Capítulo XIII - Você nunca vai lembrar

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Sana caminhava apressadamente no corredor vazio quando Chaeyoung que, tentava a todo custo acompanhar os passos de sua amiga, resmungou.

— Mais devagar, Sana, a gente não tá na fórmula 1.

— Olha, não fala mais um piu. — Sana retrucou irritada. — A gente só tá atrasada por sua causa.

— Não tenho culpa de não conseguir acordar sozinha. — Sana apenas ignorou, apertando ainda mais seu passo. — Quem diria que o corococó daquela galinha me faria tanta falta. — Chaeyoung murmurou, fazendo Sana parar bruscamente.

— Son Chaeyoung, você acabou de me chamar de galinha?

— O que!? Não eu- — Chaeyoung pensou em como explicaria a história toda para Sana de como criou um vinculo afetivo com uma galinha em uma semana. — Quer saber? Chamei sim! — bateu seus braços no peito. — Vai encarar, Sassie?

Sana apenas revirou os olhos com um sorriso de canto e recomeçou a andar.

— Ei, sabe o que eu tava pensando? A gente nunca parou pra conversar direito depois que eu voltei de viagem. — Chaeyoung disse após alguns segundos em silêncio.

— Verdade, acho que as voltas as aulas deixou todo mundo meio frustrado. — Sana sabia que para ela não era apenas isso. Sana se sentia mal. Deveria esconder tantas coisas de Chaeyoung? Ela era sua melhor amiga, não deveriam existir mentiras entre elas. — Você quer fazer uma noite das garotas na minha casa hoje a noite?

— Claro que sim, nossa, você demorou tanto pra perguntar, tive até que te induzir a propor isso daí. Achei que eu não era mais sua melhor amiga. — Chaeyoung simulou um choro, fazendo Sana rir e dar um tapinha em seu ombro.

§

Todos os rostos da sala viraram-se para a porta de madeira escura quando Sana abriu-a timidamente após três batidinhas leves. E como não olhar? Aquela porta velha e enferrujada do laboratório de química rangia alto toda vez que alguém a abria, nem um pouco dicreta.

— Com licença, professor. — Sana falou baixinho. — Posso entrar?

— Oh, mas é claro senhorita Minatozaki! — falou o simpático senhor com um jaleco branco. — Vista-se, a aula estava para começar. — Sana curvou-se desajeitadamente e andou apressada até o armário com os jalecos e os óculos de proteção.

Enquanto o homem começava a falar e virava-se para escrever algo no quadro, Sana vasculhou a sala em busca de alguém sem uma dupla. Andou até a mesa no fim da sala ajeitando a gola de sua camisa e parou em pé ao lado de uma menina, acenando timidamente para avisar que ficaria ali, para logo voltar sua atenção à aula.

— Ei, você é a menina de ontem. — a garota sussurrou, chamando sua atenção. — Você lembra de mim? A garota do depósito. — Sana franziu as sobrancelhas por alguns instantes e logo sorriu.

— Olá, Park JihyoOo. — Sana disse, arrancando uma risadinha da outra.

— Tudo foi tão rápido, nem tive tendo de agradecer pela ajuda, valeu, Sana. — Jihyo sorriu, mas ela levantou as sobrancelhas espantada e encarou Sana com preocupação. — Q- quer dizer, Minatozaki.

— Está tudo bem, você pode me chamar de Sana, Jihyo. E não precisa agradecer pela ajuda, ok? — Sana sorriu gentilmente, voltando sua atenção para a aula. Jihyo encarou-a por alguns segundos, balançou a cabeça e virou a cabeça para frente, tentando acalmar-se para que a vermelhidão que estava em suas bochechas passasse.

§

— Ora, mas o que será que esses professores acham que eu sou? Um burrinho de carga? — Sana resmungava enquanto andava lentamente com uma pequena caixa em seus braços.

Não culpe as estrelas ~ SaidaOnde histórias criam vida. Descubra agora