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Depois de uma longa espera o médico saiu da sala e veio em minha direção

- Famíliares de Júlia Escobar?

- Aqui Dr. - levantei indo em sua direção

- O que a senhorita é dela?

Como responder se nem eu sabia o que eu era dela

- Amiga, namorada não sei ao certo- disse encabulada- como ela está?

- Bom, ela sofreu algumas escoriações leves e também fraturou uma costela. Terá que ficar de repouso por alguns longos dias e precisará de todo cuidado possível. Aqui estão os exames dela e a receita com os medicamentos, cuide dela e de os remédios na hora certa que ela vai se recuperar bem.

- Obrigado Dr?

- Jorge, Dr Jorge Klisman

- Obrigado Dr Jorge, posso vê-la?

- Claro que sim, ela está ali no 505. Do não a aborreça.

Bati na porta e um tímido pode entrar soou.

- Oi - falei cheia de entusiasmo

-Oi - ela respondeu bem triste

- O Dr vai te dar jaja e aí nós vamos para casa ok?

- Vamos?

- claro você acha que eu vou deixar você sozinha? Nem pensar, minha avó vai adorar te conhecer e você em troca a gata companhia.

- Não quero atrapalhar e nem dar trabalho a ninguém Camilly

- Não vai! E já está decidido.

- Muito obrigada Cá, não sei como agradecer, de verdade, você está sendo incrível comigo.

- Fique boa logo, já é o suficiente.- beijei sua testa com carinho.

Depois de algumas horas em observação fomos liberadas, levei Júlia para casa, vovó ficou super contente por saber que teria uma companhia o dia todo.

Júlia queria tomar um banho, a levei para o meu quarto e a deixei a vontade, colocou uma camisetona e deitou na minha cama, em questão de minutos ela apagou tamanha exaustão, e eu fiquei na poltrona velando seu sono, olhando aquele ser humano que estava transformando minha vida dormir tranquilamente nem parecendo que a algumas horas atrás havia levado uma surra daquelas. Fiquei pensando no motivo daquela palhaçada toda no meio da boate, o que será que Júlia havia feito para que a morena agisse daquela forma? Que tipo de relação elas tinham? Ou o que era verdade é o que era mentira? Eram muitas perguntas sem resposta, e Júlia estava muito fragilizada para de tocar neste assunto, preferi deixar que ela mesma me contasse quando julgasse a hora certa.

Fernanda chegou em casa de supresa e foi logo entrando em meu quarto se espantando ao ver Júlia em minha cama.

- Um safadinha já tá assim- me deu um tapa nas costas- o que ela tá fazendo aqui?

- Longa história fer, depôs te conto.

- Depois nada eu quero saber agora, e tudo.

Contei o que havia acontecido e ela ficou espantada com tamanha agressividade.

- Que maluca, deve que ela não aceita o fim da relação e por isso agiu dessa forma. Apesar que nada justifica né

- Pois é fer, não entendi nada também, só sei que me senti no dever de ajudá-la

- Você está sentindo algo por ela Cá?

Não sabia o que responder porque nem eu mesma sabia o que sentia por Júlia, havíamos estado juntas por duas vezes apenas mas era como se nossos corpos se conhecessem e tivessem se reconhecido imediatamente assim que se viram, era uma vontade de estar perto, de cuidar, um lance de proteção sabe.

Ela me fazia bem e eu me sentia especial ao lado dela.

- não sei fer se tenho sentimentos por ela, só sei que gosto de sua companhia, de estar junto dela, de rir de suas piadas. E sinto a necessidade de cuidar dela, e por enquanto isso tá sendo o suficiente, vamos levando pra ver Joaquim vai dar.

Fer não acredita muito nas minhas palavras mas não fala nada apenas assente. Vai embora me deixando sozinha com Júlia, eu encosto na cadeira e adormeço.

Depois de algumas horas acordo e vejo Júlia me olhando.

- você é tão linda dormindo!

Começo a rir e ela solta uma gargalhada também, ficamos conversando um pouco e de repente ela começa a chorar baixinho e soluçar, eu vou até a cama sento ao seu lado e a abraço sem nada falar. Ficamos assim por algum tempo...

A chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora