18|Capítulo [ Uma Noite Complicada ]

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Luciana

Aja naturalmente
Aja naturalmente
Aja naturalmente

É a única coisa que martela na minha cabeça.

— Aproveite minha nega não é todos os dias que vem um bonitão te convidar para jantar. — olho para minha inocente mãe. Tá aí uma coisa que eu nunca achei que pensaria a respeito da minha mãe. Inocente.

— Já temos a aprovação da sua mãe, vamos então? — olho para Klaus.

— Acho que você já percebeu que não preciso da aprovação da minha mãe, para fazer o que eu quero. — respondo não querendo parecer muito hostil.

Mas acho que a minha resposta, só o deixou mais aguçado, porque o sorriso em seu rosto diz isso.

— Cadê o pai? — volto a olhar para minha mãe.

— Foi levar o carro na oficina. — concordo balançando a cabeça me volto para Klaus.

— Então ta. — dou um sorriso —Você me aguarda aqui só vou ligar para ele, saber se está tudo bem aí vamos. — ele concorda e fica na cozinha com minha mãe.

Saio depressa em direção ao banheiro, puxo meu telefone e ligo para Alceu. Cai na caixa postal então deixo um recado. Puxo outro número e ligo sem pensar duas vezes, não quero meus pais metidos nisso. Nas burradas que eu faço. Ele atende no terceiro toque.

— Heitor, Klaus está aqui na casa da minha mãe, veio me convidar para jantar, já tentei falar com Alceu, mas só deu caixa postal. — não falo, literalmente cuspo tudo o mais rápido possível.

— Que? — ele fala com incredulidade.

— Não sei o que vocês vão fazer, mas eu vou sair daqui com ele não quero meus pais metidos nisso.

— Porra ... Certo deixa eu pensar.

— Desculpa, mas eu não posso esperar, se eu demorar ele irá desconfiar falei que iria ligar para meu pai.

— Mas cadê seu pai? Não está aí? Afinal como ele foi parar aí? Você não estava viajando com Alceu?

— O carro deles quebrou e imagine quem apareceu para ajudar Klaus, eu acabei de chegar. — solto uma respiração pesada — Heitor faça alguma coisa por favor! — falo baixo e escuto passos, ele falando com alguém, solta alguns palavrões.

— Vá para a casa dele.

— Que ?

— Vá para a casa dele Luciana, você quer que eu faça algo então vá para lá deixa que eu cuido de tudo... E Luciana ?

— Oi? — minha voz sai num sussurro.

— Aja naturalmente. — solto minha respiração, e um gemido involuntário sai dos meus lábios. — Vai dar tudo certo, tenho que desligar! — ele desliga e eu sinto um frio na barriga.

Ligo rapidamente para meu pai e saio falando com ele. Quando chego na cozinha dou o telefone para ele falar com minha mãe.

— Espero que entenda minha preocupação, sou filha única. — falo casualmente.

— Sem problemas.

Minha mãe entrega meu celular, me despeço dela e saímos. Quando chego no portão eu viro e falo.

— Só um pedido de desculpas resolveria, não precisa ser um jantar. — ele me olha com um sorriso irônico e coloca sua mão na base das minhas costas.

— Acho que você sabe de algo que eu quero muito saber. — ele pronuncia calmamente, indica seu carro. Olho para o meu estacionado ao lado. — Não precisa se preocupar não vou encostar em você, só vamos conversar. — ele fala tão calmamente que chego a acreditar. Ele abre a porta.

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