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Fiquei um tempo parada ali sem entender direito o que tinha acontecido, porque eu ainda defendia Marcela depois de tudo o que ela me fez sentir. Procurava despistar é só conseguia pensar que era porque eu a amava e queria acreditar que nós teríamos um final feliz.

Procurei Fernanda e a encontrei aos beijos com um fortão, a puxei pelo braço e sai arrastando ela pelo bar.

- Nossa ainda bem que peguei o telefone antes de beijar ele né apressadinha, da pra me dizer o que aconteceu?

- Nada!

- Ah tá e você está assim cuspindo fogo por causa de nada? Me engana que eu gosto.

- Quem ela pensa que é pra falar de Marcela desse jeito, ela nem a conhece!- gritava feito uma louca na rua e as pessoas me olhavam curiosas.

- Calma Camilly, ela quem oras?

- A Júlia, quem mais. Ela disse que Marcela jamais vai deixar seu marido sua vida e nada do que tem por mim, por nós, e eu sei que ela vai. -lágrimas rolavam pelo meu rosto.

- tem certeza de que ela?

Fiquei parada na porta do carro olhando pra nada, sabia que ela não iria mas queria pensar que sim.

- Não! Ela não vai mas Nem Júlia nem qualquer outra pessoa tem o direito de falar dela, eu não admito.

- Para de ser ridícula Camilly. Você mais uma vez vai fazer escolhas erradas em sua vida. Você quando se apaixona fica cega e se torna uma psicopata de primeira, lembra bem o que aconteceu com a Bela né?

Ela sabia que eu odiava que falasse da Bela e mesmo assim quando queria que eu acordasse pra vida ela trazia o nome de Bela a conversa.

- Pare! Não fale de Bela. Eu já entendi, mas é mais forte que eu. - falo com uma tristeza colossal.

- Você tem que ser forte Camilly, lutar pra ser feliz e mostrar a Marcela que ela não é a última mulher do mundo, e deixar ela ver o que perdeu.

Fernanda era tão sensata, eu queria ter 30% da sua calma e sensatez. Sabia que ela estava certa mas ainda lutava internamente para ser diferente.

............

Duas semanas se passaram, eu vivia para o trabalho, faculdade e dormir. Não queria mais sair, só queria ficar trancada dentro de casa, minha avó até estranhava mas não dizia nada, ela andava um pouco debilitada devido à idade. Eu me aproveitei para usar a desculpa de que tinha que cuidar da minha avó para não sair de casa, o que não deixava de ser verdade.

Era difícil esquecer o que brevemente vivi com Marcela pois a via todos os dias, as vezes a fitava me olhando e quando percebia ela desviava o olhar, as vezes tinha vontade de correr para sua sala e amá-la em sua mesa como se minha vida dependesse daquilo, mas respirava fundo e continuava a fazer o que estivesse fazendo.

Queria ligar para Júlia mas meu orgulho não deixava, o fato dela ter falado de Marcela ainda me incomodava, mesmo sendo totalmente verdade eu estava irritada,  mas no fundo a vontade de ter Júlia estava cada vez maior, acho que pelo fato de ter sido barrada de faZer algo que antes nunca me haviam negado.

Fernanda me encorajava a ligar mas eu ainda relutava, resolvi ir ao barzinho depois da facul com uns amigos era quinta feira mas já merecíamos um descanso, pegamos uma mesa conversa vá conversa vem, já faziam três semanas que Júlia tinha me dado seu número e eu n havia sequer mandado uma mensagem, quando passo o olho pelo salão vejo um rosto conhecido: Júlia! Me animei iria usar a oportunidade para falar com ela, levantei e fui em sua direção:

- Oi!

Ela me olhou assustada e sorriu

- Oi, quanto tempo tudo bem?

- Tudo e você?

- Eu estou bem- alguém chega falando com uma voz insuportável

- Aí Jú não quero mais ficar aqui vamos embora?

Uma loira fenomenal, mas com voz de taquara, pula em seu colo e a beija fazendo manhã, eu disse a BEIJA! Qual a parte que ela disse que ia estar me esperando? Eu realmente sou uma idiota em acreditar nas pessoas.

- Ohhhh deixa eu apresentar uma amiga minha docinho, esta é Camilly. Camilly está e Stella.

Estendo a mão e Stella a pega com desdém, mas solta com firmeza:

- A namorada! Prazer.

Eu fiquei paralisada. Não sabia o que dizer, namorada como assim quanto tempo ficamos sem nos falar, foram três semanas ou três meses, três anos, fiquei meio perdida.

Ela corou mas não a desmentiu, o clima ficou estranho e eu pedi licença e sai de fininho, peguei minhas coisas e fui pra casa, quando deitei em minha cama meu celular vibrou

Mensagem on:

- Me desculpe pelo jeito de Stella, ela é impulsiva demais, não somos namoradas apenas estamos saindo.

- Você não me deve explicações, só fiquei surpresa.

- Queria o que também, esperei sua mensagem sua ligação ansiosa e você me ignorou por três longas semanas. Não paro minha vida por ninguém sinto muito.

- Ok

Joguei o celular em cima da cama e ele apitou de novo, o peguei com muita raiva já ia xingar ela, fico paralisada com o que leio:

- Saudades quero te sentir! M.

Era de Marcela, eu gelei, suei, tremi e quase desfaleci tudo ao mesmo tempo, não sabia o que fazer, definitivamente não sabia!

A chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora