Chapter 17- what if, from now on, we follow our own advices?

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Acho que se pusesse todos os meus vinte anos de vida em um ranking, diria que 2001 foi o pior de todos. Pete fechou os estudos e começou a atuar como professor. No início, começou com escolas, mas logo pulou para as faculdades, o que era super legal e tudo o mais, mas... ele tinha tão pouco tempo. Era irritante, mais porque sabia que não era culpa dele.

"Eu sei que professores trabalham pra caralho, mas não pensei que fosse tanto."

Reclamo, escondendo meu rosto debaixo dos cobertores. Pete revira os olhos e tira as cobertas da minha cara.

"Para de drama, Mikey. Eu tô tentando, okay? Juro que tô... mas é difícil. Tenho que corrigir muita coisa todos os dias, e... não fica assim."

Suspiro. Ele tava certo.

Acho que não estava puto com ele pelo fato de não ter tempo pra mim, e sim porque me sentia um inútil. Quero dizer... eu mesmo tinha arrumado um emprego, aceitei aquele bico como assistente de mecânico. O cara era legal, seu nome era Jaime, e, quando tive a estranha impressão que o conhecia de algum lugar, descobri que ele era o mesmo cara que tocava baixo naquela banda que se apresentou no dia da minha formatura. 

Ele me pagava bem, sinceramente, e dinheiro não era um problema, já que Pete e eu não éramos muito bem o casal que saía pra tudo o que era lugar... da última vez que isso aconteceu, fomos expulsos da sala de cinema em que estávamos porque o filme era tão ruim que começamos a reclamar em voz alta sobre. Desde dessa vez, resolvemos ver filmes apenas na segurança e solidão de nossa própria casa e só sair para comer fora quando desse na telha ou alguma coisa assim.

No meu aniversário, Gerard e Frank ligaram, mas os avisei que não iria ao hospital, ao qual eles aceitaram numa boa. Sei que isso é um pouco egoísta da minha parte, mas só queria sair com meu namorado e não esquentar a cabeça com absolutamente nada... é meu aniversário, eu tenho esse direito, não tenho?

Fomos a um restaurante caro. Nada de comida italiana de tia Marie, fomos a um restaurante francês de verdade, não aquelas merdas de virada de esquina onde apenas o dono é descendente de franceses. Não, todo mundo era francês naquela bosta daquele lugar, o que significava que os nomes nos cardápios também estava na mesma língua.

"Eu vou querer um Ratatatouille, por favor."

Fala ele, então vira seu olhar para mim.

Merda, ele tava tão lindo.

"Mikey?"

"Hum?"

"O que você vai querer comer?"

"Ah!"

Exclamo, imediatamente corando e voltando meu olhar para o cardápio.

"Eu, hummmm... eu vou querer um... profeterole."

Pete e o garçom trocam um olhar duvidoso, e então meu namorado tampa a boca enquanto o homem que anotava os pedidos pigarreia.

"O que foi?"

"Senhor... profiterole é uma sobremesa."

Minhas bochechas esquentam de novo e eu abaixo o olhar. Então les desserts devia ser algo como "sobremesa". Volto algumas páginas, até achar onde Pete leu o ratatouille.

"Desculpe, então eu vou querer um coqui... coqui au..."

"Coq au vin?"

Levanto o olhar. O cara me olhava com uma sobrancelha levantada e o olhar cético.

"Isso mesmo que você falou aí."

O coroa baixinho pega nossos cardápios e os fecha com um baque seco antes de se virar.

I Slept With Someone In Fall Out Boy And Was Cheated On | PetekeyOnde histórias criam vida. Descubra agora