Capítulo 10 - A Festa do Tributo.

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O sorriso logo tomou de conta de Arther quando ao longe pode ouvir o som das cornetas, harpas, gaitas, violinos, adufes, e as batidas dos tambores, era o som da festa que se iniciava na cidade mais bela de todo os Quatro Reinos, era o anuncio de que os deuses celebravam com os povos a chegada do verão. Ele vinha acompanhado com seus servos mais leais e sua esposa e seus dois filhos Belá, Ardená e sua filha mais jovem Camila.

Arther era o Lord da pequena casa de Stryper que era protegida por Frater, sua casa tinha como escudo a imagem de um Leão e suas cores eram pretas e amarelas. Eles viajaram com por dias com apenas pequenas pausas para dormir. Era uma tradição que recebera de seu pai que ele pretendia manter em sua casa.

– Adoro o cheiro dos bosques da capital. - dizia Camila ao retirar seu véu deixando o vento que trazia o cheiro das árvores que ela tanto amava balançar seus cabelos escuros enquanto contemplava os portões dourados com o enorme desenho do sol da Casa de Frater que se abriram a chegada da família, o barulho de festa fez com que os corações da pequena casa de Stryper palpitassem junto com as batidas da festa, mesma de fora já podia se ver a cidade adornada com laços com as cores de todas as casas protegidas por Frater.

A festa do Tributo como era conhecida por ofertar aos deuses, onde todas as pequenas casas celebravam aos sete deuses, sempre era realizada em Frater com a presença de todos os Lordes das pequenas casas protegida por Frater e algumas das grandes casas dos Quatro Reinos que vinham para se alegrar com a família de frateana.

As ruas estavam todas adornadas e todas as tabernas lotadas com pessoas de vários lugares, mas a festa principal acontecia no castelo do rei com a presença de todos os Lordes e seus familiares.

Príncipes e princesas, sacerdotes, rei Jhonas com sua família e os principais cavaleiros. Todos os homens, mulheres e crianças sonhavam um dia participar da grande festa no castelo real, mas eram exclusivas as famílias mais nobres.

No salão de festa do castelo real algumas das famílias mais nobres de Frater já ocupavam o espaço para visitantes e no fim do salão algumas mesas para príncipes e familiares dos Lordes de outras casas e uma mesa central para as famílias reais e Lordes cearem na presença do rei. O Salão estava adornado com as bandeiras de todas as casas e luminárias, no centro a bandeira de Frater tinha maior destaque, existia na frente das mesas um palco para a apresentação dos tributos de todas as casas e um altar com as imagens dos sete deuses venerados por Frater.

Algumas casas já se faziam presente no salão real, o evento começaria ao pôr do sol, então à medida que os Lordes chegavam com suas famílias tomavam acento a mesa à espera do momento, não era permitido cear até que se chegasse o momento da cerimonia, então eles aproveitavam para discutir política uns com os outros enquanto seus filhos e familiares passeavam no salão real. A música alegrava o salão e muitos aproveitavam para fazerem suas orações.

Hamer já se encontrava no salão vestido com a sua armadura de general da guarda real, alguns cavaleiros dos mais honrados também estavam presentes, todos vestidos com suas armaduras reais. Hamer avistou a entrada da casa de Builhes no salão, eles não tinham um rei, tinha um sistema de governo diferenciado de todas as outras casas, e embora fosse considerada uma das grandes casas dos Quatro Reinos sempre participavam de todas as festas de todas as grandes casas como forma de manter seu respeito aos seus aliados.

Quando Hamer avistou aqueles homens entrando vestidos de cinza e alguns com tabardos da casa de Builhes seu olhar passou a investigar a todos, não que ele estivesse preocupado com algum tipo de conspiração, mas parecia procurar alguém e de fato ele encontrou um Lorde Sábio da casa de Builhes que era muito seu amigo, um homem calvo e alto de meia idade pele negra (todos os builhianos são de pele negra), com uma barba negra e longa, tinha um olhar sereno e uma cicatriz na testa, seu nome era Fox e era um grande amigo de Hamer, na verdade o jovem cavaleiro tinha muitos amigos em Builhes. Hamer foi recepcionar seu amigo com forte aperto de mão e um sorriso saudoso.

As Crônicas dos Quatro Reinos (Livro 01) O Despertar do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora