diante do corpo de meu irmão

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é um pássaro fugitivo que vejo unido ao pó, por sobre a lápide do cemitério,

encosto meu peito na lage gelada, sentindo todo o frio que vem das entranhas da terra,

- tu abandonas-te a vida, meu irmão!

agita agora em meu peito o sino do desespero,

vê as aves?
elas são negras,
então ergo as mãos a Deus no derradeiro apelo,
buscando ter entre as minhas, as tuas mãos.

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