Através dos teus Olhos - Livro I

Capítulo 6° "14:00h" Parte II

Parte II  
C

onselho de amiga,
ouça ouvindo a música,
beijão

Matheo

Os caminhos que nós une nessa vida... solitário meu coração estava, na possibilidade de saber que Caths poderia ter seguido em frente, mesmo diante da atual situação eu ainda precisava a proteger.  Por anos ela esteve entrelaçada em mim, assim como sempre estive a ela, este elo que nos liga e nos atrai um ao outro.

Parado como uma estátua ali, naqueles dez segundos tão longos...  Quando éramos crianças agiamos como crianças, em busca de conseguir o melhor um do outro. Como um homem adulto agora, penso se mereço ter a felicidade. Uma alma tão genuína como a dela merece realmente alguém como eu? Mudar o destino. Como isso seria possível?

Não posso mudar o passado, não posso volta atrás desfazer tudo o que os outros reis um dia fizeram. 

  Ela caminha com tanta graça, seus cabelos estão mais curtos. Oh Deus como ela é linda. O inverno lhe cai tão bem, tanta ingenuidade posso sentir.  Meu peito dói, posso sentir a sua dor, os seus medos, ansiedades e isso acaba comigo.

Sua pureza exala com tanta graça. A mania de sempre andar olhando para as nuvens ainda contínua. 

Naquela manhã, tive que me controlar para não entrar naquela sala e a encontra -la  e ter ela em meus braços.  Mas agora parado aqui, encaro sua expressão, sua confusão. Talvez ela pense realmente que sou uma miragem. 

Seu corpo se choca contra o meu, tento a segura, mas minha Caths vai ao chão, ela sempre fora desastrada assim. As lembranças de nossa despedida preenchem a minha mente, é tudo que consigo ouvir em minha cabeça é o eco de minha pergunta, se ela poderia considerar me amar também. 

O toque... Com meu corpo levemente inclinado para frente estendo a mão para Caths. O toque.... O primeiro toque. Suas mãos suavemente deslizam sobre a superfície de minha mão, não consigo deixar de achar um tanto cômica a situação.  Me pergunto o que deve está se passando por sua cabeça agora. 

— Por Deus! porque estava parado aí que nem um poste!  — Ela diz bem irritada, parece que, sua ficha ainda não caiu. 

O misto de agonia cresce em meu estômago, não posso deixar de rir, nervoso pela situação. Por Deus, Caths.  Eu estou aqui.  Seus olhos não se encontram com os meus, o que em deixa mais frustado.

Eu quero a sentir, eu quero a tocar, quero dizer a ela tudo que pensei nesses seis meses.  Não posso deixar isso assim.
Chama-la? Talvez não seria a melhor solução, Caths como qualquer outra garota gostava da peculiaridade das coisas, dos pequenos gestos que tornam os momentos marcantes. 

A ruiva que a segundos atrás estava em minha frente segue seus caminho.  Tudo que consigo, naquele momento em vão loucura fazer, e vira e segura em seu braço. Me sinto frustado, porque ela ainda não percebeu que sou eu.  Em meu peito meus corações batem tão rápido, incapazes de saber o porque.  Eu quero tanto que ela sinta.

Um calor parece arder em meu estômago, o tempo naquele segundo para.  Aqui, estamos nós dois em tantos caminhos impossíveis dessa vida frente um ao outro abraçados pelo frio do inverno, acolhidos pela atmosfera incomum.

— Você está maluco! — Seus olhos exalam irritação por breves segundos, até que se prendem aos meus. 

Seus cachos mondulam seu rosto o deixando um pouco mais fino, suas bochechas agora tão vermelhas como seu cabelo, não disfarça a sua surpresa.  Há como esperei por esse dia, para ver esse olhar, a paixão em seus olhos, a alegria, o medo a ansiedade. Como esperei para pode toca-la pela primeira vez.