Não culpe as estrelas ~ Saida

Capítulo XVIII - O acidente

Sana e Tzuyu estavam sentadas na cama, Sana percebeu que Tzuyu expressava mais sentimentos que nunca. Ela parecia terrivelmente triste.

— O que eu faço agora, Minatozaki Sana? Não tenho mais nada.

— Você tem certeza que não pode voltar?

— Absoluta certeza, foi o que elas decidiram depois de tudo que fiz aqui. Haviam rumores que isso já havia acontecido com outra de nós séculos atrás, mas eram apenas rumores. Não podia imaginar que elas podiam fazer isso de verdade.

— Mas ela não vão vir atrás de você para fazer algo ruim, certo?

— Não. Elas garantiram que nunca mais iam entrar em contato.

As duas ficaram em silêncio, até que Sana abraçou Tzuyu.

— Você pode morar comigo se quiser. Eu falo com minha mãe, ela vai deixar, tenho certeza. — Sentiu Tzuyu concordar com a cabeça. — Olha, tem muitas coisas que você pode fazer aqui na Terra. Ser humano não é ruim, você pode fazer amigos, viajar o mundo, encontrar alguém para gostar, ter um emprego legal, assistir filmes, tem tantas coisas. Não precisa se preocuopar, você vai ser um ótima humana, Tzu. — Tzuyu concordou com a cabeça e fechou os olhos, tentando acreditar que aquilo poderia funcionar de verdade.

Ficaram deitadas na cama de Sana, pensando no que fazer. Sana não podia deixar de se sentir culpada por tudo.

Passos na escada chamaram a atenção da garota, que pediu para que Tzuyu fizesse silêncio. Se aproximou da porta lentamente e abriu apenas o suficiente para ver o que estava lá fora.

— Mãe?!

— Bom te ver também, senhorita Sana. — sua mãe pegou-a em um abraço apertado. — Oh, uma nova amiga? Qual seu nome querida?

— Olá, me chamo Tzuyu. — ela simplesmente acenou para a mulher mais velha.

— Bom te conhecer, Tzuyu.

— Mãe, você não avisou que estava vindo.

— Querida, eu avisei no bilhete lembra? Já faz mais de um mês. E eu tentei te ligar, por que não atende o seu celular?

— Bem, é qu-

— Ah, não importa. Rápido, Sana, temos muitas coisas a fazer e muito pouco tempo.

— Do que você está falando?

— Ah, claro que você não sabe. — sorriu. — Filha, consegui a vaga de emprego. Estamos nos mudando para o Japão amanhã.

§

Dahyun acordou com uma sensação estranha no peito. Até mesmo sua família percebeu que estava meio estranha, mas ela não sou explicar a eles o que estava acontecendo, ela nem mesmo sabia.

Na escola, viu Jeongyeon conversando com Wendy do clube de canto, Jihyo estava rindo em uma roda de pessoas e Nayeon estava conversando com Momo. Normalmente Dahyun estaria curiosa sobre o que estavam conversando, mas não hoje.

Andou até um corredor isolado e sentou em um dos bancos. Manteve seus olhos fechados até ouvir algumas vozes por perto. Uma delas era a voz de Sana. A garota estava acompanhada de uma mulher, que andava em passos curtos e rápidos a sua frente. Dahyun supôs que a mulher era mãe de Sana, elas até se pareciam um pouco. Sana parecia frustrada. Seguiu as duas até que entraram na sala do diretor.

Dahyun estava a um passo de entrar na sala de química. Pensou nas duas horas que teria que estar confinada ali dentro, ouvindo a voz irritante do professor.