Capítulo XVII - Eu fui expulsa

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Chaeyoung abriu os olhos com dificuldade por causa da luz que entrava pela janela de seu quarto. Um grunhido baixo escapou de sua boca quando sentiu a cabeça doer.

— Lindinha, espaço pessoal, por favor. — murmurou ao sentir algo pesar em sua barriga. Estranhando a galinha não ter se movido, tentou empurrá-la com as mãos e surpreendeu-se ao notar que não era Lindinha que estava lá.

Os braços de Mina laçavam sua cintura enquanto sua cabeça repousava em sua barriga. O rosto de Chaeyoung corou. "Ela é tão linda" — pensou e acariciou o cabelo da garota, fazendo-a abrir os olhos lentamente e sorrir.

— Bom dia, Chae.

— Bom dia, Mina-chan. — Chaeyoung finalmente decidiu olhar ao redor e percebeu que estavam deitadas em sua cama. — Sua cabeça tá doendo?

— Sim. — Mina murmurou contra o corpo de Chaeyoung. — Ontem foi legal, mas acho que não vou fazer de novo nunca mais. — disse, fazendo a outra rir e logo se arrepender ao sentir outra pontada em sua cabeça.

— Espera aqui que eu vou buscar os remédios. — Chaeyoung se arrastou para fora da cama e quando ia se levantar, assustou-se com um corpo jogado no chão do seu quarto, sua primeira reação lógica foi gritar.

— O q- para com o barulho eu estou tentando dormir aqui. — a garota que estava no chão grunhiu ao acordar com o grito abrupto. Ela estava agarrada com Lindinha e pouco notou. Outra garota também dormia, de costas para ela.

— Ok, quem são vocês e o que tão fazendo no meu quarto? Eu vou chamar a mamãe!

— No seu quarto...? Ah! Você é aquela amiga da Sana, certo? Eu sou Park Jihyo. Espera, o que eu tô fazendo aqui?

— Eu perguntei primeiro. — falou Chaeyoung tirando a galinha de seus braços. Nesse momento a garota pareceu notar o animal, mas antes que pudesse mostrar sua confusão, Mina interrompeu-a.

— Nós quatro — apontou inclusive para Tzuyu que dormia tranquilamente no chão. — decidimos vir pra cá quando nenhuma de nós achou a Sana.

— É verdade. E viemos a pé, não viemos? — Chaeyoung falou, percebendo que a perna doía da caminhada de ontem.

— O que me surpreende é que todas decidimos vir para sua casa. — Jihyo disse.

— Meu deus... — Chaeyoung murmurou, parecendo perceber algo. — A gente abandonou a Sana! Aquela garota não tem nenhum senso de direção nem mesmo quando tá sóbria. Não devíamos ter ido embora sem ela, ela pode estar lá ainda.

— Quanto barulho... — Tzuyu grunhiu.

— A sana não pode estar lá. — Jihyo levantou-se bruscamente. — Aquele lugar é perigoso pra uma menina passar a noite! Caramba, o que a gente faz?! A Sana pode estar em apuros.

— Se acalmem vocês duas. Vamos primeiro ver se ela não está na casa dela, ok?

§

Sana acordou com uma dor de cabeça horrível. Não lembrava como tinha chegado em sua casa, mas agradeceu por estar ali e por ser sábado. Percebeu que a maioria das lembranças da festa de ontem foi de antes de ficar bêbada, aliás, por mais que tenha se divertido, decidiu nunca mais beber outra vez.

De repente, a imagem de Dahyun surgiu em sua mente. Logo depois Momo apareceu também e as duas se beijaram. Outra lembrança: ela dançava entre várias pessoas. Corou ao lembrar disso, essas coisas não eram o seu estilo.

Desceu até a cozinha para pegar o remédio de dor de cabeça de sua mãe e tomou o comprimido com um gole de água. Estava terminando quando batidas fortes na porta fizeram sua cabeça doer novamente.

Não culpe as estrelas ~ SaidaOnde histórias criam vida. Descubra agora