Capítulo 4° "I can touch you" ( parte III )

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A razão conduz os meus atos
mas o amor conduz
a minha vida.
"Shirley Nogueira"

N

ão sabia como agir, era a mais pura verdade. Em meu peito se formava uma mistura de felicidade e medo, mesmo depois que Maths me deixou no meu prédio, meu coração batia loucamente em meu peito.

Ele estava mesmo em minha frente? Como poderia ser possível? Por anos viver na certeza que eu o criei, médicos me disseram isso, terapeutas chegaram a pensar que era esquizofrênica. Sinto tanta vontade de chorar e ao mesmo tempo a vontade de gritar.

Eu sabia que precisava de respostas o qie me fez parar meu treinamento naquela tarde, as notas de meu violino param, Galdino me olhando com curiosidade no piano para também as notas. 

— Desculpe. — Resmungo, minha mão lateja pela dor causada pelo ferimento da noite anterior, encarando Galdino, que apenas suspira.

— Temos uma semana para o concerto de inverno, Danvers.  — Dando um meio sorriso ao moreno, coloco o violino sobre o suporte.  — Você parece bem mais aérea hoje. — Ele diz preocupado.

Balançando as mãos, alívio os ombros.

— Estou bem, Elias. Sei que temos nosso concerto na semana que vem, mas realmente preciso... — Mal termino de falar minha frase que o garoto balança a cabeça em concordância.

Sorrindo aliviada pego a minha bolsa um tanto empolgada.

— Temos que repôr amanhã então. — Ele diz com a testa franzida, de modo que suas duas sombracelha formem um V, Elias era realmente dedicado a música.

Após um mês no campus nosso professor decidiu que juntos somos mais, segundo o que ele dizia, aparentemente eu e Elias somos os melhores da faculdade então Rick, decidiu nos unir em dupla, e assim tem sido por cinco meses. Em seis meses trouxe dois grandes prêmios, sendo um por tocar em dupla, e agora estamos indo atrás do nosso terceiro.

— Sei que pode parecer estranho, mas amanhã tenho almoço em família. Pelo visto meus pais souberam da confusão. — Forço um sorriso me dirigindo a porta. 

Elias pareceu desconfortável agora, seus olhos focaram então em minha mão a qual ainda tem o curativo. 

— Deveria ir né um médico. — Ele disse apontando para o ferimento. Deu para notar que ele realmente estava preocupado e não pelo fato de usa a mão para tocar.

Olhando para meu ferimento resmungo, desde de pequena nunca fui muito de machuca, ouve umas duas vezes na primeira o ferimento inflamou bastante e na segunda, bom, os pontos que ganhei no no hospital soltaram e tive que usar um remédio caseiro.

O estado agora do meu ferimento, mostrava uma mancha de sangue, mão tão grande, o sangue estava agora de uma coloração mais escura.

— Não se preocupe e natural. — Tentei o deixar tranquilo, logo acenando para sair da sala.

Minha mente vibrava de ansiedade, eu precisava de respostas e por mais que Matheo havia dito que iria me contar, uma parte de mim queria está preparada, dependendo da gravidade que ele iria dizer. 

Chegar a biblioteca foi a parte fácil, difícil agora seria saber por onde começaria a procurar, talvez a internet ajudaria no processo, caminhando até um dos computadores inicie a minha pesquisa. Dez minutos depois descobri que foi uma péssima ideia apesar das pequenas informações que adiquir. Estava um tanto chocada com a possibilidade de Matheo se uma alma maligna.

Então decidir procurar nos livros já que as possibilidades que vir agora e assustadora, meu coração então parou quando olhei para os dois homens que entrava pela porta da biblioteca. O reitor seguia junto a nada mais que Matheo. Um misto de confusão agora me invadiu, em um ato de vergonha, me escondo entre uma prateleira e outra, mas isso não ajudou em nada já que os livros sobre meus braços caíram no chão. 

Através dos teus Olhos - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora