Uma leve aproximação

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Kara ON

Parabéns Kara, você tornou sua vida na escola que já era ruim pior ainda. E o pior é que eles são da minha sala, e ela vai se vingar da pior forma eu tenho certeza.

Ouço o sinal tocar, e vou direto para a sala. Minha primeira aula é de historia, matéria que eu amo demais. 

Entro na sala e vou para o fundão que geralmente está vazio. Mas dessa vez não foi assim. 

Lena e seu grupinho estavam lá, agora eu to muito ferrada. Quando eu ia desviar para sentar em outro lugar eles chamam minha atenção.

Lena: Senta aqui Kara, vamos conversar um pouquinho. - Ela fala não como um pedido mas como uma ordem. Eu já estava até meio tonta só de pensar no que iria acontecer. - Vai ficar parada ai que nem uma retardada? - Ela me tira de meu leve devaneio, e o único jeito agora é obedecer. Me sento perto da parede, ela senta ao meu lado, Alex, Samantha, James e Lex sentam logo depois.

Lena: Então vamos deixar uma coisa bem clara aqui. Se você ousar derrubar algo em mim novamente, teremos sérios problemas compreendeu? - Concordo com a cabeça timidamente. - Agora para você reparar o erro que você cometeu, terá que fazer nossos trabalhos de casa por um mês.

Kara: Mas...mas foi um acidente, não foi proposital. - Gaguejei tentando argumentar.

Lena: Alguém aqui te fez alguma pergunta? - Foi perceptível que ela estava fazendo uma pergunta retórica, então não contestei. - Estou te perguntando algo. - Ela me empurra e eu bato a cabeça na parede com bastante força. Percebi que fez um barulho considerável e disfarço para que o professor não perceba o que acabou de se passar.

Professor: O que se passa senhorita Kara? - Pergunta o professor desconfiado do barulho que acabou de soar.

Kara: Nada professor. - Dei uma leve olhada para Lena que me olhava de canto de olho. - Eu deixei o meu caderno cair, me desculpe. - Falei sentindo uma pontada de dor na cabeça. Mano que dor do caramba. Quando passei a mão sobre o lugar em que bati, vi que havia um filete de sangue. - Professor posso ir ao banheiro?

Professor: Claro, mas não fique passeando por ai. - Ele fala se virando para o quadro novamente. No momento em que me levanto, Lena segura meu braço.

Lena: Aonde você pensa que vai aberração? - Aperta meu braço com um pouco de força, fazendo meus olhos ficarem um pouco marejados.

A única coisa que faço é mostrar minha mão com sangue para ela. Para minha surpresa ela olha meio surpresa e diria que até preocupada???

Lena: Professor posso acompanhar Kara ao banheiro? Ela está passando mal. - Pergunta em um tom preocupado. Samantha da uma leve cutucada nela, e a olha com a sobrancelha erguida. Mas Lena não contesta.

Professor: Claro que pode. - Ele fala meio gaguejando, acho que por conta da preocupação. - Se não estiver bem não precisa voltar.

Lena pegou sua mochila e me puxou quase me arrastando praticamente. No meio do corredor eu paro e a olho esperando uma explicação.

Lena: Tá fazendo o que criatura? - Me pergunta com um tom de irritação.

Kara: Porque está me ajudando? - Pergunto curiosa e desconfiada.

Lena: Sério isso??? Eu tento te ajudar e você ainda desconfia? Quer saber, SE VIRA. - Fala indo embora pelo corredor.

Kara: Não espera, eu não queria... - Sinto uma leve pontada de dor na cabeça e me desequilibro. Mas antes de cair sinto braços em volta da minha cintura me segurando.

Lena: Vamos logo no banheiro para eu ver isso aí na sua cabeça. - Era ela. Ela me ajudou a chegar no banheiro e também me ajudou a subir em cima da pia de mármore que havia lá. - Agora fique quieta. - Eu concordo, e ela tira de dentro da mochila uma bolsinha, aparentemente de primeiros socorros. - Eu vou passar isso para não infeccionar o corte e depois vou botar uma gaze. Preciso que fique parada. - Novamente eu concordo. Ela começa a passar um líquido laranja na parte onde à o corte. Confesso que ardeu um pouco, mas ter ela cuidando de mim é um lucro e tanto. - Pronto. Quando chegar em casa troque o curativo e daqui às uns três dias você estará melhor. Sente alguma coisa?

Kara: Sinto uma leve pontada na cabeça e um pouco de tontura. - Falo botando a mão sobre a cabeça.

Lena: Se isso continuar vá ao médico.

Kara: Como sabe tanto sobre primeiros socorros? - Pergunto lavando o rosto.

Lena: Meus pais são médicos. Minha mãe é cardiologista e meu pai é cirurgião geral no Memorial Day. Você só pode viver em uma bolha para não saber disso. - Fala terminando de lavar as mãos. - Desculpa ter feito isso. A intenção era só um leve empurrão.

Kara: Não à problema. Mas para uma menina você é bem forte. - Sorrio e sinto novamente uma pontada na cabeça.

Lena: Ei, tá tudo bem? O que houve? - Pergunta me segurando pela cintura preocupada.

Kara: Essa droga de dor. - Nós estávamos com o rosto muito perto uma da outra, nossas respirações se misturavam no ar, e por um instante eu me perdi no verde de seus olhos.

Lena: A gente pode ir até a enfermeira, talvez possam ligar para um médico. Ou você pode ir mais tarde quando chegar em casa. - Fala ainda olhando nos meus olhos intensamente.

Kara: Acho a segunda opção bem difícil. - Ela me olha com uma expressão de dúvida. - Minha mãe tem depressão profunda. É muito difícil tirar ela do quarto, quem dirá sair de casa. - Falo um pouco sem ânimo.

Lena: Não sabia que passava por isso.

Kara: Como ia saber se eu não abro a boca para falar nada. - Digo em um tom triste. - As coisas tem sido bem difíceis depois que papai morreu. Alex foi embora de casa e me deixou sozinha com a mamãe. E quando eu penso que posso ficar em paz, eu ainda lembro que tem vocês aqui na escola. - Ela me olha meio surpresa com a frase, mas vi em seus olhos um certo arrependimento.

Lena: Eu não sou esse monstro que você tem medo. Esse é o jeito que eu uso para esconder certas coisas das pessoas, ser respeitada e temida tem seu preço, e acredite que eu pago por ele todos os dias. - Fala em um tom triste, me deixando surpresa. - Se você quiser pode ir para minha casa hoje.-  A olho confusa. - Meu pai vai estar de folga e ele pode dar uma olhada no corte. Mas só se você quiser. Topa? - Eu vi no fundo de seus olhos uma certa esperança, acho que ela queria que eu concordasse.

Kara: Não vejo problema algum se vai fazer essa dor insuportável parar. - Ela deu um leve sorriso e depois me ajudou a descer do mármore da pia. O sinal tocou e ela me acompanhou até o seu carro para irmos direto para sua casa.

Muito bem Kara, essa vai ser uma tarde bem longa.

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Eu já falei que eu amo lena e kara hoje? Pois entonces, EU AMO LENA E KARA juntas, se na série não acontece vou me contentar na fic. 

Bjjssss até o próximo capitulo

Amor Sem GêneroOnde histórias criam vida. Descubra agora