Chapter 24- was there when I realized there wasn't such thing as getting better

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O próximo vício de Frank, infelizmente, se tornou o álcool.

Nunca lidei com um alcoólatra antes, pra ser sincero, e Frank definitivamente não era do tipo convencional. Às vezes ele ficava puto, às vezes inconsolável.

De qualquer maneira, era apenas... deprimente, sabe? Ver um garoto... um homem forte como ele sucumbindo dessa maneira. Digo, passou por muita coisa, muita coisa mesmo. Não sabia nem de metade delas, mas sabia que provavelmente eram terrores que não poderia nem começar a imaginar... mas ele passou por tudo isso.

Entretanto, por mais que tenha resistido muito... muito mais do que qualquer outra pessoa teria resistido em sua situação, sabia que estava perto de quebrar. Estava mais certo disso cada vez que chegava em casa ainda mais bêbado que na noite anterior, ou quando a cerveja substituiu o café antes de ir para a faculdade.

Mesmo tendo passado por tudo o que passou por sua vida, Frank não iria resistir ao pior terror de todos: perder Gerard.

Como se não fosse o suficiente, ele havia começado com drogas mais pesadas do que apenas álcool... reparei em um pó branco pela casa que definitivamente não era farinha, mas a prova definitiva mesmo foi quando consegui achar a velha chave do quarto de Gee que lhe roubei e tinha perdido há séculos... quando entrei no aposento, vi aquela seringa na cabeceira, assim como algumas carreiras de cocaína, e... e foi aí.

Entretanto, após mexer no cômodo inteiro- tomando todo o cuidado de deixar as coisas exatamente como estavam antes-, não achei um único cigarro.

É impressionante como um câncer afeta até as pessoas que não o tem, não é mesmo? Ele clama por atenção, e não descansa até que todos os holofotes estejam apontados para si, pequena coisinha individualista e egocêntrica.

Mas céus, o que eu poderia fazer? Não é como se simplesmente pudesse largá-lo em uma clínica de reabilitação. Não, não é assim que as coisas funcionam. Frank tem uma vida... por mais que Gerard fosse o centro de tudo, o garoto conseguira criar uma espécie de rotina de subsistência assim que seu namorado se foi. Focar em coisas como o trabalho, tatuagens e a faculdade. Tirar-lhe isso seria basicamente matá-lo lenta e dolorosamente da pior forma: o entregando de bandeja, nu e indefeso, para os demônios em sua própria cabeça.

Contudo, como poderia continuar convivendo com ele? Fingir não perceber pesava em meus ombros, mas minha língua parecia uma massa cinzenta e seca em minha boca toda vez que pensava em conversar... seu olhar raivoso parecia mandar uma mensagem direta para minha mandíbula, ordenando para que essa não se abrisse para lhe dar os sermões que ele sabia que receberia de qualquer um que o amava... sermões que ele já imaginava como seriam.

Entretanto, para minha surpresa, ele para.

Sabe, sempre achei que aquele anão fosse um homenzinho imprevisível, mas parar com as drogas do nada? Essa eu definitivamente não esperava. Não parecia ser a tendência dos drogados que vi nas bandas punks ou na internet.

Mas, de novo, Frank nunca foi muito do tipo convencional.

Quando comecei a pensar que o pior já havia passado, que as drogas estavam no fundo do cano da privada e a geladeira estava consideravelmente mais vazia de garrafas de cerveja, ele volta para os cortes.

Na verdade, soube por Alicia. Ela irrompeu minha casa em uma tarde, e não proferiu nenhuma palavra até quase quebrar ambas as mãos ao me encher de tapas. Infelizmente, ela batia mais forte que a viadice do meu irmão lhe permitia.

Porém aguentei tudo em pleno silêncio, pois sabia que merecia.

Na hora, não entendi porque me bateu daquela maneira, mas sabia que era algo relacionado a Frank. Sempre era. Quando entrei no quarto de novo, vi uma gillette em cima da pia... havia um pouco de sangue ali também.

I Slept With Someone In Fall Out Boy And Was Cheated On | PetekeyOnde histórias criam vida. Descubra agora