Fiquei parada olhando o movimento do bar e de repente senti uma mão nas minhas pernas, arrepiei, conhecia aquelas mãos, aquele toque, ela estava me tocando e meu corpo respondia com fervor as suas mãos.
- O que está fazendo?
- Precisava te sentir, sinto sua falta.
- Não pode Marcela, você é casada, seu marido está aqui e aquilo foi um erro, como você mesma fez questão de falar.
- Eu sei que eu falei, mas não é verdade, não foi um erro, eu quis, eu quis desde a primeira vez que eu te vi, e quis ainda mais quando a vi tocar Suzanna, o desejo em seu olhar ao penetra-lá e olhar para mim, me queimou como se eu atravessasse um quarto em chamas, por isso me entreguei daquela maneira.
Ela falava com uma voz sôfrega, quase chorando, eu fiquei sem reação diante daquela confissão.
- Você me magoou falando tudo aquilo pra mim, e zombou dos meus sentimentos.
- Me desculpa, eu só não sabia o que fazer. Achei que bloquear tudo aquilo fosse Fazer eu me sentir melhor, mão pelo contrário, eu não parei de pensar em você um só segundo, no seu toque, no seu cheiro, no seu gosto, tudo me lembra você e isso está me matando, não ter você está me matando.
Ia responder mas percebi que eles se aproximavam - Depois falamos sobre isso- virei minha piña de uma só vez e os chamei para dançar, Erick preferiu ficar na mesa bebendo, e nós quatro fomos dançar, Kelly passava a mão pelo corpo de Suzanna, que mostrava estar gostando, e me diZia com o olhar que ela era sua, e eu pouco me importando pois estava repassando em minha mente toda a conversa que tinha tido com Marcela, suas palavras estavam martelando em minha mente.
Sai para respirar e me agachei em um canto externo e isolado do bar, enfiei a cabeça no meio das mãos e fiquei pensando em tudo até que senti aquele cheiro, olhei pra cima e ela estava lá, levantei sem pensar em nada e a beijei, tinha tanta coisa falando naquele beijo mesmo sem dizer uma única palavra, nossas línguas faziam um balé perfeitamente sincronizado, nossas bocas coladas eram únicas, um encaixe espetacular, o beijo era calmo, cheio de saudade, desejo, encostamos nossas testas e ficamos em um silêncio gritante.
- Fica comigo, deixe Erick e vamos viver felizes juntas. Eu te quero e sei que também me quer.
Senti ela se retrair e recuar, e sabia que tinha falado algo que não devia.
- Camilly, eu desejo você mais do que tudo, mas você acha mesmo que eu vou jogar tudo pro alto por causa de uma paixonite? Eu quero você mais do que já quis qualquer coisa nesta vida, mas não posso abrir mão da minha carreira, do meu casamento, da minha vida por você.
Novamente ela estava me ferindo com suas palavras, e eu idiota achando que depois de tudo o que ela disse iria ser diferente.
Ela saiu e me deixou lá sozinha com minha ferida aberta. Voltei para a pista com o peito estilhaçado, de longe a vi sentada no colo de Erick o beijando, aquilo me deu um tremendo ódio, comecei a dançar sensualmente, passando a mão pelo meu corpo e olhando pra ela.
Uma garota que já havia me dado bola mais cedo começou a dançar comigo, me esfreguei nela, rebolava, passava sua mão no meu corpo, e via que Marcela estava ficando inquieta, pra finalizar beijei a moça com muito vontade, e apertava sua bunda enquanto olhava para Marcela, sua raiva foi visível e instantânea, puxou Erick pelo braço e foi embora sem se despedir. Eu soltei a moça e fui embora, meu objetivo estava cumprido, a noite já tinha acabado pra mim.
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A chefe
ChickLitCamilly era uma simples jovem que morava em um bairro de classe baixa no interior de SP. Tinha sonhos de crescer profissionalmente e dar uma vida melhor para sua avó/mãe, que foi quem a criou desde pequena. Trabalhava como atendente em uma rede de f...