no leme

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se não há nada lá, o que me resta é esta massa corpulenta que me arrasta,

limita este tempo íntimo que edifico no finito, entre ritos e artifícios,

por isso iço velas pelo mar contra as vagas, como Odisseus,

sob o sol, no luzir das estrelas estendido, indo aos oceanos,

e ventos vindo pela popa, a cana do leme sacudida em vento, águas escorrendo pela proa,

tomado por um céu seco, sem medo, nas correntes do leme,

um breve deus, filho da terra, menino da terra.

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