Acordei com a minha avó me chamando.- Helena, você não vai a igreja? - perguntou com um ar de quem ainda estava chateada.
- Sim vó, obrigada por me acordar. - ainda meio sonolenta respondi agradecida por sua iniciativa.Quando olhei no relógio já eram 06:40, nossa como eu estava atrasada, a missa começava as 07:00 e eu tinha menos de 20 minutos para estar lá, tomei um banho rapidamente, com um pouco de dor na cabeça, acredito que por conta da noite anterior, nem tive tempo de secar os cabelos, engoli um café rápido e chamei um carro pelo aplicativo, não tinha tempo para perder esperando um ônibus e queria estar impecável quando encontrasse Nayumi.
A capela onde aconteceria a missa com apresentações ficava no quarto andar do hospital Guadalupe, era uma capela bem grande quase que como um teatro, porém sem os camarotes de cima. Caminhando pelo corredor ouvi um som de piano, era uma melodia que acalmava meu coração e me fazia sentir tão tranquila, entrei observei que já havia começado o evento, foi quando direcionei meu olhar para o palco, lá estava Nayumi, ela quem tocava aquela música que não hipnotizava somente a mim, mas todos naquele local, sem conseguir tirar os olhos dela, caminhei até uma das poltronas da penúltima fileira e fiquei admirando-a, parecia tão concentrada, tão envolvida com a canção, não deixava de me sentir mal por ter beijado a Bia na noite anterior, mas tinha em minha mente que aquilo não iria para frente de jeito nenhum, pois não era ela quem eu queria.
Assim que a música parou, Nayumi agradeceu, olhou para as fileiras como se procurasse alguém e achou, mas sua expressão não me parecia das melhores, será que tinha acontecido algo? Ela desceu e se sentou ao lado de sua família na primeira fileira, ouvimos o padre ler os testamentos, falar sobre como "Nós devemos amar uns aos outros como Deus nos amou.", Como o mundo estava se perdendo em pecado e que precisávamos ser fortes para resistirmos a isso, que não devíamos julgar ao próximo e sim sermos benevolentes, ouvindo tudo aquilo eu só conseguia pensar na hipocinesia de certas pessoas, em como tem gente que vai a igreja ouvi tudo isso, sai tentando pregar os mesmos princípios e no fim só sabe julgar e condenar, claro que não são todos, mas na maioria das experiências que tive, sempre foi assim.
Ao término da missa levantei-me e fui cumprimentar a família Kimura.- Bom dia Dra. Kazumi. - estendi a mão.
- Oi Helena, nossa não esperava vê-la aqui! - exclamou ela com um tom surpreso.
- Eu a convidei mamãe, ela é católica e me pareceu uma boa ideia. - disse Nayumi em resposta ao comentário da mãe.
- Que bom que resolveu se juntar a nós, venha deixe eu lhe apresentar o restante da família, esse é meu marido Hyuki.
- Prazer em conhecê-la Helena, já ouvi falar muito sobre você. - Disse Hyuki com um sorriso que me parecia um pouco familiar.
- E por fim esse é meu filho mais velho Hiro. - disse ela, dando um leve empurrãozinho nele para que chegasse mais perto de mim.
- Encantado em conhecê-la Helena, você tem razão mãe, ela realmente é linda. - disse Hiro enquanto olhava fixamente em meus olhos.Imediatamente meu rosto começou a corar, foi perceptível como fiquei sem jeito.
- Calma meu irmão. - disse Nayumi, ela colocou um dos braços em volta de meus ombros e completou:
- Não queremos assustar a Helena, não é mesmo? - finalizando sua fala.
- É claro que não, ainda quero vê-la outras vezes aqui. - respondeu Hiro.
- Pois bem, Helena pode me ajudar a guardar umas bíblias? - perguntou Nayumi na tentativa de nos tirar daquela situação um pouco desagradável.
