As Crônicas dos Quatro Reinos (Livro 01) O Despertar do Mal

Capítulo 21 - A Guerra.

Os vermelhos das bandeiras eram avistados do alto do vale dos reis, como um vulto vermelho a cruzar os montes, o chão tremia do cavalgar dos cavaleiros da casa de Frater, os mesmo avistavam os vultos das bandeiras coloridas de varias casas reunidas no vale, tendas montadas, cavaleiros, guerreiros e maquinas de guerra. As casas dos Quatro Reinos se reuniram em vingança e justiça.

Os reis já haviam se encontrado antes em uma reunião secreta para julgar a casa de Tarmor, e dado à sentença decidiram eles não enviarem nenhum mensageiro para avisar da guerra, eles seriam como o martelo dos deuses a pesar sobre os filhos de Tarmor, destruiriam todas as casas protegidas por Tarmor, e seu primeiro alvo seria a Cidade Velha e de lá partiriam para o Castelo Gelado no alto da montanha gelada o que seria o mais difícil da batalha, pois a montanha só possuía um único acesso que era estreito dificultando o avanço com uma grande quantidade de exército.

Era realmente linda a maneira como os frateanos se vestiam e o brilho do dourado com o contraste do vermelho era mesmo uma visão arrebatadora. O rei de Frates cruzou o vale com o seu exército e já a sua espera estava o rei de Fropar e até um representante de Builhes, embora esses mesmos, builhianos, não gostavam de se envolver em batalhas, mas se sentiram na obrigação de apoiar as grandes casas dos Quatro Reinos, afinal também estavam presentes as casas menores para honrarem o estatuto dos reis, o estatuto responsável em trazer honra nas batalhas das casas de todo os Quatro Reinos.

- Vejo que ainda existe honra nas palavras dos reis nos Quatro Reinos - o rei de Frater ao descia de seu cavalo, estava ele vestindo sua armadura dourada real com o escudo da imagem do sol esculpida em seu peito em puro ouro, sua capa vermelha adornada na ola com fibras douradas e sua espada com o símbolo de sua casa no punho, caminhou na direção da tenda dos reis e já do lado de fora da tenda o Rei de Fropar junto com o representante de Builhes o aguardavam.

- Sempre houve majestade, ou acaso não somos filhos de Montrar? - respondeu o rei de Fropar, vestido com suas roupas reais de cor azul e sobre suas costas uma capa com o escudo de sua casa. Suas vestes eram mais para uma festa do que para uma guerra, mas é obvio que todos já esperavam esse traje dos fropanos. Seus exércitos também não vestia o que embora eles proferissem ser uma armadura, mas para os demais honrados cavaleiros de outras casas não o era.

- Não podemos falar de todos - respondeu o rei de Frates ao estender sua mão ao rei de Fropar, estava ele se referindo ao rei de Tarmor - Agora existe um entre nós que não mais acredita na honra dos reis dos Quatro Reinos.

- Não tenho boas noticias – o Rei Fropar não era muito de conversas.

- Então nos diga. - disse o rei Jhonas.

- Entre e conversemos sobre - estendeu sua mão o rei de Fropar em direção à entrada da tenda. Do lado de dentro estavam presentes os senhores de todas as casas que ofereceram seu apoio à justiça do estatuto dos reis.

- Atacamos há três dias uma das aldeias protegidas por Tarmor, a essa altura a cidade velha nos espera para uma guerra. – continuava falando o rei de Fropar para chegar à má noticia que Jhonas aguardava.

- Não vejo porque temer pode acaso um punhado de areia fazer sumir os oceanos? - o rei de Frater com todo o seu orgulho frateano, não apenas por seu exército, mas por todas as casas ali reunidas.

- Mas não é bem isso que queremos que saiba - disse Cordon o senhor da casa de Juthor, um homem com o rosto coberto de cicatrizes vestido em uma armadura de couro sobre a sua capa cor de vinho com o escudo de sua casa a imagem de um garanhão valente. Cabelos transados e sua barba longa e suja, o mesmo continuou olhando a sua volta a todos que ali se encontravam - Tarmor tem um novo rei...