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Passei a semana remoendo aquele fatídico acontecimento e não conseguia entender porque Marcela agia daquela forma, ela queria me usar somente quando sentisse vontade mas não abriria mão de seu casamento para isso? Queria que eu estivesse sempre disponível para ela? Bufo só de pensar. Eu estava me sentindo mal pelo que foi a garota do bar ela não tinha culpa de nada e ainda assim a usei pra realizar minha vingança, isso não se faz eu sei, nem é do meu feitio fazer algo assim, então resolvi voltar no bar e ver se encontrava com ela pra poder me desculpar.

Se eu desse sorte a encontraria e poderia até conhecê-la como ela merecia.

Fernanda me aconselhou a fazer exatamente o que tinha pensado, disse que fui imatura por ter usado a menina pra algo tão fútil e superficial.

A noite chegou e minha dor pelo desprezo de Marcela crescia a cada batida do meu descompassado coração, mesmo todo dia me dizendo como que em um mantra "que ela não merecia meu amor muito menos a minha dor", era fácil de falar mas era difícil de realizar!

Eu queria me entregar para a vida e curtir mas as vezes ficava difícil pois vê-la todos os dia agindo como se eu fosse um leão faminto pronta para devora-lá me corroía a alma, ela fugia de mim como odiado foge da cruz, tudo o que precisava que eu fizesse pedia a Sara que repassasse pra mim e eu odeio isso, sua infantilidade me causava um estado de estresse extremo, mas ok cumpria minhas tarefas com zelo e afinco não deixando meus sentimentos interferirem no meu trabalho.

Suzanna já não mais aparecia para me ver, nem para transarmos loucamente na sala de reunião, ela estava enrrabixada com Kelly definitivamente, fui jogada pra escanteio literalmente.

A sexta feira chegou e uma sensação de alívio gigantesca veio junto. Resolvi ir ao bar com Fernanda, me arrumei toda queria realmente ser desejada aquela noite precisava levantar minha auto estima que estava quase chegando no núcleo da terra de tão baixa que estava.

Chegamos no bar e nos sentamos no balcão mesmo para beber algo, pedimos uma caipirinha que estava deveras deliciosa, o papo fluindo e do nada sinto uma mão apertando meus ombros e um perfume familiar e inebriante olhei assustada:

- olha se não é a beijoqueira fujona!

Riu gostosamente de sua própria piada, que por sua vez me deixou encabulada.

- olá! Disse totalmente sem graça.

- Veio me procurar pra se desculpar por ter fugido sem nem dizer seu nome é?

Parecia que ela era adivinha, gostei do seu jeito sincero e convencido.

- pior que foi isso mesmo que vim fazer, me senti totalmente uma cafajeste pelo modo como agi e vim pra me desculpar e dizer que não assim. Será que tenho chances de redenção?

Um olhar totalmente malicioso transpareceu em seu rosto, confesso ter sentido um arrepio na espinha quase uma excitação.

- vai ter que dançar comigo e me pagar um drink.- deu uma piscadela

Fomos para a pista de dança e ela começou a dançar no ritmo da música, ela era extremamente desenvolta, tinha um carisma contagiante não era igual às outras garotas gostosas e mente oca que eu costumava pegar antes de conhecer Marcela, ela era faladeira e risonha, leve, linda e tinha um jeito todo especial de se expressar e cativar as pessoas, era gordinha mas muuuuuito sensual. A sua simpatia a tornava totalmente sexy e interessante, fiquei bebericando minha caipirinha enquanto olhava sua performance junto à sua amiga, percebendo meus olhares veio andando em minha direção rodopiou meu corpo e falou em meu ouvido.

- Me deve uma dança, vem ou vai ficar aí babando? lambeu o lóbulo da minha orelha e eu me contorci, que ousada ela.

- Como se chama? Berrei por conta da música alta.

- Júlia. Achei que jamais perguntaria- riu da minha cara de besta.

- Me chamo Camilly muito prazer!

- O prazer vem depois bebê.- piscou pra mim e eu fiquei pensando o quanto era direta e segura de si, gostava desse seu jeito.

Começamos a dançar e Júlia se esfregava em mim, Eu estava gostando daquilo, ela encostou em mim e ficou rebolando em minha virilha, mesmo em pé ela se mexia magicamente senti Uma excitação ao ver ela mexer daquele jeito em mim desejei despi-la E  chupa lá ali mesmo. Dissipei o pensamento e começou  a alisar seu corpo, ela Sensualizava Cada vez mais, eu estava louca de desejo e não conseguia entender o porque mas a queria de qualquer jeito, puxei ela pelo braço e prensei contra a parede beijei sua boca carnuda, um beijo quente cheio de desejos, nossas línguas lutavam por espaço umamais afoita que a outra, alisava seu corpo e ela passava as mãos por minhas coxas desnudas, mordia seus lábios e chupava sua língua ela gemia baixinho, beijava meu pescoço e eu arfava, desci minhas mãos e comecei a subir sua saia em direção ao seu sexo, ela segurou minha mão e disse.

Vai precisar de mais que uma dança e uma bebida pra chegar até bebê.- Passou o dedo em sua buceta e passou nos meus lábios, delirei com sua ousadia e só devem aumentar meu desejo por possuí-la. Ela foi saindo e eu a puxei.

- o que me fala? Não estava raciocinando mais, eu só queria saber o que precisava fazer para poder fuder logo aquela garota que de um jeito sem explicação havia me deixado maluca por ela.

- Você tá pensando que eu sou igual essas garotas que você tá acostumada a comer na balada, mas está enganada eu não sou assim!

- está se oferecendo pra mim desde a hora que chegamos, achei que quisesse.- fiquei sem entender nada

- eu a quis desde o dia em que me usou para azar ciúmes na gostosona casada lá, e hoje queria te mostrar que eu estava aqui, que poderia desejar outra pessoa sem ser ela, alguém livre pra assumir você porque pelo que percebi você a deseja e ela a você porém ela jamais vai abrir mão da sua vida por você ou por qualquer coisa que seja.

Aquelas palavras me enfureceram, como ela leu Marcela tão bem sem ao menos conhecê-la, apesar de saber que era tudo verdade o que me dizia eu não queria acreditar, preferia me apegar na ideia de que um dia Marcela jogaria tudo para o alto por mim por nós, e apegada nessa ideia não a deixaria falar assim da minha chefe.

- cala a boca! Você não a conhece, não diga besteiras. Quem disse que temos algo? - A encarei com os olhos cheios de fúria.

- ninguém me falou, eu simplesmente sei, e quando descobrir que isso me procure eu estarei aqui te esperando.

Me entregou um papel beijou meus lábios e se foi.

A chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora