Capítulo 15 - Os vento trazem más noticias.

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Os ventos balançam as bandeiras dos 3 navios que partiam rumo a um lugar até então desconhecido pelos homens. Sete-Tranças guiava os navegantes para o lugar no qual Crox esperava encontra respostas do misterioso dente de Dragão.

Como era bom o cheiro da maresia, Sete-Tranças adorava aquele clima dos mares e como se sentia imponente ao gritar com a sua tripulação. O céu azul era um deslumbre do futuro de seus sonhos e a esperança de encontrar novas terras e novos tesouros sempre lhe motivava a mais uma viagem.

Já Crox, embora acostumado, odiava o balançar das ondas, aquele cheiro de cabelo molhado, repugnava do gosto da sopa que geralmente era servida nas refeições e muito menos do fundo do navio, aquele mau cheiro de fezes misturado com urina.

O dia parecia mais comum que qualquer um daqueles dias que passeavam nas agitadas aguas do oceano, embora muitos dias já houverem passado, ainda faltava muito mais para chegarem ao lugar misterioso. Era hora da refeição, sim, a hora da velha sopa sem gosto para Crox, como aquele velho odiava aquele gosto, se é que podemos considerar que aquilo tinha gosto de alguma coisa.

Algo surpreendeu a todos, era o tocar da corneta. Geralmente ela anuncia a visão de terra à vista, mas era muito cedo, e como Sete Tranças conhecia e bem aqueles mares não esperava que a corneta fosse tocada tão cedo, pensou então ser outra coisa, e foi esse o motivo de sua preocupação. Sete Tranças não pensa duas vezes ao se levantar da mesa e corre para fora do local, Crox o acompanhou deixando para traz aquela maldita sopa.

– O que se passa? - Gritou Sete Tranças para seu marujo que do alto apontava em direção do leste, todos que ali estavam olharam na direção e tamanha a surpresa. Não sabiam se ficavam maravilhados ou assustados, eles contemplaram o que parecia ser uma cidade flutuante sobre as aguas. Sete Tranças por muitos anos navegou naquelas águas, e nunca tinham visto aquela cidade, e a maneira como ela se movia, aquilo fantasioso de mais para ele, como alguém poderia construir um navio tão grande ao ponto de flutuar sobre as águas? Qual era a força capaz de mover uma nave tão grande?

Se Crox buscava resposta para o dente de dragão, acabou encontrando mais perguntas a respeito de tudo que acreditava, seria aquela cidade a cidade dos deuses? Seria magia movendo a nave pelos oceanos?

A cidade tinha no centro que se destacava de outras construções uma enorme pirâmide, era possível avista perto da pirâmide colunas e em volta da pirâmide ficavam pequenas construções, não se viu nenhum estandarte, a cidade tinha um aspecto dourado e às vezes parecia resplandecer a luz do sol.

Sete Tranças não teve dúvida, mandou que os navios mudassem a direção para o oeste, queria a maior distância possível do que aquilo seria ou parecia, não tinha o maior interesse em saber o que se tratava.

Crox pensava diferente e até resmungou um pouco sobre a decisão do capitão.

– Aquilo me parece um sinal de morte, velho estúpido - Respondeu Sete Tranças demonstrando nenhum interesse no mistério.

Mas o esforço do capitão foi inútil, pois ainda que tentasse ir com toda velocidade para longe da cidade flutuante, mas rápido ela se movia na direção dos navios, era bem certo naquele momento que ela também havia avistado os três navios e cada vez que Sete Tranças mudava a direção ficava mais ciente de que eles o estavam seguindo.

Foi somente quando a sombra da cidade cobria os navios que Sete Tranças decidiu a abandonar o seu navio, alguns homens lhe acompanharam e outros não, dentre os que não lhe acompanharam estava Crox.

Um tipo de arpão foi lançado da cidade sobre os navios, o arpão era tão grande que acabou partindo o navio ao meio, para a sorte de Crox que estava no outro navio. Só então percebeu que se trata de algo hostil, nesse momento pensou que deveria ter ouvido o capitão maldito: "como aquele nojento estava certo?" Pensou o velho de Builhes.

Mas antes que pensasse em abandonar o navio, a nave foram presas, não mais a um arpão, as cordas com ganchos o puxavam para perto da cidade. Crox correu para a proa do navio na intenção de pular, mas quando olhou para o oceano o susto foi tão grande que seu corpo ficou congelado em pânico. Ele avistou no fundo do oceano criaturas enorme que pareciam puxar a cidade pelos oceanos, então finalmente ele descobriu o que de fato fazia com que algo tão grande pudesse se mover tão rápido, se pudessem chamar aquelas criaturas por algum nome, com certeza as chamariam de dragões das águas.

Crox olhou para traz e pode avistar o primeiro navio afundando, olhou para o lado e percebeu que o outro navio também era puxado para cidade, alguns homens pularam, mas rapidamente foram sugados para o interior da barriga dos "dragões". Ele olhou então na direção da cidade e avistou homens, mas não eram homens comuns, o mais baixo parecia ter dois metros de altura e o mais alto três. Eram Homens altos e de um porte físico invejado pelos os mais fortes guerreiros dos Quatro Reinos. Os homens não usam nada além de um bracelete e uma pesa de couro para cobria suas genitálias, estavam todos descalços, não possuíam pelo algum, nem cabelos, nem sobrancelhas.

Crox não esforçou nenhuma reação, na verdade nenhum dos tripulantes dos navios, pois estavam tão assustados com a cidade flutuante, com os monstros que arrastava a cidade por entre os oceanos e com aqueles homens gigantes e altos a sua frente e rapidamente se entregaram como prisioneiros.

Eles foram colocados em umas gaiolas. Os gigantes não falavam nada, pareciam nem se comunicar entre eles, nenhum som vinham de sua boca. Crox com os demais foram levados em gaiolas por entre a cidade, ficaram maravilhados e assustados com a visão, enquanto eram levados para algum lugar, as mulheres foram aparecendo, eram enormes também, estavam praticamente nuas, apenas com algumas tiras de couro pelo o corpo, elas gritavam de uma forma estranha e faziam movimentos que mais parecia uma dança. De repente uma multidão de gigantes, homens e mulheres cercaram as gaiolas que agora estavam paradas, todos os gigantes se colocaram de joelhos, menos um, que vinha andando por entre eles na direção da gaiola.

Ele era o mais alto de todos, pele morena, não possuía pelos e nem cabelos, mas diferente dos outros, tinha sobrancelhas. Seus olhos estavam pintados com algum tipo de maquiagem, tinha desenhos pelo corpo, usava também uma roupa intima de couro, mas possuía joias por todo o corpo, muitas joias.

Ele parou na frente das gaiolas e olhos para um dos gigantes e então disse:

– Shenar, baritú onde-Kar, andoré initús? - era uma língua desconhecida para Crox, ele nunca havia estudado esse idioma, não pode entender nada do que estava dizendo, outro gigante que estava ao lado se colocou de pé e então respondeu.

– Ar-tenas-Kar, minduri ekis delhos brozis.

Os gigantes tiveram uma conversa extensa, depois levaram os seus prisioneiros a um lugar escuro no qual não se podia contemplar a luz do sol.

As Crônicas dos Quatro Reinos (Livro 01) O Despertar do MalOnde histórias criam vida. Descubra agora