C A P Í T U L O 17

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CAPÍTULO DEZESSETE

Assim que o sinal tocou, desci ás escadas e decidi procurar por Helena em sua sala. Estava com saudades dela. Havia pensado nela a manhã inteira. Parecia que aquela noite havia sido um sonho, o melhor sonho da minha vida.

Entrei na recepção do prédio principal e havia alguns alunos esperando para falar com professores, estes que almoçavam em sua sala e sempre deixavam para nos atender na última hora, já que detestavam serem incomodados.

Comuniquei a secretária de Helena, dizendo que queria conversar com ela e rapidamente ela autorizou minha entrada.

— Boa tarde, diretora Helena! – a secretária disse cordialmente ao abrir a porta da diretoria.

Helena a observou com seriedade. Aquele ar superior dela a deixava ainda mais bonita.

— Obrigada Aline! Pode se retirar! – ela disse retirando os óculos de grau e pousando-os em sua mesa.

A jovem secretária sorriu e retirou-se em silêncio, puxando a porta. Sorri e caminhei até Helena sentando-me na cadeira em frente a sua mesa. Ela curvou seu corpo em direção ao meu, beijando-me.

— Ia pedir para solicitarem a sua presença, mas vejo que a telepatia funcionou melhor – brincou, sorrindo.

— Pensei em você a manhã inteira – revelei exibindo um sorriso bonito, enquanto a observava. — Parece que o que vivemos ontem foi um sonho.

Ela gargalhou de maneira divertida e em seguida agasalhou suas mãos as minhas.

— Foi apenas uma amostra do que posso te proporcionar.

Ergui as sobrancelhas surpresa com a sua resposta, e ela curvou-se novamente para beijar meu rosto com carinho.

— O que pretendia falar comigo? – indaguei curiosa.

— Queria te fazer um convite... – falou exibindo seu sorriso alvo e simpático, e com os olhos cintilantes.

— Convite? Nem precisa se dar o trabalho de fazer... Aceito ir para qualquer lugar contigo!

Ela gargalhou outra vez.

— Tudo bem... – disse erguendo as sobrancelhas delineadas, exibindo um ar sensual, enquanto escondia o sorriso bonito com os lábios. –Será surpresa!

— Surpresa? Como assim, Helena? – perguntei admirada, enquanto sorria.

— Ora, já que você aceita ir comigo para qualquer lugar, por que te contar para onde vamos?

— Mas eu preciso saber qual tipo de roupa vestir... Imagine só, eu de uniforme em uma balada aqui da cidade? As pessoas vão rir da minha cara!

Ela riu e apertou minhas bochechas com carinho.

— Primeiro que você fica muito bonita em qualquer roupa, Elizabeth e segundo que não tenho mais disposição e nem idade para frequentar baladas, certo?

— Bom, pode até não ter disposição, mas até onde sei, não há idade máxima para entrar em uma balada, Helena. E a propósito, você faria o maior sucesso!

Ela tornou a rir e o rosto enrubesceu.

— Você é incrível, sabia?

— Agradeço sempre por ter conhecido você.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, emergidas em nossos olhares, quando fomos surpreendidas pelo sinal tocando.

— Você precisa ir. Mas vou te dar uma dica para onde vamos... Use salto alto — disse aos risos, dando uma piscadela.

Mudança De Planos (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora