Assim que chegamos aos Estados Unidos, sou encaminhado imediatamente para a ala hospitalar, onde o machucado em minha perna foi devidamente examinado por Martha, que logo após se afastar de minha maca, pega um pote de remédios e o estende para mim.
A olho por alguns segundos, enquanto ela faz o mesmo, então nego.
"Você sabe que não preciso mais disso. Não mais, graças ao seu filho."
Ela suspira.
"Eu sei. Esses são para dor. Vai precisar."
Inclino a cabeça para o lado, encarando o pequeno potinho laranja. Me perguntava se era aquilo que dava para Klaus.
"5? O que faz aqui, procurando maneiras de 'estimular' sua capacidade cerebral de novo?"
Levanto o olhar a tempo de ver o garoto que entrava sorrir, as mãos enfiadas nos bolsos de maneira despreocupada.
"Martha... você me conhece tão bem, mas... está errada, querida, apenas... quero tirar um tempo para inspecionar o paciente da vez... se me der licença, é claro..."
Ele diz, daquela forma cortês, a qual a médica revira os olhos, apenas tirando os óculos, que ficam pendurados em sua clavícula por uma corda que circundava sua nuca e saindo. Cinco se recosta na parede, então aquela pose de cavalheiro dá lugar a um suspiro, e ele esfrega o rosto de maneira cansada.
"Bem... acho que esse é o fim pra vocês... até para Ray. Soube que ele vai ser exonerado depois dessa."
Suspiro, levantando as sobrancelhas.
"É isso? Vocês vão nos mandar para casa assim... sem mais e nem menos?"
"Sim. E não, não iremos fazer nada se contarem a alguém, porque, afinal, quem acreditaria em vocês?"
Fico quieto. De fato, eu não acreditaria se Gerard chegasse em casa me contando essa história inteira... primeiro, pensaria que seus remédios estavam vencidos. Quando visse que esse não era o caso, o mandaria para Jamia, que provavelmente falaria que ele estava delirando pelo estresse pós-traumático de praticamente voltar dos mortos.
Mas não, definitivamente não acreditaria que haviam pessoas com genes mutantes.
"Então estamos de mãos atadas?"
O encaro. Ele me olha de volta, com toda a tranquilidade do mundo.
"Vocês estão de mãos atadas."
Assinto, meus lábios se entortando para baixo com desgosto. A perspectiva de que ele já sabia de tudo o que ia acontecer não me irritava mais... já tive meu tempo para ficar com raiva disso, e, além do mais, Leanna também sabia.
Levanto meu olhar.
"Ela se achava inferior a você, sabia? Leanna... "
Inclino a cabeça para o lado.
"Mas acho que pela primeira vez, ela estava errada. Ela é muito melhor que você, Cinco. Em todos os aspectos."
O garoto solta uma risada bufada, um sorrisinho sarcástico em seu rosto.
"Bem, ela está morta, e eu estou vivo. Quem é mesmo o melhor, afinal? Ela era só impulsiva."
"Ela era corajosa. Colocava os outros acima de si mesma, era altruísta. Enquanto você é um covarde, Cinco. Porque em vez de querer acabar de vez com isso, porque você não passa de um verme nojento e amedrontado..."
"Eu não sou um covarde."
Ele grita, me fazendo ficar quieto. Seu olhar estava ensandecido pela raiva, mas supunha que minha expressão não devia estar muito diferente. O garoto lança um rápido olhar ao redor apenas para ter certeza de que não havia mais ninguém ali mesmo, então se desencosta de seu lugar na parede e começa a andar em minha direção a passos lentos.
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I Slept With Someone In Fall Out Boy And Was Cheated On | Petekey
FanfictionA história acompanha o conturbado relacionamento entre Mikey Way e Pete Wentz, amigos- e bissexuais- de longa data, pelo início da adolescência até a vida adulta. Eles descobrirão coisas inimagináveis sobre as pessoas que amam, o governo e, principa...