Uma discussão de amor

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Kara ON

Depois de tudo o que aconteceu entre eu e ela, realmente começo a achar que o destino está a favor e ao mesmo tempo contra nós. Quando queremos nos ver, sempre acontece algum imprevisto, ou quando estamos em lugares completamente distantes nos encontramos. É como se tivéssemos interligadas de alguma maneira que só o universo poderia entender.

Depois que ela saiu da minha casa ela melhorou cem por cento. Aparentemente todos aqueles sintomas foram descritos pelo pai dela como início de depressão. E foi com essa frase que eu percebi que por mais que eu quisesse ficar longe dela o meu coração e a minha mente eram conectados nela de alguma forma inexplicável. Mas antes deixa eu contar o que aconteceu depois do eu te amo.

Flashback ON

Depois do delírio que botou o sorriso mais lindo no meu rosto, ela caiu em um sono profundo. É sério a menina dormiu pesado, tanto que deu para eu lavar a louça, fazer pipoca e assistir um filme de três horas.

Por volta das duas da manhã ela despertou assustada, creio que teve um pesadelo. Mas sua reação ao me ver em sua frente foi bastante agressiva.

Lena: O que eu ainda to fazendo aqui? Que horas são, e porque eu ainda to aqui Kara?- Ela fala com o tom de voz meio exaltado andando de um lado para um outro.

Kara: Você não estava se sentindo bem, estava com febre. Então fui fazer comida para nós já que você falou que não comeu nada desde ante-ontem. Quando eu voltei você estava dormindo e eu decidi não acorda-la.- Falo em um fôlego só.- Afinal você estava cansada por causa da febre.

Ela olha para mim confusa com tudo o que eu disse, e como se ela estivesse processando os fatos acontecidos assim que ela pisou na minha casa.

Lena: Eu acho que tá na minha hora aberração. Depois a gente termina esse trabalho.- Ela voltou a ser como escrota que era antes, é sério isso? Depois de dizer que me ama ela volta a ser a mesma babaca de sempre?

Kara: Eu não sabia que a aberração aqui era o amor da sua vida.- Falo sarcasticamente, vendo sua expressão mudar de bad girl para uma gatinha assustada.

Lena: Tá ficando louca? Acho que a pancada na sua cabeça foi mais que uma contusão.- Eu a olhei incrédula pelo comentário.

Kara: Porque você não admite logo Lena. Desde o começo você sabe que eu sou apaixonada por você.- As lágrimas começam a cair involuntariamente.- Eu já tentei sair com várias pessoas, mais em todo lugar eu vejo você. Quando eu beijo alguém eu penso em você. Quando eu tento um relacionamento com alguém meu cérebro me avisa que seria como uma traição a você.- Me aproximo dela devagar.- Porque você não admite logo QUE TAMBÉM TEM ESSES MESMOS SENTIMENTOS CARAMBA.- Grito como se estivesse finalmente me libertando daquela prisão que era o meu amor por ela.

Lena: PORQUE EU TENHO MEDO!!!- Eu não esperava aquela resposta. Ela começou a chorar também.- Você sabe como é ser criada em um padrão de sociedade que acha asqueroso o relacionamento entre duas mulheres? Desde que eu te vi naquela maldita escola eu senti uma conexão, como se eu dependesse de você para respirar. Quando você derramou aquele copo de suco em mim, foi o dia mais feliz da minha vida. Porque de alguma forma eu iria ficar perto de você, nem que para isso eu necessitasse fazer da sua vida um verdadeiro INFERNO.- Ela grita e seca as lágrimas que insistiam em cair de seus olhos.- Eu afastei cada menino, cada menina, para que ninguém pudesse ter você já que eu não poderia ter. Quando o episódio do desmaio aconteceu naquele dia eu fiquei desesperada. Era como se minha respiração dependesse da sua. MAS COM A DIFERENÇA QUE VOCÊ NÃO ESTAVA RESPIRANDO.- Ela se aproxima de mim mais ainda.- Então você quer que eu admita alguma coisa? Eu vou admitir. EU SEMPRE TE AMEI KARA. AMEI COMO NUNCA PENSEI QUE AMARIA ALGUÉM.

Eu não espero um segundo a mais e puxo ela contra os meus lábios. De início um beijo calmo e sereno, que a cada minuto foi se tornando desesperado, como se aquilo fosse uma necessidade a um bom tempo.
Nossas respirações estavam ofegantes, mais nenhuma das duas queria parar o beijo. Lena me vira e me joga no sofá, ainda com os lábios colados nos meus. Suas mãos estavam em minha cintura controlando cada movimento.

Kara:  Lena, é melhor para...pararmos.- Falo entre cortado antes que passássemos daquele ponto.
Ela parou o beijo finalizando com vários selinhos e olhou profundamente em meus olhos. Por um momento me perdi naqueles verdes mel tão hipnotizantes.

Lena: Desculpa, você tem razão.- Ela se sentou e botou minha cabeça em sua coxa.- Se você realmente quer que isso de certo, vamos com calma, ok?- Eu apenas concordei com a cabeça.- Quando você estiver pronta e segura que quer realmente algo sério e também que todo mundo saiba, contaremos juntas.

Kara: Mas e se não nós aceitarem? E os seus pais, e seus amigos?- Falei com um pouco de receio.

Lena: Ei calma, eu falei que quando você estiver pronta. Meus amigos e meus pais não tem nada haver com minha vida, eu já sou maior de idade e sei muito bem o que eu faço com ela.- Ela me puxa para seus braços e eu coloco meu rosto na curva de seu pescoço.- Se eles forem contra eu saio de casa e troco de turma, sei que somos da mesma sala, mas pelo menos eu ficaria na mesma escola que você.- Ela fala calmamente enquanto acaricia meus cabelos.

Kara: Mas como você vai se sustentar? Você depende totalmente dos seus pais.- Pergunto aflita.

Lena: Não totalmente na verdade. Minha avó deixou uma boa quantia de dinheiro para mim quando morreu, e só eu posso mexer nessa conta.- Ela levanta e pega sua mochila e me puxa até a porta.- E no quesito casa, eu posso vim morar com você, o que acha?- Ela me abraça pela cintura e eu entrelaço meus braços ao seu pescoço.

Kara: Eu acho maravilhoso.- Falo animada, e também tenho certeza que tem um sorriso estupidamente grande em meu rosto. Nos despedimos com um beijo que durou mais do que deveria.

Lena: É melhor eu ir antes que eu faça o que realmente quero fazer com você naquele sofá.- Me da um último selinho, me deixando envergonhada com o comentário.- Mas eu quero que a nossa primeira vez seja especial e completamente inesquecível.- Eu sorrio de orelha a orelha e lhe dou um selinho demorado.-Você fica linda vermelhinha de vergonha sabia?- Eu rio com sua fala. Logo depois disso ela atravessa a rua e antes de entrar em casa, se vira e me manda um beijo pelos ares.

Flashback OFF

Eu sei que e realmente bem gay, mas eu amo essa garota. E não importa o que aconteça eu sei que ficaremos juntas no final disso tudo.
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Foi isso galerinha espero que tenham gostado e por favor deixem a estrelinha e comentem o que acharam. Surpercorp sempre vai ser real. 

Desculpa os erros.

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