I Slept With Someone In Fall Out Boy And Was Cheated On | Petekey

Chapter 37- because... because losing someone isn't instant

Depois daquele dia em que Klaus me contou sobre toda a parada da corrupção nacional, comecei a prestar ainda mais atenção nos Hargreeves. Eles eram uma família estranha, para se dizer o mínimo, mas não apenas porque cada um parecia odiar o outro, haviam também outros motivos que tornava o grupo tão excêntrico. Em primeiro lugar, eles não pareciam ter nenhum traço físico em comum. Digo, eu e Gerard não somos idênticos, mas qual é, Allison é negra. Okay que a mãe ou o pai deles também poderia ser, mas Klaus conseguia ser ainda mais branco do que meu próprio irmão... e eu nunca havia visto alguém mais alvo do que Gee em toda a minha vida.

Além do mais, eles tinham relações estranhas... estava claro para todo mundo que eles se detestavam e todos detestavam ainda mais Número 4, mas Allison e Luther... eles eram próximos. Não do tipo irmãos que se amam, mas do tipo namorados que se amam. Cara, isso não é crime? Porque eu juro pelo nome de minha mãe que um dia os vi se beijarem. Tá, sei que não é bom opinar no relacionamento dos outros, e que ser um cara e pegar caras também era crime há pouquíssimos anos atrás, mas... bleh, eles eram muito estranhos.

Começo, então, a juntar informações sobre eles separadamente. Número 1: alto, olhos azuis, cabelo loiro e forte que nem um búfalo. Pelo que parecia, seus codinomes vinham da ordem de importância de cada um, então Luther era o líder deles, e isso era claro pra cada alma viva que caminhasse por aquela base. Ele andava por aí, e as pessoas claramente esticavam a coluna quando percebiam sua presença. Me pergunto se já esteve em uma guerra ou algo desse tipo, assim como seu sucessor no poder, porque a única pessoa pra quem todo mundo prestava esse respeito todo era o general Cola.

Número 2: não tão alto, mas definitivamente mais musculoso que o número 1. Este era completamente cheio de cicatrizes, pude observar quando passou por mim com uma blusa de mangas curtas um dia. Talvez ele estivesse em outras guerras além daquela em que Klaus havia me dito. Talvez o número de pessoas que tenha matado seja maior que o número de pessoas que conheci na vida. Talvez ele durma bem todas as noites sabendo disso. Talvez... mas o fato de que nunca sorri e parece ser a pessoa mais amarga do mundo indica que o último ponto estava terrivelmente errado.

Número 3: Allison poderia ser a mulher mais bonita que vi na vida, mas ela era esperta. Tinha algo sobre ela que me fazia ficar com um pé atrás. Talvez fosse sua maneira imponente de olhar, como se todos nós fôssemos meras moscas, ou sua postura sempre perfeita, mas havia algo sobre ela que me parecia estranho. Assim como Luther, todos a respeitavam, e meio que se encolhiam quando escutavam seus saltos nos corredores. 

Número 4: Klaus... apesar de que o conhecia bem mais do que seus irmãos, era o mais difícil de ler. Por mais de parecer ser bem mais novo, estava na faixa dos trinta, assim como os três Hargreeves anteriores, e parecia não passar um segundo sequer sóbrio. Ele era... espalhafatoso, mas... tinha um quê de tristeza em suas feições que parecia ser permanente. Sua voz parecia apresentar sempre um tom de tragédia, e eu tinha quase certeza de que não era por conta das drogas. Ninguém realmente gostava de Klaus, já havia perdido as contas de quantas vezes o xingaram quando simplesmente caminhava pelos corredores... e ele não fazia nada. Eram poucas as ocasiões em que respondia a provocação com um apelido igualmente maldoso, mas na maioria das vezes, não fazia nada.

Número 5: sem nome. Quer dizer... ninguém sabia seu nome. O conhecemos no café da manhã no primeiro dia, e enquanto todos os outros estavam na faixa dos trinta, este parecia ter dez, ou onze. Mesmo assim, sentia vontade de estremecer apenas de olhar diretamente para ele. O garotinho tinha uma puta cara de mal-encarado, e ele definitivamente não gostou do meu irmão.

Essa era a família. De vez em quando ouvia os nomes "Vanya" e "Ben" em suas conversas no refeitório, mas nunca era algo sólido. Talvez fossem informantes externos ou algo assim.