XVI - O PEDIDO

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Naquela noite ela dormiu em meus braços, finalmente aconteceu e foi incrível, sentir seu gozo em minha boca, poder gozar enquanto a penetrava, sentir ela se entregando para mim, foi tudo tão excitante, aquele lugar, aquele momento, cada dia valeu a pena, tudo parecia tão distante antes, mas ela finalmente estava ali comigo, quando finalmente abri os olhos.

- Nayumi? - me perguntei ao perceber que ela não estava na cama.

Me envolvi no lençol e me dirigi até a sala, um cheiro ótimo emanava da cozinha, logo me deparo com Nayumi cantarolando e preparando o que me parecia ser o café da manhã.

- Bom dia princesa. - disse ela enquanto mexia algo na frigideira e também levemente os quadris.
- Bom dia, porque não me acordou? - perguntei.
- Achei que estivesse cansada então pensei em te preparar algo para comer. - respondeu ela me dando uma prova do que estava preparando.
- Nossa, isso está realmente bom, o que mais eu não sei sobre você? - perguntei com um tom de brincadeira.
- Nada que eu não possa lhe contar. - ela respondeu sorrindo.

Ela então terminou e nos serviu enquanto eu tomava banho e vestia algo.

- Não precisa ficar vestida Helena eu já vi tudo que tem aí em baixo e tenho que dizer que vai ser só mais um trabalho de eu tirar sua roupa depois que acabarmos de comer. - disse ela me olhando maliciosamente.

Eu confesso que fiquei um pouco surpresa com esse comentário porque até então ela nunca havia falado comigo daquela maneira, continuei comendo e logo comentei.

- É justo já que você também está vestida.

No mesmo momento ela me olhou, colocou o garfo de volta em seu prato e em seguida tirou a blusa na minha frente, levantou, caminhou calmamente até a saída da cozinha e disse.

- Vem!

Imediatamente eu levantei e a segui até o quarto, eu não conhecia esse lado dela, mas de qualquer forma eu estava adorando.
Transamos e gozamos quase o dia todo, pedimos o almoço de um restaurante pelo telefone do apartamento, nada poderia atrapalhar, a não ser o meu senso de responsabilidade que estava gritando dentro de mim.

- Nayumi acho melhor ligarmos os celulares, não podemos ficar tanto tempo assim, sua família pode ligar. - sugeri a ela enquanto almoçavamos.
- Eu não quero que nada nos atrapalhe Helena e eu não quero me preocupar agora. - Respondeu ela.
- Por favor me escuta, se acontecer alguma coisa e ninguém conseguir nos contatar vai ser pior, aí sou eu quem vai precisar de cirurgia depois de infartar. - retruquei.
- Tá bom Helena, vamos ligar então, mas se não tiver problemas não quero mais que me questione quanto a isso, sabe que eu não faria isso se não estivesse totalmente segura que nada iria acontecer né? - perguntou ela.
- Sim, eu sei, mas vamos ligar só para garantir. - respondi.

Finalmente ligamos os celulares e meu coração ficou muito aliviado em saber que aparentemente estava tudo bem, Nayumi então me olhou com um olhar aborrecido quando seu o telefone toca.

- Oi minha filha! Eu e seu pai estamos voltando hoje, felizmente acabamos antes do previsto, mas Hiro ainda vai ficar para fechar uma contratação, pode nos buscar no aeroporto as 17:00? - perguntou Kazumi.

Então com uma expressão clara de surpresa ela respondeu.

- Claro, eu vou sim mãe, estarei lá no horário.
- Muito obrigada filha, até mais tarde fica com Deus.

Após desligar o telefone Nayumi me olhou e disse.

- De agora em diante quero que sempre me questione Helena. - brincou.
- Claro! Isso também vem incluso no pacote namorada. - respondi sem pensar.
- Namorada? - perguntou ela.
- Ahh, talvez, quer dizer se você quiser é claro, nós não conversamos sobre isso eu sei, mas eu tenho que ser sincera e dizer que no momento não quero ser menos do que isso para você. - respondi um pouco sem jeito, porém sendo clara.
- Isso é um pedido Dra. Helena? - perguntou ela me lançando um olhar penetrante.

