35|Capítulo [ Consequências]

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Boa leitura

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FERNANDA

Meu Deus me ajude, por favor, sei que nunca fui uma boa garota e talvez eu não tenha muito credito com o Senhor. Mas, não
estou pedindo por mim, e sim por ele que precisa. Não deixe que ele morra, por favor. Eu nunca fui de orar, mas ainda lembro de algumas das orações que minha mãe fazia quando me colocava para dormir.

Ao lembrar-me da minha mãe sinto meu estomago revirar. Como ele pode fazer isso com ela? Não posso pensar nisso agora. Passo minha mão em meu rosto limpando as lagrimas que insistem em deixar minha vista embaçada. Já está escuro não consigo enxergar nada, mas não posso desistir. Escuto um forte barulho mas não vejo nada até uma forte luz tirar completamente minha visão.

- Aqui é a Guarda Costeira, pare a embarcação! - nervosa eu puxo o manche para a posição neutra, desligando os motores. Saio, para fora na esperança de que ajudem logo. Vejo se tratar de um helicóptero. Mesmo com a dificuldade de enxergar e com os ventos causados pela proximidade do helicóptero vou até onde ele está caído.

- Aguenta firme, eles chegaram! - mexo em seu corpo inerte - Não, por favor! Me perdoa... me, perdoa! - escuto passos a nossa volta. Levanto meu olhar vendo vários homens vestidos de preto - Ajudem ele. — grito.

- Merda... Dom! - um deles grita ao meu lado abaixando-se junto comigo o virando de barriga para cima, vendo se ainda tem pulsação - Vai dar tudo certo Alceu... O que aconteceu Fernanda, cadê o Klaus? - ele saber o meu nome.

- Eu atirei nele! - ele me olha sério - Ele caiu no mar! - completo antes do meu choro me impedir que eu fale mais alguma coisa.

Ele também não pergunta mais nada, estão todos preocupados em salvar a vida do Alceu.

Outros se aproximam com algumas coisas de primeiros socorros. Eu fico parada sentada no chão ao lado abraçada as minhas pernas, olhando tudo o que estão fazendo. O colocam em uma maca, com um balão de oxigênio.

- Dom vai com ele no helicóptero acompanhe de perto! - o tal homem a minha frente fala passando a mão nos cabelos deixando claro seu desespero e preocupação.

Vejo quando ele é levado ao helicóptero e somem na escuridão da noite. Somente depois do ponto luminoso, sumir por completo na escuridão que me dou conta que há vários barcos em volta do iate. Homens circulam por toda parte. Me sinto novamente como sempre me senti, sozinha.

Sinto algo ser colocado as minhas costas, e ao olhar para trás vejo um policial com um cobertor.

- Está frio... assim irá se sentir melhor! - me abraço ao tecido. Imaginando que será impossível que esse pedaço de pano possa me fazer sentir melhor - Como se chama?

- Fernanda. - respondo sem ao menos olhar para ele.

- Sou Roriz. - olho para ele, sem ter o que dizer e volto a encarar o chão a minha frente - Não se preocupe tudo ficará bem! - tento acreditar no que ele fala.

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