- Sim, claro, com todo o prazer. - respondi a ela sem pensar duas vezes.Recolhemos as bíblias que estavam em algumas poltronas aleatórias pela capela, não eram muitas, mas o suficiente pra ser usadas como desculpa para ficarmos sós por alguns minutos. Nayumi me levou até uma sala que ficava atrás da capela, não me dirigiu uma palavra e nem um olhar até que chegássemos lá, eu entrei peguei o restante dos livros que estavam em suas mãos e coloquei em cima de uma mesa que havia no centro da sala, percebi que Nayumi trancou a porta, me virei e perguntei.
- O que está havendo, aconteceu algo grave? - meu único pensamento era que a mãe dela poderia ter descoberto alguma coisa, mas ela me pareceu muito tranquila minutos antes, então provavelmente não seria isso.
Ela me olhou séria e só fez uma pergunta: - Por que mentiu pra mim?
- Como assim? eu não sei do que está falando. - será que ela descobriu sobre a proposta de sua mãe? Pensei.
- Não tente me fazer de idiota, sei que saiu com uma mulher ontem a noite, fez questão de postar na sua rede social, sei que ainda não conversamos sobre exclusividade, mas se for para as coisas funcionarem dessa maneira eu acho melhor pararmos por aqui! - exclamou ela me parecendo bem nervosa.
- Não é nada disso, ela é só uma velha amiga, apareceu ontem a noite na minha casa e me convidou para sair, ela terminou com a namorada e estava mal, eu só queria ajuda-la. - tentei me explicar, sabendo que estava distorcendo um pouco a história.
- Eu não sei porquê, mas não sinto que está falando toda a verdade, talvez porque eu tenha medo de me magoar outra vez, não quero correr esse risco. - disse ela inclinando levemente a cabeça para baixo.Levei meus dedos até sou rosto, lhe fiz um carinho e os entrelacei em seus cabelos, ela levantou novamente a cabeça e me olhou nos olhos.
- Nayumi me escuta, eu estou apaixonada por você, pelo seu jeito, sua personalidade, seu corpo, por cada pedacinho seu, eu jamais faria qualquer coisa pra te magoar, acredita em mim. - disse enquanto aproximava devagar meus lábios até o encontro dos seus.
Antes que pudesse responder qualquer coisa, eu a beijei com muito desejo, ela não recusou meu beijo, então eu mantive uma das mãos entre seus cabelos e a outra usei para aproxima-la ainda mais, segurei sua cintura e subi por suas costas fazendo uma leve pressão para sentir o calor do seu corpo, os beijos foram ficando mais intensos, seus lábios eram tão macios, seu gosto era tão doce, o cheiro do seu perfume me seduzia, eu queria mais, eu precisava sentir o corpo dela sem todas aquelas barreiras que nos vestiam, eu sentia que ela também queria isso, então sem parar de beija-la a direcionei até a mesa, a impulsionei para que sentasse, eu estava de pé na sua frente, a beijando e acariciando suas pernas nuas, levantando levemente seu vestido tentando respeitar os limites que ela havia estabelecido, nossos sexos estavam tão próximos, podia sentir sua calcinha encostar em minha calça, ela começou a ficar mais excitada, apertou minha bunda me pressionando contra seu sexo, nesse momento eu quase perdi o controle, segurei suas coxas com mais força e levei meus lábios até seu pescoço, pude ouvir ela gemer bem baixinho, ela estava se entregando pra mim, eu a desejava tanto, até que ela disse:
- Helena... Helena pare por favor.Reuni todas as forças contra meu desejo, respirei bem fundo na tentativa de me recompor e direcionei meu olhar para vê-la, seus cabelos estavam bagunçados, ela estava ofegante, me deu um beijo calmo e disse.
- Preciso te contar uma coisa, eu nunca... - encanrando minha face confusa ela suspirou, tomou coragem e disse:
- Helena eu sou virgem.-----------------------------------------
Deixem uma estrelinha se gostaram do capítulo, beijos. ;)
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A conquista proibida (Romance Lésbico).
Lãng mạnHelena é uma mulher simples porém com grandes sonhos, quando conhece uma moça que mudará sua vida completamente. OBS: Obra registrada de minha autoria, plágio é crime.