45|CAPÍTULO [ALÍVIO]

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(Capítulo não revisado)

LUCIANA

As dores não eram frequentes nem tão intensas como eu já tinha ouvidos minhas amigas falarem, mas como cada pessoa sente de maneira diferente e tudo tem seu tempo, eu ainda estou esperando que as coisas piorem. Procuro manter a respiração. Vejo a mensagem que minha mãe mandou, dizendo que já está vindo.

- Tem certeza que está tudo aqui? – olho para Alceu, que segura a minha bolsa de roupas em uma das mãos.

- Sim! – ele olha duvidando do que eu falo – Serão no máximo dois ou três dias Alceu!

- Tudo bem qualquer coisa eu venho buscar! – ele sempre tão atento a tudo.

Isso é algo que me surpreendeu durante esses nove meses, a atenção e cuidados empregados por ele, não que ele não fosse, mas me surpreendeu. Em lembrar que eu achei que ele não gostaria da notícia de ser pai, e demorei quase três meses a contar a ele, e no fim ele já desconfiava. Posso dizer que levei muito em conta a situação de Cléia e Dom.

Ele não queria filhos de maneira alguma, mas ela permaneceu insistente. Sempre tentando de uma forma ou de outra com que ele entendesse a necessidade dela de quere ter seus próprios filhos. No entanto quando ele concordou, ela descobriu o seu problema de saúde, foi uma luta muito desgastante todo esse processo, mas graças a Deus deu tudo certo, e hoje eles estão bem com duas filhas lindas.

- Tudo pronto agora venha! – ele me pega em seu colo – Você não engordou quase nada! – ele fala e ganho um beijo em meu rosto.

- Fico muito feliz em saber disso, isso é sinal que não vou demorar em voltar ao meu corpo normal! – ele concorda enquanto me leva para fora.

Quando chegamos ao carro ele me coloca no chão. Me, ajuda a entrar e fecha a porta. Depois de dar a volta, entrar e fechar a porta, ele me olha com u sorriso safado no rosto.

- O que foi?

- Não tenha tanta pressa em voltar ao seu corpo antigo – ele liga o carro e saímos da garagem – Quero aproveitar muito ainda, essas mudanças! – ele morde o lábio inferior com um sorriso e pisca. Reviro meus olhos. Homens.

[***]

- Respire fundo e faça força quando vir a contração! – a enfermeira falava novamente.

Puta que pariu, dá pra alguém avisar a ela que não tão fácil como parece?

Pensei em dizer mas as palavras não chegaram a minha boca. A dor da contração mais uma vez tirava até meus últimos resquícios de lucidez. Meu Deus como pode doer tanto? Eu não estava sentindo nada quase até chegar aqui o hospital e optar pelo parto normal. Eu já havia conversado com meu medico durante toda a gestão. Ele me explicou todas as vantagens desse parto. Mas estou começando a reconsiderar tudo, depois que colocaram esse soro no meu braço.

- Calma Lu! – recebo mais um beijo em minha cabeça e um aperto em minha mão – Não precisa ficar repetindo a cada cinco segundos, minha esposa é inteligente, se não está fazendo é por que não está conseguindo! – ele fala diretamente coma enfermeira que está do meu outro lado.

- É o meu trabalho senhor! – ela responde torcendo o nariz. Aperto a mão dele.

- Então faça seu trabalho direito, um pouquinho de empatia não faz mal a ninguém, como vocês tanto dizem cada um sente de um jeito – ele responde. Aperto sua mão, a ultima coisa que preciso é uma confusão aqui e agora – Até porque se não o fizer eu mesmo irei tratar de reclamar de você!

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