha volta tudo combinava com as cores da boda, branco e azul, as flores que faziam caminho até ao altar se incluíam no padrão, ora rosas brancas como a neve, ora rosas azuis como o céu límpido daquele dia. E havia eu. Emma e eu sempre quisera-mos quebrar as regras de casamentos homossexuais de uma noiva de terno preto se assemelhando a um marido, e uma noiva de vestido comprido que faria referencia à esposa, entre nós não seria bem assim. Vestia um inteiriço branco, coberto de um renda que deixava a pele do meu corpo um pouco visível na parte de cima, umas longas calças brancas da cintura pra baixo e um véu rendado que descia desde o meu pescoço encontrando os pés do padre, que, infelizmente, o pisara umas dez vezes até ao momento.
Um silencio me acordara. A marcha nupcial começara e no fundo do corredor, vestida de um branco em forma de sereia, ali estava ela. Emma Stewart Collins. Meu olhos lacrimejaram assistindo o desfile de minha noiva que alcançava um nível de beleza surreal e imaginário. Nossos olhos, como acontecia desde há cinco anos, encontraram-se e eu esqueci tudo o que se encontrava em torno de ambas.— Aceito.
— Aceito.
Repetimos selando nosso matrimonio com um beijo que parara o tempo.
Horas mais tarde.
Dançava-mos ocupando toda a pista. Segurava sua mão levemente enquanto admirava seu sorriso.
— Eu tenho uma esposa linda. — abri um sorriso de canto a canto levando-a a repetir o mesmo gesto.
— Eu tenho uma esposa muito carinhosa com certeza.
Depositei um beijo leve em seus lábios, a aproximei de mim e continuei o show de dança que havíamos começado atraindo cada olhar naquela sala para nós. Meu olhos alcançaram por momentos o pequeno Natan que corria em direção a mim e a minha esposa. Abraçara nossas pernas com certa força, fazendo dele agora nosso par naquela dança lenta e calma. O olhei abrindo o maior sorriso e me soltei dos braços de Emma que me olhava confusa.
— Lhe concedo esta dança, pequeno cavalheiro. — me curvei reproduzindo os gestos dos antigos.
Juntei suas pequenas mãos com as de Emma, me afastando lentamente de ambos sem desviar o olhar da magnífica cena que presenciava.
Todos os convidados ocupavam seus lugares nas mesas que lhes correspondiam. As mesas alternavam entre toalhas de cor azul e cor branca e do lado de cada uma delas nossos parentes podiam encontrar seus nomes escritos, fazendo-os descobrir assim os lugares que lhes pertenciam. Travava uma missão impossível entre degustar a comida que se encontrava no meu prato e admirar Emma que se encontrava do meu lado. Naquele momento a imagem da mais nova dançando com seu irmão passara de leve em minha mente e me questionei como seria criar um rebento nosso. Talvez, este dia, fosse meu acordar para uma realidade que eu temia em sequer ponderar no início de tudo.— Emma, vamos ter um filho. — deixei que as palavras se escapassem sem tempo de pensar."
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17 De Maio
Dla nastolatkówUm historia de Emma e Alexa. Talvez para uns atravessar meros centímetros de baixo de uma escada fosse superstição de azar, talvez para outros azar era a tradução de consequências de atos outrora mal empregados, e para uma minoria azar era mero mit...