Capítulo 2° - Parte II

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O nosso norte pode não ser o melhor caminho,
as vezes é preciso se perder
para entender onde você quer ir.


- Acorde Caths! - Ouço a sua voz, tão baixar e tão suave em meus ouvidos.

O sol, tão tênue tocar em minha pele, as plumas do edredom são suaves, o colchão e tão macio, pisco meus olhos algumas vezes, o vento que entrar pela janela balança as cortinas brancas do quarto. Certamente aquele local não era meu dormitório, mas sabia onde estava.

Na cabeceira ao meu lado estar uma foto minha com meus dois irmãos, August e Charles. Respirando fundo e fechando os olhos as lembranças de ontem a noite me atingem como um furioso vendaval.

Sentir uma enorme vergonha, não acredito que fiquei naquele estado na frente dos alunos da faculdade, erguendo o coberto para tampar meu rosto notei que minhas bochechas agora estavam quentes. Mas não haveria nada de más, não é?

Errado, teria muita coisa errada, uma fofoca se espalha ainda mais rápido quando se é filha do médico da faculdade, mas porque deveria me importar com tais pessoas, ou deveria. Virando para o outro lado na cama, tirei o lençol do rosto. ''E só mais um dia'' pensei.

Mordiscando meu lábio empurrei o coberto para longe e me sentei na cama, com as mãos agora em meu rosto eu tentava não pensar no ocorrido. Era difícil não sentir aquele peso em meu peito como se agora estivesse pouco a pouco se rasgando.

"Não chore"

Determinei, implorando para que meu coração pudesse segurar a barra. Tocando o mármore com meus pés, caminhei até a porta, segurei a maçaneta abrindo uma pequena fresta. Então ouvir meus pais discutirem no outro cômodo.

- Talvez seja melhor ela não começar a faculdade agora, Christian. - Expressar minha mãe procurada.

- Nossa garotinha é mais forte do que parece Amanda. - Meu pai articular em tom severo.

Ousei abrir mais a porta e caminhar pelo corredor.

- Você não entende. Eu sou mãe! E bem pior para mim... Ver minha filha passar por isso novamente.

Agora com um ângulo melhor, vir que minha mãe estava apoiada sobre o mármore da bancada da cozinha, ela tinha uma expressão triste em seu rosto, estar sem maquiagem, dava para notar os olhos vermelhos e as orelhas abaixo deles.

Meu coração doeu, como puder me deixar ficar naquele estado a ponto de fazer minha mãe chorar assim?

Meu pai agora apoiado contra a pia com seus braços cruzados tinha uma expressão dura em sua face.

- Não venha com essa de que é pior para mim. Eu sou pai dela. - Comenta ele com raiva, subindo o tom de voz - Então não venha com essa, ''de que é o pior para mim.''

Ela agora olhar para ele, com os olhos cheios de lágrimas, suspira.

- Talvez seja melhor ela morar com Charles é a Ana por um tempo, vai ser bom para ela. - Enxugando as lágrimas em seu rosto ela comprime os lábios.

- Vamos falar com ela! - Determinar meu pai, agora se virando de costas para minha mãe.

Timidamente dei alguns passos, entrando na cozinha, assim atraindo parando com a discussão dos dois.

- Cathilin? - Meu pai levanta a cabeça me encarando.

- Minha filha! - Minha mãe corre em minha direção segurando meu rosto, com carinho.

Acariciando meus cabelos ela colocar uma mecha deles de trás da minha orelha.

- Eu tive tanto medo. Você está bem? - Seus olhos estão fixos nos meus.

Através dos teus Olhos - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora