Chapter 35- hey, hey, hey... I did NOT tell anything to anyone

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"Já!"

Começo a correr, tentando ignorar a sensação pungente de meus pulmões queimando com a falta de ar, e consigo passar a linha de chegada, mas assim que o faço, tenho que apoiar as mãos nos joelhos pra tentar respirar, e acabo tendo que pegar a bombinha no bolso.

"Você tem asma? Por que não falou logo?"

Número 2 fala, me olhando com irritação. Número 1 lhe dá uma cotovelada de leve e o olha com cara feia antes de caminhar até mim e pôr a mão no meu ombro.

"De fato, garoto, devia ter contado pra gente mais cedo."

Suspiro, coçando o queixo. Eles me mandam para a ala hospitalar, onde sou examinado por uma mulher atarracada e gordinha de olhos verdes. Ela parecia saber do que fazia, e sua expressão denota uma certa desconfiança assim que pousa o estetoscópio em minha escápula.

"Tem problemas cardíacos, filho?"

Assinto.

"Aorta dilatada... fiz uma cirurgia quando ainda era muito pequeno pra reduzir, mas ela ainda dilatou mais um pouco depois disso."

Ela se afasta, pousando o aparelho na maca ao meu lado.

"Feche a mão em punho."

Franzo a testa, mas faço o que ela manda.

"Seu dedão é maior do que a palma de sua mão."

Observa, em seguida cruza os braços.

"Tem miopia, filho?"

Balanço a cabeça. Ela suspira.

"Tudo bem, preciso de um exame de sangue, então passe aqui pela manhã antes do café... e você vai para a natação por um tempo antes de voltar pro seu treinamento normal."

Concordo, colocando minha camiseta de novo. A doutora vai até um armarinho de remédios e pega um frasco, em seguida me entregando.

"O que é isso?"

"Aerodini. tome duas vezes por dia após as refeições que preferir até acabar, então volte aqui para pegar mais."

"Tudo certo."

Durante os próximos dias, ingresso na natação. Fora pequenas aulas que tive durante a infância, nunca realmente tinha praticado o esporte... nunca tinha praticado nenhum esporte, pra dizer a verdade. A asma estava ali e me fazia ter perdas de ar violentas diante de qualquer movimentação muito cansativa, e isso era uma bela razão para ficar de lado nas aulas de educação física. Pete dava seus pulos, dando sintomas diversos como desculpa, mas na maioria das vezes, me acompanhava no canto da quadra e nós ficávamos majoritariamente rindo da frustração dos alunos mais populares em perder a partida do jogo em questão. 

Além disso, meu relacionamento com Klaus se tornou muito mais do que sexo-de-uma-vez-só. A gente sempre acabava transando nos tempos livres, e era até que divertido, se fosse ver de uma maneira geral. Digo, ele era incrível na cama, parecia saber exatamente como me dar prazer só de olhar pra mim, e, além do mais, parecia nunca realmente ficar triste, então se mostrou fácil me tornar seu amigo.

Mas Klaus tinha problemas. Muitos problemas, e eu não poderia me deixar levar por isso. Séance (como alguns gostavam de chamá-lo, apelido que odiava) era um alcoólatra, drogado, depressivo e parecia não sentir o mínimo de afeto por ninguém, nem mesmo por seus irmãos... entretanto, o sentimento- ou a falta dele- era recíproco. Todos olhavam para ele com superioridade, e o olhar se alongou pra mim também, quando comecei a andar com o quarto membro da família. Entretanto, não conseguia entender de onde vinha aquilo. Okay, ele era homossexual, usava drogas e era irreverente, mas Klaus não era estúpido. Até Allison o olhava dessa maneira... okay, Allison se achava melhor do que todo mundo, mas ela era inteligente demais pra não gostar dele porque era gay.

I Slept With Someone In Fall Out Boy And Was Cheated On | PetekeyOnde histórias criam vida. Descubra agora