Levantei da mesa, me ajoelhei em sua frente e peguei sua mão.

- Nayumi Kimura, eu sei que no momento os acontecimentos não estão nos favorecendo tanto para que possamos começar um relacionamento sério, você não é assumida e eu entendo isso, tem muitas questões delicadas que envolvem sua família nossos empregos e várias outras coisas, mas eu juro a você que sempre vou estar aqui, para te apoia, te compreender e te ajudar a passar por todo esse processo de libertação se for isso o que você realmente quer, eu quero poder estar com você e vou ser paciente até você estar pronta. Nayumi Kimura você quer ser minha namorada? - perguntei ainda receosa pela resposta.

Ela por sua vez com um olhar vibrante e confuso me deu sua resposta.

- Sim Helena, é claro que eu aceito ser sua Namorada.

Nos abraçamos e nos beijamos, eu não queria larga-la, meu olhar e meu sorriso não escondiam minha felicidade, namorar pode até ser só um rotulo para alguns, mas ouvir um sim daquela mulher me causou um mix de sentimentos tão bons que chegavam a quase anular os pensamentos de tudo o que eu sabia que iríamos enfrentar.

- Ainda são 14:00 horas, temos mais algumas horas até que eu tenha que ir buscar meus pais, quer tomar um banho? Tem uma banheira ótima no quarto do segundo andar. - peguntou ela.
- Vamos! - respondi e logo ela pegou em minha mão e me guiou subindo as escadas.

Aquele apartamento era realmente enorme, ainda não havia ido ao segundo andar, mas isso logo mudaria, chegamos no que parecia ser o maior quarto da li, Nayumi preparou um banho quente então entramos na banheira, eu massageie e ensaboei suas costas, a beijei delicadamente enquanto timidamente suas mãos passeavam entre meus seios, ela os tocava e apertava, me olhava como se quisesse dizer ou fazer algo, não dei muita importância, resolvi esperar até que ela se sentisse pronta para conversar sobre isso.

- Você deveria jantar em casa hoje, meus pais vão chegar e séria bom que você estivesse presente quando conversarmos sobre como foi a semana. - sugeriu ela.
- Não sei, acho que é para ser uma reunião de família e eu não quero atrapalhar nem dar margem para nada. - respondi.
- Você não vai atrapalhar em nada, pelo contrário, vai se mostrar responsável pela função que lhe foi atribuída, é só tentar não olhar para minha bunda e vai dar tudo certo, além disso minha mãe não pode desconfiar de nada, isso incluí estarmos no mesmo ambiente e parecermos amigas e só isso. - disse ela.
- Tudo bem, você tem razão, mas eu vou dormir em casa, preciso ficar com a minha família. - respondi e a beijei.

Acabamos aquele banho maravilhoso, nos vestimos, arrumamos tudo e fomos embora, Nayumi me deixou em casa e seguiu para sua, precisava deixar tudo em ordem para a chegada de seus pais.

Logo que cheguei me deparei com minha avó na sala.

- Pensei que o plantão fosse só pela parte da noite. - disse ela rindo.
- Somos namoradas vó. - respondi.
- O que? - perguntou ela fingindo que não entendeu o que eu disse.
- Eu pedi e ela aceitou, finalmente eu tenho como te descrever o que somos. - disse a ela com um sorriso no rosto.
- Já não era sem tempo, se ela te enrolasse um pouco mais você provavelmente iria ficar igual aos cigarros que a sua mãe costumava fumar escondido no quintal. - respondeu ela rindo alto.

Balancei a cabeça em um sinal negativo, mas não consegui conter o riso, minha avó falava mal da minha mãe sempre que surgia uma oportunidade, eu já estava acostumada, mas não ligava, subi para meu quarto e logo me joguei na cama, a noite e o dia foram longos e eu precisa descansar para poder está apresentável para o tal jantar.

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Demorei mas voltei, estava muito ocupada com a faculdade e meu trabalho, quase sem tempo para nada, mas vou tentar postar os capítulos semanalmente pelo menos, beijos, espero que gostem.

A conquista proibida (Romance Lésbico).Onde histórias criam vida. Descubra agora