XIV - REFÚGIO

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P.O.V. Helena.

Naquela noite ainda no carro, Nayumi trafegou em uma rota diferente da habitual que levava até a sua casa, só pude perceber que não estávamos indo para lá quando ela virou em uma rua contraria.

- Onde estamos indo? - Perguntei e em seguida liguei o rádio.
- Para um lugar secreto. - respondeu ela com um tom de empolgação.
- Você é uma mulher de muitos segredos Dra. Kimura, só espero que não esteja me levando para uma emboscada. - comentei conseguindo finalmente um sorriso.

Seguimos o caminho entre conversas e risos, trocamos alguns beijos, tentando fazer as cosias ficarem mais leves, Nayumi dirigiu até a cidade vizinha, ficava uns 40 minutos de onde moravámos, fomos até o centro da cidade e entramos na garagem de um prédio, era bem alto e muito bonito, não fazia ideia de onde estava, mas confiava nela.
Nayumi estacionou o carro, então entramos em um elevador e fomos em direção a cobertura.
Assim que chegamos, a porta já abriu direto em um apartamento que mais parecia uma mansão, era muito amplo e tinha uma vista linda que dava para a cidade.

- Seja bem vinda, pode ficar a vontade. - Disse Nayumi passando a minha frente e tirando os sapatos.
- Nossa que lugar é esse? - Perguntei ainda deslumbrada.
- você gostou? - perguntou ela, sentando em um dos sofás.
- Sim, é realmente muito bonito. - respondi.

Realmente, até então, na minha vida eu só tinha visto apartamentos como aquele em novelas, estava todo mobiliado, mas aparentemente ninguém morava ali.

- Senta aqui comigo. - disse ela.
- Quem mora aqui? - perguntei curiosa caminhando e sentando ao seu lado.
- Ninguém, quer dizer eu, as vezes, meus pais não sabem que eu tenho esse apartamento, fiz umas economias e consegui comprar ele sem precisar mexer no dinheiro da família, aos poucos fui mobiliando para não levantar suspeitas, não queria que ninguém soubesse, então quando eu estou com a cabeça muito cheia eu venho aqui, é bom saber que tenho um lugar meu onde posso recorrer, é o meu esconderijo. - disse ela aconchegando sua cabeça em meu ombro.
Estendi um de meus braços por trás do seu pescoço e comecei a acariciar seus cabelos.

- Nossa, você realmente é uma mulher de muitos segredos Dra. Kimura, mas eu compreendo seu ponto de vista, todos nós precisamos de um ponto seguro, pode ser um lugar, uma pessoa, uma música que seja, todo mundo precisa de algo que o mantenha são. - comentei ainda acariciando seus cabelos tão macios.
- Mas pra estar aqui tem uma regra que você precisa cumprir. - disse ela saindo de meus braços e me olhando de frente.
- Qual? - perguntei.
- Aqui não é permitido estar com celular ligado. - respondeu ela deixando escapar um leve sorriso.
- Ah sim, claro, regras são regras. - respondi e imediatamente desliguei o telefone.

Conversamos mais um pouco então resolvemos pedir uma pizza, fui apresentada ao resto do apartamento e onde poderia tomar banho, não me importava com o que aconteceria essa noite, ela já estava sendo maravilhosa só por eu poder estar com Nayumi sem ter preocupação alguma.
Assim que a pizza chegou vi Nayumi devorá-la impacientemente, eu também não esperei muito, realmente estávamos famintas, sentamos novamente no sofá e decidimos assistir a um filme.
Estavamos abraçadas, tudo estava bem tranquilo até que senti ela se inclinar e me dar um leve beijo no pescoço. Imediatamente olhei para ela, seu olhar aparentava estar confuso, como se estivesse em um duelo interno, como se quisesse algo, mas não sabia como se expressar, então beijei lentamente seus lábios, em seguida ela me olhou nos olhos e naquele momento esquecemos totalmente do filme.
Minhas mãos adentravam os cabelos de Nayumi enquanto nos beijávamos, segurei sua cintura então em um leve impulso ela sentou em meu colo, uma de minhas mãos segurava sua cintura com delicadeza enquanto a outra estava em sua coxa, Nayumi acariciava meus cabelos e mordia meus lábios, entre os beijos que logo começaram a ficar mais intensos minhas mãos que até então estávam contidas começaram a percorrer o seu corpo, a cada beijo em meu pescoço minha respiração ficava mais forte, eu apertava sua bunda e fazia uma leve pressão contra meu corpo a insentivando a contínuar esse movimento, comecei a perceber que ela já o fazia sozinha, era bem discreto, mas perceptível, sentia seu corpo ficar cada vez mais quente, nossos beijos quase não tinham pausas, meus toques já não eram tão delicados, demonstravam muito mais desejo, ela então ainda com a respiração meio descompassada aproximou seus lábios perto do meu ouvido e sussurou.

- Helena... Me leva pro quarto.

A conquista proibida (Romance Lésbico).Onde histórias criam vida. Descubra agora